Exclusivo: Investigação fez incursão em Alagoas antes da Operação Bacuri

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

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- Depois de uma operação dessa como a Bacuri, em Bertolínia, permanece no crime no estado do Piauí quem realmente está se lixando para a rede de controle, para o contribuinte e para opinião pública. Aparato, preparo e inteligência, entretanto, os autores das investigações demonstraram que possuem

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_A sede da empresa de fachada em Alagoas — *_As sedes das empresas de fachada em Alagoas (Imagem: Reprodução)*

EFEITO PEDAGÓGICO

As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) chegou a ir in loco no Bairro de Xingo, município de Piranhas, no estado de Alagoas, para que fosse averiguada a sede da empresa MC Construções e Assessoria Eireli EPP.

Foi para essa empresa de fachada que o prefeito preso e afastado de Bertolínia Luciano Fonseca remeteu R$ 1,5 milhão entre os anos de 2015 e 2018. A empresa tinha como responsável Nilmar Alves de Carvalho, natural do município de Bertolínia, segundo o Ministério Público.

Ao enviar representantes ao endereço declarado junto à Receita Federal, situado na rua Rua Campo Grande, C-14A, o GAECO queria confirmar informações já produzidas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Segundo relatório de informação da Corte de Contas, “tal empresa não apresentava infraestrutura/capacidade operacional para a consecução dos serviços de construção civil para os quais fora contratada, haja vista que nos exercícios 2016 e 2017 declarou possuir apenas um empregado regularmente contratado, no cargo de assistente administrativo, além de possuir apenas um veículo de passeio registrado em seu nome, podendo se tratar de empresa de fachada, constituída com fins ilícitos (subcontratação total do objeto, fraudes contra a Administração Pública, favorecimentos ilegais a agentes públicos, etc)”.

Diante de tais informações o GAECO, quando da gestão do promotor de Justiça Rômulo Cordão, em junho deste ano de 2019, requereu a checagem das informações in loco.

“Nessa senda aponta Relatório de Inteligência (fls. 1.929/1.932), produzido por setor competente deste Grupo a partir da realização, no mês de junho do corrente ano, de diligências in loco nos endereços dos alvos da investigação, que contou com o amparo de registros fotográficos (...)”.

Diz trecho do relatório do Grupo:

“É válido informar (ref.: Relatório Técnico nº 12/2019 – NGI/MPAL) que no local não foi confirmado o funcionamento de nenhuma empresa no endereço citado, como também não tem fachada no muro com nome de empresa e não se ouve falar dela na localidade. O proprietário, o Sr. Nilmar Alves de Carvalho, teria mais uma empresa cadastrada em seu CPF e também não foi encontrada. A empresa MC Construções (nome fantasia), CNPJ 07.343.582/0002-39, deveria estar localizada no endereço Av. Batalha, nº 100, Bairro N. Sra. da Saúde, Piranhas-AL, no entanto, é apenas uma residência e os moradores não sabiam da existência de empresa nas proximidades”.

Não deu outra.

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