Suposta propaganda irregular -

Coligação representa contra W.Dias após polêmica sobre influencers no Twitter

Por Apoliana Oliveira

A Coligação Piauí de Verdade, encabeçada por Luciano Nunes (PSDB), ingressou com representação por propaganda irregular contra o candidato a reeleição, governador Wellington Dias (PT), depois da repercussão em torno de um suposto esquema de pagamento a influenciadores digitais, que teriam sido recrutados para enaltecer a imagem do petista. 

Para o advogado Carlos Yuri (foto abaixo), que representa a coligação tucana, a situação infringe a Lei Eleitoral, que veda propaganda paga na internet, exceto em caso de impulsionamento de conteúdo por parte de partidos, coligações ou candidatos. 

“Considerando que a lei somente permite o impulsionamento, e que a usuária do Twitter chamada Paula Holanda mostrou conversas de WhatsApp com confirmação de que houve contratação, a propaganda é manifestamente ilegal”, diz o advogado. 

Segundo a usuária, ela teria sido recrutada pela empresa Lanoy. Ela chegou a postar prints de emails com briefing sobre o governador Wellington. 

Em nota, a Coligação Piauí de Verdade manifestou ainda que irá ingressar com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) para verificar o suposto abuso de poder, por não haver informações de quanto teria custado a “compra de apoio” e nem mesmo informações na prestação de contas dos supostos valores pagos para o recrutamento de influencers.  

A assessoria da campanha do governador do PT se manifestou em nota, sobre o episódio que nas redes sociais ficou conhecido como #WellingtonDiasGate. Diz que a mobilização não se trata de “atividade organizada pela campanha”, e aduz ainda que se trata de movimento nacional da esquerda e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores. 

“O que se observa pelos comentários nas redes sociais e nos prints que circulam é que este é um movimento nacional, que simpatiza com a esquerda e com o Partido dos Trabalhadores. O governador Wellington foi incluído de alguma forma por fazer parte deste contexto”, completa. 

A polêmica em torno do suposto recrutamento de influencers começou na noite deste sábado (26), quando perfis nacionais começaram a fazer declarações elogiosas ao governador Wellington Dias, o que chamou a atenção dos usuários no Twitter, justamente pelo discurso repetitivo de boa parte deles. 

Até que a usuária Paula Holanda, que usa o perfil “Votem Lula Haddad”, começou a explicar que foi procurada por um grupo de movimento de esquerda que, em tese, divulgaria conteúdo de forma suprapartidária. O que, segundo ela, não ocorreu. “Eu me recusei a Twittar sobre o Wellington Dias. Não tenho nenhuma ligação com o Piauí e não o conheço (...) eu nunca vou falar sobre o que eu não acredito”, publicou. Em seguida, ela mostrou emails que recebeu com orientações para fazer um conteúdo “leve” e/ou “informativo”. 

Com a trama revelada, não demorou muito para que os internautas propagassem memes sobre a situação. 







 

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