Vítima participava de festa -

Após morte de Janaína, UFPI pede união e reprova atos de culpabilização à reitoria

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) divulgou uma nota na tarde desta quinta-feira (02/02) acerca da reunião com representantes do movimento estudantil da instituição nos dias (31/01 e 01/02).

Entre outras pautas, os estudantes pedem revogação da medida que proíbe calouradas; um dossiê que reúna o nome de Janaína e de todos os alunos que denunciaram casos de assédio; e a formalização de (28/01) como dia da memória à estudante morta, bem como um posicionamento do reitor Gildásio Guedes e pagamento de indenização à família de Janaína.

Foto: Reprodução

A UFPI informou que reconhece a importância histórica do movimento estudantil no Brasil, no Piauí e, em especial, na Instituição, sem que haja qualquer intenção de criminalização da representação da categoria na Universidade.

A instituição "reafirma o compromisso de continuar atuando no atendimento das reivindicações dos estudantes, além de intensificar a interlocução com outros órgãos para resoluções de questões que dependem dessa parceria".

Texto diz que "o momento é de união entre os diversos segmentos que compõem a comunidade acadêmica para que seja retomado o ambiente favorável às práticas de ensino, pesquisa e extensão e, diante do falecimento da aluna Janaína da Silva Bezerra, a UFPI também se torne um espaço de referência de políticas de enfrentamento à violência contra a mulher".

"A Administração Superior acredita no trabalho das autoridades policiais no processo de investigação do caso e afirma que quaisquer posturas de culpabilização não contribuem com o trabalho das autoridades competentes". 

Veja na íntegra:

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informa que nesta semana, na terça-feira e quarta-feira (31.01 e 01.02), a Administração Superior esteve reunida com representantes do movimento estudantil da Instituição em diálogo sobre as demandas apresentadas pelo segmento.

Nesse contexto, a UFPI reconhece a importância histórica do movimento estudantil no Brasil, no Piauí e, em especial, na Instituição, sem que haja qualquer intenção de criminalização da representação da categoria na Universidade.

Reafirma o compromisso de continuar atuando no atendimento das reivindicações dos estudantes, além de intensificar a interlocução com outros órgãos para resoluções de questões que dependem dessa parceria.

O momento é de união entre os diversos segmentos que compõem a comunidade acadêmica para que seja retomado o ambiente favorável às práticas de ensino, pesquisa e extensão e, diante do falecimento da aluna Janaína da Silva Bezerra, a UFPI também se torne um espaço de referência de políticas de enfrentamento à violência contra a mulher.

A Administração Superior acredita no trabalho das autoridades policiais no processo de investigação do caso e afirma que quaisquer posturas de culpabilização não contribuem com o trabalho das autoridades competentes.

Morte de estudante

Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, morreu após participar de uma calourada na noite de sexta-feira (28/01), na Universidade Federal do Piauí (UFPI) e dar Hospital da Primavera, na Zona Norte de Teresina.

Segundo o Instituto de Medicina Legal (IML), a causa da morte aponta para trauma raquimedular por ação contundente, ou seja, houve uma contusão na coluna vertebral a nível cervical, o que causou lesão da medula espinhal e a morte.

Thiago Mayson da Silva Barbosa, de 28 anos, foi preso por suspeita de ter cometido o crime. Em depoimento à Policia Civil, ele afirmou que já conhecia a vítima e teriam “ficado” em outras ocasiões.

O homem disse que estavam em uma “calourada” na UFPI e que por volta das 2h convidou a jovem para seguirem a um corredor e em seguida se dirigiram a uma das salas de aula onde praticaram sexo consensual e que após a prática sexual a vítima teria ficado desacordada por duas ocasiões, sendo a última por volta das 4h.

Ele alega que permaneceu ao lado do corpo da vítima durante toda a madrugada e solicitou socorro à segurança da Universidade por volta das 9h, que conduziu a vítima ao Hospital da Primavera, onde foi constatado o óbito.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue investigando o caso.

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