Empregos com carteira assinada atingem recorde no setor privado, aponta IBGE
No trimestre encerrado em fevereiro deste ano, o número de empregados com carteira assinada no setor privado alcançou o maior valor já registrado, atingindo 37,995 milhões, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O aumento de 0,7% em relação ao trimestre anterior, conforme destacado pelo IBGE, é considerado estatisticamente irrelevante, indicando estabilidade. A pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, ressalta que essa estabilidade vem após sucessivos aumentos na população com carteira assinada.
Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve um crescimento significativo de 3,2%, o que representa um acréscimo de 1,2 milhão de trabalhadores com carteira assinada no setor privado.
Entretanto, é importante ressaltar que esses números não incluem os trabalhadores domésticos, mantendo-se estáveis em 5,9 milhões, nem os trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) e os empregadores (4,2 milhões).
Os empregados sem carteira assinada no setor privado totalizaram 13,3 milhões, com uma variação estatisticamente estável no trimestre, mas um crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior, representando mais 331 mil pessoas.
Quanto à informalidade, o número de trabalhadores informais registrou uma ligeira queda em comparação com o trimestre anterior, atingindo 38,8 milhões, embora permaneça acima dos 38,2 milhões de fevereiro de 2023.
A população ocupada manteve-se estável, totalizando 100,25 milhões, apesar de uma variação negativa de 258 mil, estatisticamente não significativa.
A taxa de informalidade, que mede o percentual de trabalhadores informais em relação ao total da população ocupada, foi de 38,7% no trimestre encerrado em fevereiro, abaixo dos 39,2% de novembro.
O nível de ocupação, por sua vez, alcançou 57,1%, inferior ao trimestre anterior, mas acima dos números do ano anterior.
No que diz respeito aos setores econômicos, a agricultura e a administração pública, saúde e educação registraram quedas na ocupação, enquanto o transporte, armazenagem e correio apresentaram aumento.
Em relação ao desemprego, a taxa ficou em 7,8% em fevereiro deste ano, com um ligeiro aumento em comparação com o trimestre anterior, mas uma queda em relação ao ano anterior.
A população desocupada totalizou 8,5 milhões, representando uma alta trimestral e uma queda anual.
A pesquisa também apontou um total de 20,637 milhões de subutilizados no mercado de trabalho, com um aumento em relação ao trimestre anterior, mas uma diminuição em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Por fim, o rendimento real habitual de todos os trabalhos cresceu no trimestre e no ano, atingindo um novo recorde na série histórica iniciada em 2012.
Fonte: Agência Brasil