Parte V -

Especial | Tudo que você precisa saber sobre o Superman (Morte e Ressurreição)

 

 

Antes de continuar volte algumas casas: Parte I, Parte II, Parte III e Parte IV.

Morte e Ressurreição e o Superman nos anos 90

Com a saída de Byrne, a DCmontou um time de escritores e desenhistas para cuidar das revistas do Superman. Escritores como Roger Stern e Louise Simonson; desenhistas como Butch Guice, Jon Bogdanove, Rick Leonardi, Tom Grummett; e o desenhista e escritor Dan Jurgens. Entre os eventos importantes dessa fase, estão o surgimento de novos vilões, como oErradicador; e a aparente morte de Lex Luthor, envenenado pela radiação de um anel de kryptonita que passou a usar.

Só que o vilão criou um clone mais jovem de seu corpo e transferiu sua mente para ele, adotando o nome de Alexander Luthor II, como se fosse seu filho, com uma grande cabeleira e barba ruivas. Demorou um tempão até que Luthor voltasse a ser o careca de meia idade que todos conhecem.

Ocorreu também o tão esperado pedido de casamento de Clark Kent para Lois Lane, numa ocasião em que, após mais de cinco décadas, ele revela (de verdade) sua identidade secreta para a amada. Isso aconteceu porque a repórter se cansou de ir atrás do inatingível homem de aço e reparou no amigo e boa praça Clark que estave sempre ao seu lado. A história foi de Roger Stern e Bob McLoud.

Apesar de boas histórias, as vendas declinaram e medidas urgentes foram tomadas. O agora editor Cary Bates teve a ideia de matar o Superman, a partir de uma piada de J.M. DeMatteis. Assim, em 1992, se iniciou a saga A Morte do Superman, em Man of Steel 18, se estendendo às outras três revistas do herói e mais a revista da Liga da Justiça (que também era escrita e desenhada por Dan Jurgens, que cuidava de Superman).

Na saga, um monstro misterioso e indestrutível apelidado de Doomsday(Apocalypse, no Brasil) surge do nada e sai destruindo tudo em seu caminho. A Liga da Justiça tenta impedir, mas o monstro é tão poderoso que, literalmente, derrota a equipe com uma mão amarrada às costas. O Superman saí atrás do bicho e sua luta atravessa todo o país até culminar em Metrópoles. Ali, já muito debilitado, o Superman consegue matar o monstro, mas também morre. O grande evento ocorre em Superman 75, de 1992, produzida por Jurgens e causou um grande impacto na mídia, sendo noticiado no mundo todo o fim do maior dos heróis.

 

Eu mesmo nessa época fiquei bem infeliz, a notícia saiu no fantástico e demorou pelo menos um ano para chegar aqui em Teresina, a capa era toda em decalque e custava muito caro, mas eu comprei, li tanto que a revista se fragmentou. Chorei horrores pela morte do Superman, pois na minha inocência infantil achava que ele havia mesmo morrido para sempre. Coisas de crianças.

Depois do arco Funeral para um Amigo, onde ocorre o funeral e as homenagens ao homem de aço, iniciou-se O Retorno do Superman. Mas não do Superman, e sim, de quatro Supermen. Quatro seres poderosos aparecem reclamando ser o Superman de um jeito ou de outro: um Superman de óculos, frio e calculista; um Ciborgue sem memória; um americano afrodescendente usando uma armadura especial, chamado Aço, que parecia ter incorporado o espírito do herói; e um Superboy, um garoto rebelde que dizia ser um clone do verdadeiro. Eu também comprei essa revista, ela saiu no Brasil mais ou menos em 1995 e foi 4,99. Que na época era muito dinheiro para um garoto pobre.

Morte e Retorno de Superman.
Morte e Retorno de Superman. 

