Paula Toller diz que cuida do corpo, para manter o fôlego aos 52 anos

Uma das bandas ícones do pop brasileiro, o Kid Abelha pode não mais voltar a se apresentar. O grupo, que deu um tempo em suas atividades em 2006, fez uma bem sucedida turnê para comemorar seus 30 anos de existência em 2012. A ideia era retomar os shows e lançar novo CD ano passado, mas até agora nada. "Por enquanto não tem nada planejado", diz Paula Toller, para apreensão dos fãs. A vocalista, assim como os outros dois integrantes da banda, George Israel e Bruno Fortunato, está tocando um projeto solo.

Paula está lançando seu quarto álbum solo, Transbordada. Com dez músicas de sua autoria, todas em parceria com o músico Liminha, ela fala de amor, dos desejos femininos e da correria dos tempos atuais "Era hora de fazer esse disco só de inéditas, de escrever sobre meu momento e soltar um som pop clássico turbinado", diz a cantora, garantindo que não sabe se o grupo vai voltar. Sucesso nos anos 80 e início dos anos 90, o Kid Abelha (o primeiro nome do grupo foi Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, lembra?) já vendeu 9 milhões de cópias de discos somente no Brasil. Em um papo com a coluna Paula Toller, de 52 anos, fala do seu novo trabalho, da chegada da idade, da saudade do Kid Abelha e dos cuidados com a saúde impostos pela diabetes tipo 1, doença que ela descobriu ter a alguns anos e que lhe impõe dieta e certo rigor com horários.

Quando sentiu que era hora de parar com o grupo para lançar algo mais autoral?
Me dedico com entusiasmo a tudo que faço. Depois da turnê de 30 anos do Kid, decidi que era hora de fazer esse disco só de inéditas, de escrever sobre meu momento e fazer um som pop clássico turbinado. Não sei o grupo vai voltar: por enquanto, não temos nada planejado.

Como vê o cenário pop brasileiro atual?

Vários artistas me chamam atenção. Por exemplo, o Hélio Flanders, do Vanguart, que canta comigo no disco. Estou vendo a televisão mostrar mais música. É muito importante se exibir para a massa, como aconteceu no começo da minha carreira.

Você é muito discreta em sua vida pessoal. Se preocupa com o excesso de exposição?
No palco, sou 100% estrela. Mas não me sinto bem misturando vida pessoal e marketing, ainda que haja certas intersecções pelo fato de ser uma casa de artistas (o marido de Paula ,Lui Farias, é cineasta).

Você não esconde a idade e sempre foi considerada um símbolo sexual. Se cuida bastante?

A performance ao vivo demanda um grande esforço físico aeróbico. Preciso manter a voz e o corpo em forma para ter fôlego e dançar como eu quiser, sem ficar ofegante. Jamais me apresentaria desleixada para o público.