
SP: Imagem aérea mostra incêndio fora de controle
No último final de semana, em meio a uma intensa onda de calor que afetou não apenas a microrregião de São Roque, no interior de São Paulo, mas também várias outras cidades do Brasil, uma extensa área de floresta em Mairinque foi consumida por um significativo incêndio. Com informações do Metrópoles.
As chamas tiveram início nas proximidades da rodovia Raposo Tavares, por volta do meio-dia do domingo, dia 24 de setembro, e se propagaram de maneira veloz, transformando-se em um incêndio de proporções consideráveis.
O incêndio chegou perigosamente próximo das residências situadas à margem da rodovia, levando os moradores a agirem com rapidez para apagar os focos que surgiam ao redor de suas casas. A vegetação ressecada desempenhou um papel crucial na rápida propagação do fogo.
Pauta verde de Arthur Lira deve incluir biodiesel e créditos de carbono
A “pauta verde” prometida para o segundo semestre pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, deve incluir projetos sobre biodiesel, uso do hidrogênio, créditos de carbono e eólicas offshore. As informações são do Metrópoles.
Foto: Vinícius Schmidt/MetrópolesPauta verde de Lira deve incluir biodiesel e créditos de carbonoPresidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), o deputado federal Alceu Moreira, do MDB do Rio Grande do Sul, apresentou um projeto de lei que aumenta o patamar da mistura do biodiesel em combustíveis fósseis e cria um cronograma para que aumente ainda mais.
Além desse tema, a Câmara deve discutir também um projeto do ex-deputado Marcelo Ramos, do Amazonas, que regulamenta o mercado de créditos de carbono no Brasil. Como contou a coluna, o projeto sobre o assunto no Senado também está nas prioridades do semestre.
Outro assunto é a criação de regras para a implantação de usinas de energia eólica offshore, no mar da costa brasileira. Um projeto de lei aprovado no Senado, de autoria do ex-senador Fernando Collor, tramita na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.
Por fim, há ainda um projeto de lei de Gilson Marques, do Novo de Santa Catarina, que quer incluir o hidrogênio verde — combustível produzido com fontes de energia renovável — na Política Energética Nacional.
Quase ¼ da população do Piauí queima o lixo; prática acarreta em danos ambientais
O estado do Piauí enfrenta um desafio significativo relacionado à destinação adequada de resíduos sólidos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coletados em 2022, apenas 69,7% dos domicílios no estado são atendidos por serviços diretos de coleta de lixo, um valor bastante inferior à média nacional, que é de 86%. Como consequência dessa deficiência, a queima de lixo a céu aberto se tornou uma prática comum, resultando em danos ambientais. Quase um quarto da população piauiense, o que corresponde a 24,7% de todo o descarte de lixo no estado, utiliza essa forma inadequada de descarte.
O alto índice de queima de lixo coloca o Piauí como o estado líder nessa forma de destinação, superando em muito a média nacional de apenas 6,8%. Essa prática acarreta sérios danos ao meio ambiente. Durante o período de estiagem, caracterizado pela baixa umidade do ar e vegetação seca, o número de incêndios em terrenos baldios e áreas de matas aumenta consideravelmente. A situação deve se prolongar até setembro, o que levou as autoridades a alertarem sobre a importância de adotar ações capazes de evitar situações que coloquem em perigo a natureza e a vida humana.
É importante ressaltar que a queima de lixo doméstico, entulhos e móveis constitui um crime ambiental, de acordo com o artigo 54 da lei federal 9.605/1998. Sabrina Nakayama, Supervisora Ambiental do Grupo Natus, destaca a necessidade urgente de destinação adequada dos resíduos sólidos, especialmente durante esse período crítico. Ao adotar medidas de cuidado, é possível evitar danos ao meio ambiente e situações que podem resultar em perdas de animais e até mesmo de vidas humanas.
O clima semiárido do Piauí, aliado à incidência de incêndios registrada nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado, torna a problemática do descarte irregular de resíduos ainda mais relevante. O estado ficou em segundo lugar entre os estados nordestinos em relação ao número de focos de incêndio, possivelmente devido a essa prática cultural de queima de lixo pela população. Nakayama ressalta que além da poluição do ar, a queima irregular de resíduos pode causar incêndios florestais. Mesmo um simples objeto, como uma garrafa de vidro ou um caco de vidro, exposto à luz solar em meio à vegetação seca, pode desencadear um foco de incêndio, que pode crescer e resultar em morte de animais, plantas, prejuízos financeiros e até mesmo perdas humanas.
