Prejuízo líquido de R$ 149 milhões -

Marisa fechará 91 lojas ao custo de R$ 62 milhões, diz CEO

O CEO da Marisa Lojas, João Pinheiro Nogueira Batista, afirmou que a companhia fechará 91 lojas até junho. Somente entre março e abril deste ano, 25 unidades encerraram as atividades. As informações são do Metrópoles.

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Marisa fechará 91 lojas ao custo de R$ 62 milhões, diz CEO

As declarações do executivo foram dadas durante reunião com investidores na terça-feira (16/5), um dia após a divulgação do balanço da companhia referente ao primeiro trimestre de 2023.

Como noticiado pelo Metrópoles, a Marisa registrou um prejuízo líquido de R$ 149 milhões no período. O resultado corresponde a um aumento de 64,2% no prejuízo em relação ao mesmo período do ano passado, quando a Marisa ficou no vermelho em R$ 90,7 milhões.

“No primeiro trimestre, foram poucos fechamentos de lojas. Estávamos no início”, afirmou o CEO da companhia. De acordo com o CEO, o processo de fechamento das 91 lojas custará cerca de R$ 62 milhões, mas com um incremento de Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de quase R$ 70 milhões por ano.

As projeções indicam que a Marisa deve fechar 33 lojas em maio e outras 33 em junho. De acordo com a empresa, as unidades fechadas tinham um alto custo operacional.

Segundo Nogueira Batista, a Marisa pretende reduzir as despesas em R$ 52 milhões.

Pedidos de falência e ações de despejo

Na conversa com investidores, o CEO da Marisa também comentou os pedidos de falência da empresa por credores. Segundo ele, trata-se de um “processo natural, parte de programas de reestruturação”.

“Já atingimos 90% de renegociação com fornecedores. Credores menores, de valores não tão relevantes, acionam a Justiça”, afirmou Nogueira Batista. “Não negamos nossas dívidas. Reconhecemos.”

O executivo também minimizou as ações de despejo por inadimplência em contratos de aluguel estão sendo movidas contra a Marisa. Os processos começaram a tramitar na Justiça em fevereiro deste ano, quando a empresa admitiu a incapacidade de honrar pagamentos que somam cerca de R$ 600 milhões.

Segundo o CEO, a empresa vem renegociando aluguéis, mas atrasou alguns pagamentos por causa das restrições de caixa. “Se não tivéssemos restrição de caixa, não estaríamos fechando lojas. Acabamos atrasando aluguéis como fruto das negociações em curso”, explicou. “Temos uma taxa de 70% de êxito na renegociação de aluguéis.”

 

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