Corre risco de morrer -

Comerciante é baleado em abordagem e família denuncia ação policial

A família do representante comercial José Raimundo Farias, 38 anos, acredita que ele foi vítima do despreparo de policiais militares do Estado do Piauí em abordagem policial na rodovia PI-113 que liga Teresina a José de Freitas. José Raimundo foi alvejado com um do tiro na cabeça disparado pelos policiais militares durante abordagem no dia 3 de dezembro e está em coma induzido no Hospital de Urgência de Teresina, correndo risco de morte. As informações são do site Realidade em Foco.

A família constituiu os advogados Kamila Franco e Silvínio Antônio Rocha Silva para acompanhar o caso e eles contestam a versão dos policiais publicada através da imprensa e que consta no auto de prisão de José Raimundo. Segundo a advogada Kamila Franco, “Rogério”, como era mais conhecido por familiares e amigos, pode ter sido alvo de abordagem nos moldes da que foi assassinada a menina Emilly Caetano, filha do cantor Evandro Costa, fato ocorrido no dia 24 de dezembro do ano passado.

Segundo a versão apresentada pelos policiais, eles faziam diligência na rodovia PI-113, em frente ao sítio OAS, quando foram fazer uma ultrapassagem e ao emparelhar com um veículo Siena o condutor do veículo teria apontado uma arma para a guarnição, que ao visualizar a arma, o cabo ordenou que acelerasse a viatura para efetuar a abordagem ao veículo mais a frente.

Ainda segundo o depoente, eles aguardaram a passagem do veículo, que ao se aproximar pediram que ele parasse e que o veículo não parou e que ao passar pela barreira montada, o condutor havia efetuado disparos de arma de fogo contra a guarnição e que em ato continuo para cessar o ataque, dois PMs efetuaram disparos de arma de fogo contra o veículo. Um dos tiros atingiu a cabeça do representante comercial. Ainda segundo depoimento do policial, o comerciante fez um disparo de uma carabina IA2 Calibre 556.

De acordo com a advogada,  e com base no auto de prisão, toda ação policial foi um desastre e ela alega possível fraude processual.

Ainda segundo a advogada, e de acordo com a única testemunha do caso, que estava no banco do passageiro do Siena, Daniel Cruz Abreu, o representante comercial não efetuou nenhum disparo contra a guarnição e que todos os tiros foram disparados pelos policiais militares.

Um detalhe que Daniel conta é de que o representante comercial foi levado com um tiro na cabeça e desacordado para a delegacia e só depois levado para o hospital da cidade, sem escolta, pelo serviço móvel para o HUT, onde se encontra na UTI até então.

A advogada também questiona o fato dos policiais terem afirmado que José Raimundo foi quem fez disparos contra a guarnição. Outro fato relatado pela principal testemunha é de o que os policiais militares teriam efetuado os disparos com a arma do representante comercial. Quanto a essa informação, a advogada vai aguardar o trabalho feito pela perícia.

 

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