 

Uma grande trama se arma e Lois Lane descobre que o Superman de óculos é o Erradicador e o Superciborgue é um vilão que quer transformar a Terra em um tipo de mundociborgue, o que faz com que os outros Supermen (o nome é esse mesmo, é estranho, mas aceita) se aliem contra ele, inclusive o Erradicador, que se torna um tipo de herói violento.

O conjunto de histórias da morte e da ressurreição cumpriram aos seus dois propósitos: foram um grande sucesso e contaram boas histórias. O Superman voltou aos holofotes e o novo Superboy ganhou uma revista de sucesso, escrita porKarl Kesel e desenhada por Tom Grummett, que duraria 52 edições.

 

O início dos anos 1990 ficou marcado pela volta do Superman à TV em grande estilo: em 1993, em meio ao recém-readquirido sucesso nos quadrinhos, estreava Lois & Clark – As Novas Aventuras do Superman. Criando uma versão moderna e sexie da relação entre o casal de repórteres, a série foi um grande sucesso, transformando Dean Cain e Teri Hatcher em estrelas. A maior inovação da série foi tirar a tônica do homem de aço – e da ação e dos caros efeitos especiais – para a relação por vezes cômica entre Lois e Clark, o que agradou bastante o público não acostumado com os quadrinhos. Passou no Brasil no final daquele mesmo ano na Globo e foi um sucesso imediato. Eu não achava tudo bem bonachão, mas paciência, era o que tinha rs

Série Lois & Clark - As Novas Aventuras do Superman (1993)
Série Lois & Clark - As Novas Aventuras do Superman (1993) 

 

O sucesso se manteve por três temporadas, mas na quarta, o casamento de Lois e Clark terminou minando o interesse do público e, curiosamente, levou ao fim da série.

 

Em 1996, as revistas do Superman ainda estavam em alta e ele também experimentou o sucesso na nova revista da Liga da Justiça: JLA, produzida por uma longa colaboração entre o aclamado escritor Grant Morrison e o desenhista Howard Potter. Foram quatro anos de deleite dos fãs. Nos primeiros arcos, a dupla inovou ao usar os “sete maiores” da DC juntos pela primeira vez desde os anos 1980 – pois a cronologia pós-Crise tinha privilegiado formações mais distintas. Agora, estavam de volta Superman e Batman, juntos a Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, Flash, Aquaman e o Caçador de Marte. Depois, novos membros foram sendo agregados, principalmente aqueles personagens do Quarto Mundo de Jack Kirby, como Orion, Grande Barda e Sr. Milagre.

Dos frutos ainda de Lois & Clark foi o casamento do Superman. Em 1996, a DC decidiu retomar a história interrompida pela saga da Morte e uniu definitivamente Clark Kent e Lois Lane. O enlace matrimonial ocorreu com estardalhaço na revista especial Superman: The Wedding Album, com os cinco escritores do momento do homem de aço – Dan Jurgens, Roger Stern, Louise Simonson, Karl Kesel e David Michelinie, e com nada menos do que 30 desenhistas, dentre os quais, os clássicos Curt Swane Gil Kane, o modernizador John Byrne e outros mais recentes, como George Perez, Ron Frenz e o fantástico Stuart Immonen. A capa era dupla e trazia uma frente branca com o símbolo do Superman e uma figura interna desenhada por Byrne. Na história quem os casa é um pastor com o rosto de Jerry Siegel, que infelizmente, morreu naquele mesmo ano.

Em seguida, as revistas do Superman viviam momentos de estranheza. Querendo “experimentar”, a DC criou algumas bizarrices, a maior delas dividir o Superman em duas entidades, uma vermelha, outra azul, devido a um acidente mal-explicado. Os fãs reagiram negativamente e, em 1998, o Superman voltou ao natural para comemorar os seus 60 anos. Para marcar o retorno, foi lançada uma revista especial Superman Forever, com vários escritores e desenhistas e uma capa emblemática de Alex Ross.

 

Fonte: Pikachu Sama

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