Há mais de 12 anos, o Grupo Natus Ambiental atua no Piauí, buscando promover a destinação adequada de resíduos e oferecendo soluções em conformidade com as normas ambientais e legais estabelecidas. A empresa está empenhada em preservar o meio ambiente e contribuir para a conscientização da população sobre a importância de práticas sustentáveis de descarte de resíduos.
Teresina leva pela quarta vez o Selo A na Certificação Ambiental
Pelo quarto ano consecutivo, Teresina recebe o Selo A de Certificação Ambiental Estadual dos municípios piauienses no Selo Ambiental. O prêmio se deu por meio do trabalho de secretarias e órgãos incluindo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semar). Essa conquista ressalta o compromisso da Prefeitura de Teresina em promover ações de preservação e conservação ambiental.
Além de Teresina, somente o município de Oeiras, a primeira capital do Piauí, conseguiu pontuar em todos os 9 critérios de elegibilidade exigidos pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (Semar), que outorga o Selo Ambiental.
Foram certificados no Selo Ambiental categoria A os municípios que adquiriram pelo menos seis critérios de elegibilidade. Na categoria B, aqueles que tiveram pelo menos quatro critérios de elegibilidade; e, na categoria C, pelo menos três critérios de elegibilidade, conforme os requisitos exigidos pelo Decreto Estadual nº 14.861/2012.
Conferido pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (Semar), o Selo A é uma importante conquista para a gestão e para a população, pois viabiliza a obtenção de recursos do ICMS Ecológico, mecanismo que incentiva financeiramente os municípios que adotam práticas sustentáveis e voltadas à proteção do meio ambiente.
É oportuno registrar que a Semam teve importante papel na manutenção dessa conquista, com sua equipe responsável coordenando e obtendo as evidências exigidas para atender a maior parte dos requisitos para a certificação do Selo Ambiental. “Temos tudo para nos firmar neste ranking, pois o compromisso da gestão é bastante sólido e ressoa em órgãos como a nossa secretaria e outros”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Luis André.
“Já estamos nos empenhando para os próximos resultados. O ano que vem, por sinal, marca um importante momento da Prefeitura ligado à educação ambiental: a premiação das escolas municipais que mais se destacarem em 2023 com práticas ecologicamente corretas e conceitos de sustentabilidade por meio do Selo Escolas Sustentáveis, lançado em junho pela Semam em parceria com a Secretaria Municipal de Educação”, conclui Luis André.
Proposta para mercado de carbono será enviada em agosto, afirma Marina Silva
A proposta para regulamentar o mercado de créditos de carbono deverá ser enviada ao Congresso em agosto, disse, nesta quinta-feira (20/07), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Ela, no entanto, não informou se o governo encaminhará um projeto de lei ou se apensará o tema a um dos dois projetos que tramitam no parlamento, um na Câmara e outro no Senado.
A ministra participou da instalação da Comissão Temática de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Conselhão. Com participação de representantes do governo e da sociedade, a comissão recolherá sugestões para o governo elaborar o Pacote de Transição Ecológica, também chamado de Pacote Verde.
Foto: Wilson Dias/Agência BrasilProposta para mercado de carbono será enviada em agosto, diz MarinaSegundo Marina, o governo pretende aproveitar ao máximo os dois projetos sobre a regulamentação do mercado de carbono, no qual uma empresa pode financiar projetos de reflorestamento e de desenvolvimento sustentável em troca do direito de emitir gás carbônico. As propostas devem ganhar espaço no Congresso nos próximos meses, após as votações do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária.
El Niño
Em relação ao fenômeno climático El Niño, que tradicionalmente provoca redução das chuvas na Amazônia e secas no Nordeste, Marina Silva disse que o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas reforçou a estrutura. Ela afirmou que a pasta contratou brigadistas e comprou equipamentos para lidar com eventuais incêndios na Amazônia e em outros biomas.
“Contratamos previamente nossas brigadas. Temos mais de 2 mil brigadistas já contratados, ampliamos nossos equipamentos e estamos em articulação com os governos dos estados dos mais diferentes biomas, sobretudo os mais fragilizados”, declarou a ministra.
Aquecimento global
Também presente à instalação da comissão temática, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, disse que o governo estabeleceu uma diretriz para combater queimadas num cenário de aquecimento global. Segundo ele, o Ibama está treinando brigadistas, tanto voluntários como dos governos estaduais, e promovendo estratégias de campo e campanhas de comunicação para se preparar para o fenômeno climático.
