Carros voadores são quase uma realidade. Quem poderá pilotá-los?

A Embraer, através de sua subsidiária Eve Air Mobility, anunciou a produção do primeiro protótipo de carro voador em tamanho real no Brasil, com testes de voo previstos para 2024. A empresa já possui centenas de encomendas para seu veículo elétrico voador, conhecido como eVTOL (aeronave de decolagem e aterrissagem vertical elétrica).

Foto: Ehang

Os eVTOLs prometem revolucionar a mobilidade urbana ao decolar e aterrissar verticalmente, semelhante a helicópteros, e voar horizontalmente como aviões, utilizando energia elétrica. Entretanto, a regulamentação para esses veículos ainda está em desenvolvimento na maioria dos países.

Os Estados Unidos e a China estão na vanguarda da regulamentação, com a empresa chinesa Ehang já realizando testes de táxi-aéreo controlados remotamente. Os custos operacionais desses veículos são relativamente baixos, apesar do alto custo inicial de aquisição.

A expectativa é que os eVTOLs sejam utilizados principalmente como táxis aéreos, devido ao alto custo de compra. A formação de pilotos ainda é um desafio, com investimentos em treinamento por realidade virtual e discussões sobre remuneração e regulamentação em andamento. Nos Estados Unidos, o salário inicial de um piloto de eVTOL é de aproximadamente 50 mil dólares anuais, com custos de treinamento na faixa de 92 mil dólares.

O futuro dos carros voadores ainda depende de muitos fatores, incluindo a regulamentação e a aceitação do mercado. No entanto, o avanço tecnológico e o investimento significativo no setor indicam um futuro promissor para essa inovação.