A base governista do Senado -

Governo vai à oposição para barrar bônus a juízes e membros do MP

Na quarta-feira (17/04), a base governista do Senado, liderada pelo partido do presidente Lula (PT), planeja buscar apoio da oposição para bloquear a proposta de concessão de bônus a juízes e membros do Ministério Público, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). As informações são do Metrópoles

Foto: Ricardo Stucker/PRPresidente Lula visita indústria da JBS e faz discurso contra a mentira

A ideia é usar o sentimento “anti-STF” que parte da casa para rejeitar o aumento no Plenário. Mesmo com os juízes do Supremo Tribunal Federal não sendo beneficiados pelo penduricalho, a estratégia é alegar que magistrados já têm muitos benefícios e que mais um seria um “absurdo orçamentário”.

O benefício, chamado de quinquênio, volta à pauta depois de dois anos, quando foi arquivado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). À época, Pacheco percebeu que a Proposta de Emenda à Constituição não tinha quórum para ser votada e engavetou a PEC. Agora, sob nova assinatura (do próprio presidente do Senado), tem tudo para ser votada em Plenário já na semana que vem.

A “valorização” do tempo de trabalho de juízes e procuradores é chamada de Adicional por Tempo de Serviço e equivale a 5% do salário a cada cinco anos. O governo estima que o impacto nas contas públicas pode chegar a R$ 1,5 bilhão.

Para o governo, essa PEC pode gerar um efeito cascata e impactar todas as carreiras do judiciário e chegar a Estados e municípios.

Atualmente, o Supremo Tribunal Federal julga justamente a constitucionalidade do adicional. O julgamento está suspenso desde a decisão do ministro Gilmar Mendes, em fevereiro deste ano.

Apenas Cristiano Zanin votou no tema. O ministro defendeu que o STF rejeite, sem análise do mérito, toda a discussão.

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