“Não tem Super El Niño. Tem aquecimento global. O mundo está esquentando e vai ficar cada vez mais. A gente vai ter que saber lidar com isso. Quando a gente viu que o La Niña estava virando El Niño, a gente foi ao máximo que o orçamento permitia, que foi a contratação de 2.101 brigadistas”, declarou Agostinho. Ele destacou que o governo elaborou a estratégia assim que ficou clara a formação do El Niño ao longo do primeiro semestre.
Caracterizado pelo aquecimento das águas da região equatorial do Oceano Pacífico, o El Niño começa quando os ventos alísios – ventos que sopram dos trópicos ao Equador – param de soprar de leste para oeste. O La Niña, que perdurou nos últimos três anos, é definido pelo resfriamento dessas águas.
Energia verde
O lançamento da comissão temática também teve a participação do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo o governo, o Pacote de Transição Ecológica, segundo o governo, estabelecerá diretrizes para um licenciamento ambiental transparente, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo a proteção do meio ambiente.
Entre os temas a serem discutidos pela câmara temática, estão o financiamento e a ampliação da matriz energética limpa e renovável do Brasil. O Pacote Verde prevê investimentos em infraestrutura e no desenvolvimento de energia solar, eólica, hidrelétrica e de novas formas de tecnologia limpa, como o hidrogênio verde.
Leonardo DiCaprio elogia Lula e critica Bolsonaro em dados sobre Amazônia
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Leonardo DiCaprio, 48, elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao divulgar novos dados sobre a queda do desmatamento na Amazônia em abril deste ano. Em contrapartida, o astro de Hollywood criticou a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Em uma publicação no Instagram, o ator compartilhou uma montagem que indica queda no desmatamento neste ano. "Sob Lula, desmatamento da Amazônia em abril de 2023 foi 68% menor que em 2022", dizia.Foto: Reproduçãoleonardo di caprioNa legenda, o ator também repostou um texto sobre os dados divulgados na sexta-feira passada (30) pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). "A queda ocorre após 2 meses de maior desmatamento em fevereiro e março, mas ano a ano, o desmatamento ainda caiu 40% geral."
Em seguida, o texto afirma que Bolsonaro havia afrouxado a fiscalização contra o desmatamento na Amazônia. "Muitos estão dando algum crédito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois ele começou a restabelecer políticas para proteger a Amazônia e os direitos indígenas após assumir o cargo. O presidente anterior, Jair Bolsonaro, os enfraqueceu e o desmatamento atingiu seu nível mais alto em 15 anos sob sua administração", escreveu na postagem.Incêndios florestais no Canadá batem recorde e fumaça chega à Europa
JÉSSICA MAES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os incêndios no Canadá bateram o recorde histórico, com mais de 77,9 mil km² de florestas queimadas em 2023. O número é o mais alto dos últimos 40 anos e foi atingido muito antes do fim da temporada do fogo, que vai até setembro.
A área equivale à do Panamá (75.320 km²) ou quase 50 vezes a da cidade de São Paulo (1.521 km²).Foto: Divulgação via REUTERSIncêndios no CanadáDe acordo com o serviço de monitoramento atmosférico europeu Copernicus, os incêndios já emitiram 160 milhões de toneladas de carbono, o índice mais alto desde que o monitoramento começou, em 2003. O número equivale ao total de emissões das Filipinas, um país com uma população de 113,9 milhões de pessoas, em 2021.
A fumaça voltou a turvar o céu de grandes cidades canadenses neste domingo (25). Em Montreal, na província de Quebec, a qualidade do ar registrada foi a pior entre as grandes cidades do mundo, segundo o IQAir, que monitora a poluição ao redor do globo.
O Ministério do Meio Ambiente do Canadá pediu que moradores de várias regiões da província evitassem atividades ao ar livre e recomendou o uso de máscaras. Eventos externos, como shows e competições esportivas, foram cancelados.
A poluição causada pelo fogo também atravessou o Atlântico e chegou à Europa um dia depois.
À agência de notícias Reuters, o cientista do Copernicus Mark Parrington disse que, ao longo da semana, é possível que o céu fique nebuloso no continente europeu, tingindo o pôr do sol de laranja. Apesar disso, a previsão é de que a fumaça fique numa altitude maior, portanto, é pouco provável que a qualidade do ar seja afetada.
Nesta terça-feira (27), foram registrados 487 focos de incêndio ativos no Canadá, sendo que 259 estão fora de controle.
"Já estamos vendo uma das piores temporadas de incêndios florestais já registradas e devemos nos preparar para um longo verão", disse o ministro do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Steven Guilbeault, em um comunicado no começo de junho.
