MPE -

Receita Federal investiga o enriquecimento de políticos

A Receita Federal está cruzando dados dos candidatos a pedido do Ministério Público Eleitoral, analisando inclusive a evolução patrimonial de alguns candidatos que já disputaram as eleições anteriores. O objetivo é justificar o crescimento dos bens num prazo de quatro anos, porque alguns candidatos que triplicaram o patrimônio no período de quatro anos.

Por outro lado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que mais de 41% dos candidatos informou não ter nenhum real para declarar como patrimônio. No Piauí não é diferente, diversos candidatos a governador, a senador e aos cargos proporcionais.
Ao fazer o registro de suas candidaturas, todos os candidatos devem declarar os bens que possui e discriminar os valores atribuídos a cada um. Essa declaração de patrimônio é disponibilizada no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Numa pesquisa pôde-se notar que o valor do patrimônio de alguns candidatos também cresceu bastante, se comparado as últimas eleições.

A Receita Federal analisa essa evolução patrimonial e quer saber a motivação para esta evolução estratosférica e meteórica, porque alguns candidatos aumentaram seu patrimônio em mais de sete vezes num prazo de quatro anos.

O candidato a deputado federal pelo PT, vereador Gilberto Paixão, em 2008, declarou à Justiça Eleitoral possuir bens avaliados em R$ 16.545,68. Em 2012, quatros anos depois , o vereador que é comerciário, declarou um patrimônio de R$ 74 mil. Já nestas eleições em 2014, quando ele disputa o cargo de deputado federal o patrimônio declarado foi de R$ 131.150,41.

O deputado estadual Evaldo Gomes (PTC) também não foge à regra, em 2008, ele declarou à Justiça Eleitoral que tinha patrimônio avaliado em R$ 84.500,00. Dois anos depois, em 2010, quando concorreu a uma cadeira na Assembleia Legislativa declarou ter patrimônio avaliado em R$ 121.802,32. Agora, quatro anos depois, concorre à reeleição e informou à Justiça Eleitoral ter bens no valor de R$ 818.468,93.

O candidato a governador pelo PT, Wellington Dias, declarou que possui bens orçados em R$ 551.654,68. Nas eleições de 2010, quando concorria ao cargo de senador, declarou possuir bens que juntos somavam apenas R$ 371.487,32. Na comparação também houve um acréscimo de R$ 180.167,36.

O governador Zé Filho (PMDB), candidato à reeleição, acumula bens que somam este ano R$ 1.948.660,30. Nas eleições de 2010, quando concorria ao cargo de vice- governador possuía um patrimônio declarado em R$ 1.083.151,98. Na comparação, houve um acréscimo de R$ 865.508,32 de lá até hoje.

O candidato ao Senado Elmano Férrer (PTB) declarou bens que equivalem a R$ 1.256.546,67. Em 2008, quando concorria no cargo de vice- prefeito de Teresina seus bens equivaliam ao valor de R$ 546.814,39. Na lista dos candidatos a deputado federal, Flávio Nogueira (PDT) também registra a evolução de seu patrimônio de 2010 para 2014.
O candidato Flavio Nogueira possui nestas eleições R$2.183.564,26 em bens declarados. Já quando concorria ao cargo de vice- governador em 2010 apresentou um patrimônio orçado m R$1.137.314,09. A evolução do patrimônio do candidato foi de R$ 1.046.250,17.

Fonte: Diário do Povo

Instagram

Comentários

Trabalhe Conosco