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SINTETRO declina na CPI do SETUT empresa de transporte público que desrespeitaria trabalhadores

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

 

_Presidente do SINTETRO quando da CPI do SETUT (Imagem: Reprodução)
_Ajuri Dias, presidente do SINTETRO em depoimento à CPI do SETUT (Imagem: Reprodução) 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (SINTETRO) Ajuri Dias afirmou à CPI do SETUT que as empresas de transporte público desrespeitaram direitos dos trabalhadores.

Cobrado pelo presidente da comissão, vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), Ajuri declinou o nome de uma das empresas que desrespeitaria direitos trabalhistas de colaboradores do sistema de transporte público rodoviário da capital. 

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Dudu: Essas reclamações posteriores, ou no decorrer, ou anterior, o sindicato não tinha conhecimento para o sindicato acompanhar os trabalhadores?

Ajuri Dias: Não. Eles ligavam diretamente para o trabalhador. Quando a gente sabia, já tinham sido feitos os acordos. Como a gente soube da empresa… que… a maioria era trabalhador…

Dudu: O senhor pode dizer o nome da empresa para deixar registrado que o sindicato tem o conhecimento. 

Ajuri Dias:É a Cidade Verde. A maioria dos trabalhadores são tudo trabalhadores que tinham mais de 30 anos. E teve uma grande parte que perdeu os 40% da multa rescisória.

Dudu: Que é um valor significativo.

Ajuri Dias: Era. Dava um valor aí em torno de R$ 20 mil a R$ 30 mil que os caras devolveram para a empresa. 

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VEJA TRECHO DOS QUESTIONAMENTOS FEITOS POR DUDU E AS RESPECTIVAS RESPOSTAS________________

Dudu:Eu recebi aqui diversos WhatsApps de trabalhadores. Está aqui neste celular. E eu vou anexar também nos anais dessa CPI a folha de pagamento de empresas, onde os trabalhadores tinham lá a folha onde eles recebiam em hora trabalhada, diária, não sei, mas que estavam sendo obrigados a assinar como se tivessem recebido o mês. O senhor tem conhecimento desse tipo de pressão?

Ajuri Dias: É verdade. Muitos deles assinavam a recibo e colocavam no contracheque como se tivessem recebendo o valor integral.  Algumas empresas faziam. Algumas empresas não davam contracheque para não caracterizar que está recebendo com um valor menos [menor]. A partir de 2020 eles não pagaram mais o valor dos salários que deveriam ser pagos. 

Dudu: Senhor está dizendo que isso foi antes de 2020 também?

Ajuri Dias: Eles começaram essa prática agora, de 2020, em relação a essa situação do contracheque. Muito em relação à situação de recibo. Assinava o recibo e na hora de receber lá eles assinavam os contracheques com os valores do salário. De R$ 1.941,00, mas eles recebiam através de recibo. A grande maioria é dessa forma. Tem deles que nem assina contracheque quando recebe, para não caracterizar que está recebendo aquele valor indevido, menor do que o salário. As empresas não forneciam os contracheques. A gente até está movendo uma ação em relação a essa situação porque estavam recebendo um valor menor do que o valor que eles deveriam receber. 

Dudu: O sindicato tem conhecimento se existem rescisões trabalhistas, trabalhadores que foram demitidos, e que na realidade não se tinha o recolhimento dos encargos trabalhistas, dos direitos trabalhistas, e que isso causou problema de trabalhadores, inclusive, terem que, no ato dessas rescisões, por acordo verbal, se fazer um acordo com a empresa de eles assinaram como se estivessem recebendo algum direito, multa do FGTS, enfim, sem efetivamente estarem recebendo e quando se foi constatado não tinha o pagamento nem dos encargos trabalhistas? O sindicato tem conhecimento? 

Ajuri Dias: Olha, a partir da pandemia, a maioria dos acordos que os trabalhadores assinaram… Eles iam diretamente para a empresa e as empresas faziam esse tipo, que a gente fala no meio nosso, esse tipo de manobra.A gente teve informação que teve empresa que não pagou os 40% de multa rescisória, fazia acordo para pagar em cinco, seis vezes. E tem trabalhador hoje, não vou dizer aqui o nome da empresa, da Cidade Verde, que teve fiscal lá que até hoje fez acordo desse modo e nunca recebeu, do ano passado. Então teve essa prática. Eles iam para a empresa, mas na empresa elas faziam todo tipo de situação, falando para o trabalhador que eles iam retornar novamente para o posto de trabalho e alguns na esperança de voltar a trabalhar faziam os acordos e recebiam na forma que a empresa queria

Dudu: Essas reclamações posteriores, ou no decorrer, ou anterior, o sindicato não tinha conhecimento para o sindicato acompanhar os trabalhadores?

Ajuri Dias: Não. Eles ligavam diretamente para o trabalhador. Quando a gente sabia, já tinham sido feitos os acordos. Como a gente soube da empresa… que… a maioria era trabalhador…

Dudu: O senhor pode dizer o nome da empresa para deixar registrado que o sindicato tem o conhecimento. 

Ajuri Dias: É a Cidade Verde. A maioria dos trabalhadores são tudo trabalhadores que tinham mais de 30 anos. E teve uma grande parte que perdeu os 40% da multa rescisória.

Dudu: Que é um valor significativo.

Ajuri: Era. Dava um valor aí em torno de R$ 20 mil a R$ 30 mil que os caras devolveram para a empresa. 

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VEJA TAMBÉM:

- Presidente do SINTETRO diz na CPI do SETUT que empresários fraudaram pagamento dos 30% de MP federal

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