O QUE ESTÁ QUEIMANDO
As chamas estão atingindo a floresta boreal, que cobre a maior parte do território canadense e é formada, em sua maioria, por diferentes tipos de coníferas (como pinheiros).
"A diversidade de árvores é muito menor do que nas florestas brasileiras, podendo haver centenas de hectares de abetos-negros, principalmente", explica o botânico Sam Flake, pesquisador do Departamento de Recursos Florestais e Ambientais da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
"Este tipo de floresta abrange uma vasta área pouco povoada e de difícil acesso para os bombeiros, o que tem dificultado o controle dos incêndios", avalia.
Os incêndios são uma parte natural do ecossistema da floresta boreal e, por isso, muitas espécies têm adaptações para ajudá-las a resistir depois de serem atingidas pelas chamas.
O abeto-negro, por exemplo, é muito inflamável, mas tem cones que armazenam sementes para liberar após um incêndio. Mas mesmo esse tipo de planta não resiste a queimadas frequentes. "Esta árvore prefere queimar a cada 50 ou 100 anos, caso contrário, será substituída por outras espécies", diz Flake.
Mesmo assim, isso não significa que a floresta boreal está queimando "sozinha".
"A maioria dos incêndios ainda é causada por humanos no Canadá. Mas há uma proporção maior [de fogo] por causas naturais, como raios, do que em lugares como o Brasil e outras áreas de florestas úmidas", aponta James MacCarthy, pesquisador do Global Forest Watch, ferramenta da organização não governamental WRI (World Resources Institute).
O PAPEL DA CRISE CLIMÁTICA
O clima é um fator que colabora para que grandes queimadas aconteçam, já que o fogo depende de condições específicas para se espalhar com maior facilidade: tempo seco, altas temperaturas e vento. Com as mudanças climáticas, esse tipo de cenário tem ficado mais frequente nas regiões florestais, levando a mais incêndios.
"O que nós estamos vendo é que tem havido incêndios mais intensos, mais frequentes e maiores, aos quais os ecossistemas [boreais] não se adaptaram ao longo da evolução", aponta MacCarthy. "Então, ainda que o fogo seja natural, os tipos de incêndios que nós estamos vendo hoje não são naturais."
Flake aponta ainda que as queimadas que estão acontecendo agora, que começaram mais cedo do que o normal, foram causadas por uma primavera muito quente e seca no hemisfério norte. "Essas condições quase certamente se tornarão mais comuns no futuro", afirma.
O patamar atual, com dezenas de milhares de quilômetros quadrados queimados, era algo atingido no final da temporada de fogo em anos anteriores. Por isso, a expectativa é que 2023 ainda tenha mais três meses de incêndios, agravando a situação.
"Alguns estudos mostraram que as temporadas de incêndios aumentaram nos últimos 50 anos e agora são cerca de 20% mais longas do que antes de 2000", diz MacCarthy.
O Global Forest Watch registrou um aumento nas áreas florestais queimadas no mundo todo, especialmente na última década, mas foram as matas do Canadá e da Rússia que mais arderam.
"O IPCC [painel científico das Nações Unidas para as mudanças climáticas] já mostrou que as regiões boreais estão esquentando mais rápido do que o resto do planeta. Essa é uma das razões pelas quais estamos vendo impactos nestas áreas, em particular", explica o especialista.
IMPACTO NAS EMISSÕES DE CARBONO
Além de sofrerem os efeitos das mudanças climáticas, ficando mais frequentes, os incêndios florestais também estão do outro lado da equação: como liberam muito carbono, agravam o aquecimento global.
Enquanto nas florestas tropicais, como as do Brasil, a maior parte do carbono fica estocada acima da terra, nos galhos e no tronco, nas boreais acontece o oposto, com a maioria do estoque no solo.
"Mas, à medida que vemos aumentar a intensidade, o número e a frequência dos incêndios florestais nas florestas boreais, vai sendo queimado [o material que está] mais abaixo no solo e isso libera mais carbono", afirma MacCarthy.
Em março, um estudo mostrou que os incêndios nas florestas boreais estão emitindo quantidades cada vez maiores de dióxido de carbono (CO₂).
A queima desse tipo de vegetação na Eurásia e na América do Norte em 2021 liberou um recorde de 1,76 bilhão de toneladas de CO₂ -representando 23% de todas as emissões mundiais de carbono provenientes de incêndios.
