• Vendas de imóveis no país crescem 19,7% de janeiro a setembro

    As vendas de imóveis em todo o país cresceram 19,7% de janeiro a setembro, na comparação com o mesmo período de 2023. Os lançamentos imobiliários aumentaram 17,3%, e o Valor Geral de Vendas (VGV) subiu 21%. As unidades enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) representaram 58,7% dos lançamentos e 43,6% das vendas. Até novembro, cerca de 500 mil unidades do MCMV haviam sido contratadas. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo SindusCon-SP.

    Segundo o balanço da entidade, que representa empresas da indústria da construção paulista, na cidade de São Paulo, na comparação com o período de janeiro a setembro do ano passado, os lançamentos aumentaram 44,4%; as vendas, 36%; e o VGV, 21%. As unidades do MCMV registraram elevações de 94,2% nos lançamentos e 64,2% nas vendas, representando 56% do total das unidades vendidas.

    Nos acumulado de janeiro a outubro, em comparação com o mesmo período de 2023, o número de unidades residenciais beneficiadas por crédito habitacional cresceu 12,8%, atingindo 1,131 milhão. Os investimentos públicos e privados em infraestrutura devem somar R$ 259,3 bilhões em 2024 (1,84% do Produto Interno Bruto, o PIB), ante R$ 224,9 bilhões em 2023.

    De acordo com os dados, até outubro, o consumo de cimento aumentou 4,3%. Nesse mesmo, período foram criados pelas construtoras no país cerca de 230 mil empregos com carteira assinada, dos quais 45 mil no estado de São Paulo, sendo 19 mil na capital paulista. No país, a taxa de emprego aumentou 7,6% no segmento de infraestrutura, 5,5% no de edificações e 4,7% no de serviços para a construção.

    Entretanto, o balanço revela que houve dificuldades na contratação de mão de obra qualificada e no custo dos funcionários, com 60,4% informando esses problemas. Para solucionar essas dificuldades, 43% informaram que investem em capacitação interna, 28% oferecem mais benefícios, 27% realocam colaboradores da empresa, 19% mudam processos para reduzir a dependência de mão de obra, e 18% aumentam salários.

    Quanto ao aumento dos custos, até novembro, o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) subiu 5,80%, puxado pela mão de obra (aumento de 7,67%), seguida de materiais e equipamentos (+4,59%) e serviços (3,97%). Pesquisado em dez capitais do país, o INCC-M registrou o maior percentual de aumento nesses 11 meses em São Paulo (6,48%), seguido do Rio de Janeiro (6,36%) e do Recife (6,29%).

    Previsões

    Para o SindusCon-SP, o ano de 2025 deve registrar um crescimento de 3% do PIB da construção, com estimativa de desaceleração, na comparação com a projeção de aumento de 4,4% em 2024. Na avaliação do presidente da entidade, Yorki Estefan, na cidade de São Paulo poderá haver uma velocidade maior de vendas e lançamentos de empreendimentos imobiliários. “Mas, se houver uma elevação maior da taxa de juros, isso poderá levar a uma desaceleração maior do que a prevista no cenário básico. Maiores os juros, menor o número de compradores de apartamentos de média e alta renda”, completou.

    O vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, afirmou que no curto prazo os juros altos não impactam nas obras já contratadas. “Mas investimentos privados e das concessões serão postergados se houver uma elevação muito alta dos juros, levando a uma desaceleração maior da atividade da construção a partir do terceiro trimestre. Juros altos também competem com a rentabilidade dos novos investimentos.”

  • Programa Autonomia e Renda Petrobras abre mais 12,7 mil vagas

    O Programa Autonomia e Renda Petrobras lançou nessa terça-feira (10/12), no Rio, edital de vagas gratuitas com objetivo de qualificar profissionalmente e ampliar oportunidades para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

    Os participantes do projeto - realizado em parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Indústria (Sesi) - devem ser moradores de áreas de abrangência das operações da Petrobras das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.

    Com investimento de R$ 205 milhões, o programa vai oferecer 12.750 vagas nos próximos quatro anos. As inscrições podem ser realizadas até dia 23/12 através do site www.autonomiaerenda.com.br ou nas unidades do Senai.

    Em 2025, unidades Senai Sesi de sete estados (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco) vão ofertar 285 cursos técnicos e de qualificação profissional nas seguintes áreas: elétrica, edificações, mecânica, metalurgia, soldagem, automação industrial, planejamento e controle de produção e segurança do trabalho, entre outras. Serão mais de 12.700 vagas oferecidas pelo Senai.

