Ações Judiciais em Massa -

Promotor de Justiça de defesa da mulher, Francisco de Jesus processa “suposta vítima” de violência

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

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- Aparentemente sem provas, promotor diz que "suposta vítima" de violência doméstica, Cláudia Modesto de Sousa Anchieta, pagou notícia em portal de notícias local, expõe detalhes do caso da "suposta vítima" e mais uma vez demonstra insatisfação com a liberdade de expressão, procurando encaixá-la, repetidamente, em atos de "vingança"

- FRENTE CONTRA O FEMINICÍDIO DIZ QUE Cláudia Modesto é vítima e não "suposta vítima" de violência doméstica e que promotor de Justiça a persegue

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_Outro tema de insatifação do promotor é essa matéria, o protesto em frente ao MPE (Imagem: reprodução dos autos)
_Outro tema de insatisfação do promotor é essa matéria do Portal AZ e o protesto em frente ao Ministério Público Estadual (Imagem: reprodução dos autos) 

MAIS UMA NARRATIVA DO PROMOTOR DE JUSTIÇA, PELA ÓTICA DELE

O promotor de Justiça que integra o Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nupevid), Francisco de Jesus, processou o que ele chamou de “suposta vítima” de violência doméstica, Cláudia Modesto de Sousa Anchieta, que já procurou o abrigo do aparato estatal, mas teria tido seu caso julgado improcedente a pedido do mesmo promotor que hoje a processa.

O processo movido pelo membro do Ministério Público, no entanto, é em decorrência de protesto pacífico que Cláudia Modesto de Sousa Anchieta teria realizado na frente do prédio da instituição, quando da volta do promotor de Justiça às suas funções por determinação da procuradoria-geral de Justiça, segundo ele. O promotor também está inconformado com publicação do Portal AZ que anunciou o protesto. 

Sem qualquer prova aparente, Francisco de Jesus diz que Cláudia Anchieta pagou ao Portal AZ pela publicação que agora ele quer ver excluída do acesso público, em pedido de censura material feito no processo que move também contra o portal. Publicação essa que antes de divulgada ele teve direito a expor a sua versão dos fatos.

“Em 11 de setembro de 2019, a requerida [Cláudia Anchieta] ensejou a publicação de uma reportagem jornalística no Portal AZ sobre a existência de ato contra o retorno do autor às suas atribuições ministeriais. A dita reportagem, paga pela requerida, tinha apenas objetivo de vingança pessoal, pois esta nutre ódio pelo autor, em razão deste ter se manifestado desfavoravelmente em processo que esta figura como suposta vítima”, traz a narrativa, pela ótica do promotor, do que para ele teria ocorrido.

_Promotor Francisco de Jesus, alvo de medida protetivas, agora ele diz que seus colegas de trabalho não o denunciaram e ele ingressa com inúmeros processos (Imagem: portal180graus.com)
_Promotor Francisco de Jesus, alvo de medidas protetivas. Agora ele diz que seus colegas de trabalho não o denunciaram e ele ingressa com inúmeros processos, sem tornar público todos os documentos e todos os procedimentos adotados para "arquivar" a suposta investigação, muito menos o nome dos envolvidos dentro do MPE neste apuração (Imagem: portal180graus.com) 

Para o promotor de Justiça, que vem movendo ações em massa contra portais de notícia e jornalistas, seria “nítido e notório caráter pessoal da requerida de se vingar do autor, maculando sua imagem e honra, pois aquela já representou o autor na corregedoria do Ministério Público, sem êxito em sua pretensão”.

“Sobremais, o pretendido “show pirotécnico”, que a requerida pretendeu promover falhou, pois, naquele ato, compareceu apenas a requerida e duas amigas, dada à credibilidade social e moral do autor”, sustenta Francisco de Jesus.

EM NOME DA "IMAGEM", PROMOTOR DEIXA EVIDENTE FATOS SIGILOSOS

Nesse processo, o de número 0802753-20.2020.8.18.0162, o promotor arrola detalhes do processo sigiloso da “suposta vítima” de violência doméstica, para provar a suposta insatisfação daquela com ele, ou seja, de uma mulher que antes procurou o abrigo do Estado. 

Abaixo trechos de um dos documentos que o promotor arrolou aos autos contra a "suposta vítima de violência doméstica", deixando acessível detalhes de processo sigiloso.

 

_Imagens: Reprodução de documentos que constam de processo movido por Francisco de Jesus
_Reprodução de TRECHOS de um dos documentos que constam de processo movido por Francisco de Jesus 

PEDIDO DE INDENIZAÇÃO

O promotor de Justiça Francisco de Jesus pede que Cláudia Modesto de Sousa Anchieta pague a ele a título de indenização por danos morais a cifra de R$ 31.350,00.

Também sustenta que teve abalo psicológico e necessita de tratamento psiquiátrico, dessa vez, em virtude da matéria do Portal AZ e do protesto empreendido pela "suposta vítima".

"A frustrada tentativa da requerida em promover atos, por vinganças e ódios, espalhafatando na mídia, causaram abalos morais e emocionais ao autor, pois aquela tentou impingir conceitos negativos na sociedade, sem aguardar o desfecho das apurações, que causou danos psicológicos ao autor, abalando sua carreira de promotor de justiça e ainda causando-lhes danos psicológicos, necessitando acompanhamento psiquiátrico", diz.

O promotor de Justiça arrola o mesmo atestado médico datado de 14 de setembro de 2020, assinado por Maria das Graças Ernesto Costa Anchieta.

Cláudia Anchieta não foi encontrada até a publicação dessa reportagem.

O Portal AZ ainda não se manifestou.

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