"Esse estudo analisou a temporada de incêndios de 2021, mas esta provavelmente será ainda pior", avalia Flake.Brasil quer eliminar lâmpadas com mercúrio até 2025
O Brasil tem o compromisso de tirar todas as lâmpadas fluorescentes do mercado até 2025. Essa meta foi definida no ano passado na quarta reunião da Conferência das Partes (COP) da Convenção de Minamata. A ideia é que elas sejam substituídas por lâmpadas de led, que consomem menos energia e não contêm metais pesados.
As lâmpadas fluorescentes surgiram para substituir as antigas incandescentes, com a promessa de serem mais econômicas e duráveis, e não emitirem calor, mas contêm mercúrio na composição, um metal altamente tóxico.
“Nos seres humanos, ele [mercúrio] pode causar ataxia, problemas neuromotores, neurológicos, ele é teratogênico [organismo que, estando presente durante a gestação, produz uma alteração no desenvolvimento], na formação dos fetos, ele é bastante tóxico quando ligado à questão neurológica e pode chegar até a morte”, explica a bióloga Alexandra Penedo de Pinho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A reciclagem é uma ferramenta poderosa, mas ainda insuficiente. Segundo a Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação (Reciclus), foram recicladas nos últimos seis anos no país 33 milhões de lâmpadas fluorescentes, cerca de 5 milhões por ano, número bem inferior ao total que chega anualmente. Em 2022, foram importados 12 milhões de lâmpadas.
“O desafio é muito grande porque as pessoas precisam se conscientizar de que existem diversos resíduos que são prejudiciais ao meio ambiente. E o meio ambiente já vem sofrendo as consequências por meio de desastres naturais. Aquele resíduo que a gente joga em um lugar que não é o correto, ele traz uma consequência para o mundo”, aponta Camilla Horizonte, gerente de operações da Reciclus.
Na reciclagem, os componentes são separados: vidro, metais e pó fosfórico podem ser reutilizados. Já o mercúrio é extraído por estas tubulações conectadas a um filtro de carvão, que depois é destinado a um aterro sanitário especial.
Governo do Piauí autoriza transporte aéreo de filhote de peixe-boi encalhado na praia de Atalaia
O Governo do Estado autorizou, neste sábado (17/06), um avião para deslocamento aéreo de um filhote de peixe-boi encalhado no litoral do Piauí. A demanda foi atendida por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). O resgate do animal foi realizado, no último dia 9 de junho, por técnicos da Comissão Ilha Ativa e Apa Delta do Parnaíba, após o localizarem próximo à região do quebra-mar, em Atalaia.
O filhote neonato de peixe-boi-marinho é uma fêmea, com 122 cm de comprimento, e possuía ainda, no momento do resgate, resquícios de cordão umbilical, o que indicava que se trata de um filhote com poucos dias de vida. Segundo informações de populares, o peixe já havia sido avistado no dia 3 de junho, na região da praia do Arrombado, sem a presença da mãe. Desde então, os técnicos vinham realizando monitoramento da praia.
Ao resgatá-lo, os técnicos observaram que o animal já apresentava sinais de cansaço e estresse e o levaram imediatamente à Base do Projeto Peixe-boi/ICMBio, no município de Cajueiro da Praia, para que fosse iniciada a fase de estabilização e, posterior, transporte.
No Piauí, a APA Delta do Parnaíba, juntamente com a CIA, realizam os primeiros atendimentos a filhotes de peixes-bois encalhados para sua estabilização, até que estejam aptos para serem transportados para Centro de Reabilitação, em Itamaracá (PE). Isso porque no Piauí não há centro especializados para reabilitação de animais que duram em média seis anos, até que eles estejam aptos a retornarem ao seu ambiente natural.
Semarh resgata quatro papagaios e um um pássaro-preto mantidas em cativeiro no Sul do Piauí
A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh), com apoio da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (DPMA), realizou o resgate de quatro papagaios e um pássaro-preto, no município de Regeneração, a 163 km de Teresina, após receber uma denúncia anônima. Os animais eram mantidos em cativeiro em uma residência da cidade.
Após a confirmação da infração, a mulher que mantinha os animais em cativeiro resistiu em entregá-los, mas em seguida foi autuada e levada à Delegacia. Os animais foram conduzidos ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) para início do processo de readaptação ao meio natural.
Para a realização do trabalho de resgate, a Secretaria designou uma equipe da Diretoria de Fiscalização, com apoio de dois auditores fiscais ambientais, e uma viatura. A DPMA também disponibilizou uma viatura para a ação e uma guarnição.
Crimes de maus tratos a animais no Piauí podem ser denunciados pelo Disk Denúncia da Semarh, que atende também pelo WhatsApp: (86) 98112 9958.