Áudios revelam ameaças de pai que matou filha em SP

O SBT teve acesso a áudios atribuídos ao homem responsável pelo falecimento de sua própria filha em São Paulo (SP). Nos registros, Wellington da Silva Rosas profere ameaças. O indivíduo não aceitava o término do relacionamento com a mãe da vítima, a jovem Rayssa Rosas, de 18 anos. Com informações do SBT News.

Foto: Reprodução

"Sua consciência vai testemunhar onde ela vai parar. Você não me engana mais, você já me enganou por muito tempo. Agora eu sei que você me enganou", afirma Wellington, complementando: "A guerra começou, e não há prazo para terminar".

Em suas ameaças contínuas, o detido prossegue: "Ou eu vou para o inferno, ou você vai, daqui para frente. Não confio mais em você. Você mentiu para mim agora. Agora eu descobri. Para mim, você era 100%, agora vejo que não. Mas tudo bem", disse. "Você vai experimentar o que é o inferno agora. Se você estava a caminho do céu, agora conhecerá o inferno".

A ameaça mais direta continua: "Tudo o que eu disse que fiz, que estava abençoado, hoje estou no inferno. Você verá. Entenda como quiser! Acabou! Acabou sua paz. Neste mundo, será eu ou você. E há mais duas pessoas que não ficarão. Pode ter certeza do que estou dizendo, está bem?".

Wellington ainda declarou à ex-companheira que "nunca mais ficaria com ele ou com qualquer outra pessoa. Nem mesmo com Jesus Cristo", e que a mulher "o abandonou" na "pior hora", mencionando uma suposta traição, sem esclarecer seu tipo.

Prisão preventiva decretada O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) ordenou nesta quarta-feira (27) a prisão preventiva de Wellington. Ele é suspeito de ter assassinado a própria filha e, posteriormente, ter queimado e ocultado o corpo dela em um buraco no asfalto na região central de São Paulo.

O corpo carbonizado de Rayssa foi encontrado ontem (26) em uma via de acesso à Avenida 23 de Maio.

Wellington foi detido em flagrante na terça-feira e encaminhado no final da tarde para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação do caso. O suspeito prestou depoimento e, hoje, passou por audiência de custódia, com a prisão sendo convertida para preventiva.