Caso de feminicídio -

Justiça condena homem que matou a esposa enquanto a mesma dormia

A Justiça condenou Iron da Cruz Silva a 26 anos e 8 meses de prisão pelo feminicídio de Queila Regiane Jane (foto em destaque). A vítima, que tinha 42 anos, foi morta enquanto dormia, por volta das 6h do dia 26 de setembro do ano passado, com golpes de faca na região do tórax e no pescoço.

De acordo com as investigações, o autor do crime e a vítima viviam juntos havia cerca de 20 anos e moravam na Fercal, região de Sobradinho. Ainda segundo as diligências, o feminicídio foi por motivo torpe. Iron desconfiava de que Queila mantinha relação extraconjugal. Mesmo com a negativa da mulher, ele a matou. No momento do crime, a filha de 13 anos do casal estava na casa.

Durante o julgamento, o advogado de Iron expôs as teses de legítima defesa e de homicídio privilegiado, mas ambas foram negadas pelos jurados, que acataram a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e consideraram o réu, que tem 38 aos, culpado por feminicídio.

Na sentença, o juiz do caso determinou o cumprimento imediato da pena e negou o direito de Iron recorrer em liberdade.

Queila foi atacada pelo marido enquanto dormia. A mulher levou três facadas. Morreu na cozinha da residência. Horas depois, a polícia prendeu o suspeito. Os investigadores acharam Iron da Cruz Silva, que já tinha passagem por tentativa de homicídio, em um assentamento a 25 km da casa em que residia.

De acordo com o delegado Laércio de Carvalho, da 35ª DP (Sobradinho II), responsável pelo caso, o assassino confesso não demonstrou arrependimento. “A gente imagina que os primeiros golpes de faca ele tenha desferido com a vítima ainda dormindo. A filha deles estava no quarto no momento, então pode não ter havido discussão entre o casal antes”, destacou, à época. A suspeita dos investigadores é de que o feminicídio tenha sido premeditado.

Durante o sepultamento, Camila, prima da vítima, disse que Queila era o pilar da família. A história trágica de Queila Regiane foi contada no projeto Elas por Elas, desenvolvido pelo Metrópoles e que ganhou o Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde, organizado pela Fundação Gabo, instituição criada pelo escritor Gabriel García Marquez.

Fonte: Metrópoles

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