    Além da formação profissional, o Programa Autonomia e Renda conta com uma carga horária voltada para oficinas de Desenvolvimento Humano, uma metodologia da Firjan/Sesi que tem como finalidade fortalecer as competências sociais dos participantes, elevando o potencial de empregabilidade.

    Foto: © Fernando Frazão/Agência BrasilPetrobras

    Demanda crescente

    “O Autonomia e Rende surge pela demanda crescente de mão de obra qualificada na indústria de energia e nas regiões atendidas pela Petrobras. Trata-se de um investimento social privado e voluntário da maior empresa brasileira e uma das maiores petroleiras do mundo. A Firjan, Senai e Sesi se unem à Petrobras, utilizando toda a sua expertise para a formação profissional e o desenvolvimento humano de jovens e adultos que podem se tornar futuros trabalhadores da indústria”, disse Alexandre dos Reis, diretor executivo da Firjan/Senai/Sesi.

    “As vagas abertas têm conexão com o déficit de mão de obra qualificada nas empresas fornecedoras do setor de óleo e gás. Faltam profissionais capacitados para atuar em paradas de manutenção e projetos de investimento previstos no Plano Estratégico da Petrobras e acreditamos que a oferta desses cursos pode impulsionar as oportunidades para as comunidades próximas das nossas instalações. Com o curso concluído, os egressos serão orientados a buscar vagas no Sistema Nacional de Emprego (Sine). Da mesma forma, vamos estimular nossos fornecedores a oferecerem oportunidades de trabalho no Sine”, explica José Maria Rangel, gerente executivo de Responsabilidade Social da Petrobras.

    Os pré-requisitos para o ingresso no programa são ter mais de 18 anos, escolaridade mínima exigida por cada curso, ser morador das áreas de abrangência da Petrobras e estar em situação de vulnerabilidade social. A seleção dos candidatos e candidatas será realizada por meio de sorteio eletrônico.

    Além da gratuidade nos cursos de formação profissional e das oficinas de Desenvolvimento Humano, o programa prevê a concessão de bolsas-auxílio de R$ 660 mensais aos participantes. E as mulheres com filhos de até 11 anos de idade completos receberão bolsa com valor diferenciado de R$ 858 mensais.

    Bolsas de estudo

    “Essas bolsas de estudo são parte importante do programa para que a pessoa não desista do curso no meio do caminho. Outro destaque é o fornecimento diferenciado de bolsa-auxílio para mulheres com filhos pequenos. [A meta] é contribuir para que elas possam contar com um apoio para as crianças enquanto estão estudando, já que em nossa sociedade ainda é comum a mulher ter essa dupla jornada. Para garantir a bolsa durante todo o período do curso é necessário cumprir o mínimo de 75% de frequência mensal”, afirma Marcela Souza Levigard, gerente de Projetos Sociais da Petrobras.

    Mulheres, pessoas transgêneros, transexuais e travestis, indígenas, quilombolas, pretos e pardos, refugiados e pessoas com deficiência terão preferência. “O programa, como seu próprio nome sugere, tem como foco a inclusão social e o olhar para esses grupos minorizados. Junto à Petrobras, queremos proporcionar melhores condições de empregabilidade, de qualidade de vida e, consequentemente, autonomia financeira. O nosso objetivo é contribuir com as necessidades do setor de energia e possibilitar que os participantes do programa enxerguem oportunidades de trabalho em seus próprios territórios”, avalia Eliane Damasceno, gerente de Responsabilidade Social da Firjan/Sesi.

  • Brasil exporta 46 milhões de sacas de café, atingindo recorde em 2024

    Em novembro deste ano, o Brasil exportou 4,66 milhões de sacas de 60 quilos (kg) de café. Com o resultado, 5,4% superior ao do mesmo mês de 2023, quando o país vendeu 4,42 milhões de sacas do produto para o mercado externo, o setor cafeicultor estabeleceu um novo recorde: a um mês do fim do ano, os produtores nacionais já tinham embarcado o total de 46,399 milhões de sacas, superando em 3,78% o maior volume registrado até então, que era de 44,707 milhões de sacas ao longo dos 12 meses de 2020.

    Foto: ReproduçãoReprodução

    De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), entidade que divulgou os dados estatísticos nesta segunda-feira (9), com as vendas externas do produto, o Brasil recebeu, só em novembro, US$ 1,343 bilhão – quantia 62,7% superior aos US$ 825,7 milhões aferidos no mesmo mês de 2023. Se comparadas as receitas recebidas de janeiro a novembro deste ano (US$11,30 bi) às do mesmo período de 2023 (US$ 9,24 bi), o crescimento é da ordem de 22,3%

    Até o fim de novembro, os principais importadores do café brasileiro foram os Estados Unidos (7,419 milhões de sacas, ou 16% do total), Alemanha (7,228 milhões), Bélgica (4,070 milhões), Itália (3,702 milhões) e Japão (2,053 milhões), sendo que, no acumulado, os japoneses importaram, este ano, um volume 0,3% inferior ao do mesmo período de 2023.

    A espécie de café que o Brasil mais tem exportado em 2024 continua sendo a arábica: mais de 33,97 milhões de sacas. De acordo com o Cecafé, esse volume, 23,2% superior ao do mesmo intervalo no ano passado, é o maior da história para o período de 11 meses. Na sequência vem a espécie canéfora (conilon + robusta).

    Os cafés de qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis responderam por 17,5% das exportações totais brasileiras entre janeiro e novembro de 2024, com a remessa de 8,112 milhões de sacas ao exterior. Esse volume é 33,5% superior ao registrado nos 11 primeiros meses do ano passado. O preço médio do produto foi de US$ 269,41 por saca, gerando uma receita cambial de US$ 2,185 bilhões, ou 19,3% do total obtido.

    Desafios

    Apesar dos bons resultados, o Cecafé aponta para a persistência de gargalos que dificultam o setor, principalmente em termos logísticos. “Na teoria, ao analisarmos a performance das exportações brasileiras de café, teríamos motivos somente para comemorar, mas a realidade é um pouco mais cruel”, afirmou o presidente da entidade, Márcio Ferreira, em nota. “Esse desempenho recorde ocorre devido ao profissionalismo e à criatividade dos exportadores associados ao Cecafé, que buscaram alternativas e vêm arcando com milionários gastos adicionais em seus processos de exportação devido à falta de infraestrutura, especialmente nos portos brasileiros, para honrarem os compromissos com os clientes internacionais dos cafés do Brasil”.

    A Agência Brasil consultou a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) a respeito dos dados divulgados pelo Cecafé. Também em nota, o presidente da entidade, Pavel Cardoso, comentou que o setor espera chegar, este ano, próximo à marca de 50 milhões de sacas de café exportadas.

    “Os dados da exportação divulgados pela Cecafé, que deverão acumular, ao fechar desse ano, próximo de 50 milhões de sacas de café, são vigorosos e, comparados aos dados do ano passado, que totalizaram próximo de 40 milhões, demonstram o vigor que as exportações brasileiras atingiram esse ano”, afirmou Cardoso.

    Para o presidente da Abic, dois fatores trazem foram importantes para o aumento das importações: "o robusta (conilon brasileiro) ficou muito barato contra o conilon do Vietnã no primeiro semestre, daí o motivo dessas exportações seguirem muito mais altas do que o ano passado, especialmente de conilon (de robusta), e outro ponto que foi fundamental, sobretudo no último quadrimestre, foram as antecipações que esses importadores europeus fizeram em função da iminente entrada em vigor do Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), que foi postergada por mais 12 meses, mas as antecipações dos importadores já estavam feitas".

    A reportagem também solicitou uma manifestação do Ministério da Agricultura e Pecuária e aguarda retorno. 

  • Projeto dos EUA avalia incentivo de R$ 3,3 bilhões na produção de minerais do Piauí

    A Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (DFC) está avaliando um investimento de até US$ 550 milhões (aproximadamente R$ 3,3 bilhões) com um projeto da Brazilian Nickel Limited. Click aqui apara saber mais.

    O projeto denominado Piauí Nickel, está em análise para acontecer no interior do Piauí, o financiamento, que representará cerca de 40% do valor total necessário para o empreendimento, visa o impulsionamento da produção de níquel e cobalto no Brasil, minerais essenciais para a transição energética global.

    Foto: José Cruz/ Agencia BrasilAgência de Mineração

    A expectativa é que, com o apoio da DFC, a mina produza 27 mil toneladas métricas de níquel e 900 toneladas métricas de cobalto anualmente, nos primeiros 10 anos de operação. O projeto tem potencial para contribuir com o desenvolvimento econômico da região, além de fortalecer a cadeia de suprimentos de minerais críticos, em um momento em que os EUA buscam diversificar suas fontes de fornecimento e reduzir a dependência da China.

    A parceria estratégica visa avançar nos interesses dos Estados Unidos na região e apoiar o crescimento econômico do Brasil, conforme destacado pela vice-presidente da DFC, Danielle Montgomery. A expectativa é que o financiamento comece efetivamente em 2025, marcando um passo importante para o desenvolvimento mineral no país.

  • Copom inicia última reunião sob comando de Campos Neto

    O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia nesta terça-feira (10/12) a última reunião sob o comando do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Com o agravamento da alta do dólar e a subida de preço dos alimentos, a diretoria do BC decidirá em quanto elevará a taxa básica de juros, a Selic.

    Foto: ReproduçãoReprodução

    Esta será a terceira elevação consecutiva da Selic. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve subir 0,75 ponto percentual nesta reunião, para 12% ao ano.

    No comunicado da última reunião, no início de novembro, o Copom informou que a incerteza nos Estados Unidos se ampliou. Sem citar diretamente a eleição do ex-presidente Donald Trump, o texto mencionou “a conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed [Federal Reserve, Banco Central norte-americano]”. Em relação ao cenário doméstico, o Copom informou que está acompanhando a política fiscal e cobrou ajustes dos gastos públicos.

    Nesta quarta-feira (11), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Após passar um ano em 13,75% ao ano entre agosto de 2021 e agosto de 2022, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões, de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, no menor nível desde fevereiro de 2022, mas começou a elevar a Selic em julho deste ano.

    Inflação

    Na ata da reunião mais recente, o Copom alertou para o prolongamento do ciclo de alta da Taxa Selic. O órgão informou que o cenário econômico exige uma política monetária contracionista e não descartou um aumento no ritmo de alta dos juros. Os membros do colegiado afirmaram que todos concordaram em iniciar o ciclo de alta de forma gradual, principalmente pelo contexto de incertezas domésticas e externas.

    Segundo o último boletim Focus, a estimativa de inflação para 2024 subiu de 4,71% há quatro semanas para 4,84%. Isso representa inflação acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

    Taxa Selic

    A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

    Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

    Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

    O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

    Meta

    Para 2024, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas também são de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de tolerância.

    No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 4,31%, mas a estimativa foi divulgada antes da alta recente do dólar e do impacto da seca. O próximo relatório será divulgado no fim de dezembro.

  • Dólar tem novo recorde de fechamento e chega a R$ 6,08

    O dólar encerrou esta segunda-feira (09/12) em alta de 0,18%, cotado a R$ 6,08, registrando um novo recorde histórico. Investidores acompanham as expectativas para as decisões de taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, previstas para a próxima quarta-feira (11/12) pelos bancos centrais dos dois países. As informações são do Metrópoles.

    No Brasil, o mercado está atento à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, agendada para terça-feira (10). O Boletim Focus elevou as projeções de inflação para 2024, que agora alcançam 4,84%, acima do teto da meta de 4,50%.

    No exterior, dados sobre consumo nos Estados Unidos, as tensões na Síria e a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), programada para esta semana, são fatores monitorados. A instabilidade geopolítica impacta commodities, incluindo o petróleo, cujos preços subiram diante de incertezas após a queda do presidente sírio Bashar al-Assad.

    O Ibovespa avançava 1,04% às 17h, atingindo 127.250,46 pontos, impulsionado pelas altas nas ações da Vale, que subiram mais de 3% com o anúncio de estímulos econômicos pela China, e da Petrobras, que se beneficiou do aumento nos preços do petróleo. Por volta das 16h, os papéis PN da Petrobras subiam 2,56%, a R$ 40,03, enquanto os ON avançavam 2,61%, a R$ 43,21.

    Foto: Valter Campanato/ Agência BrasilDólar
  • Badespi libera mais de R$ 165 mil para empreendedores de Castelo do Piauí

    A Agência de Fomento e Desenvolvimento do Piauí (Badespi) realizou, nesta segunda-feira (9/12), a liberação de R$ 165 mil para 26 pequenos empreendedores do município de Castelo do Piauí. O recurso será aplicado em atividades como mercearias, lanchonetes, açougues, restaurantes, comércio de roupas, cosméticos e hortifrútis. A ação reforça o papel estratégico do comércio local no desenvolvimento econômico, criando empregos e movimentando a economia do município.

    Foto: Governo do PiauíGoverno do Piauí
    Governo do Piauí

    Feliphe Araújo, presidente da Badespi, enfatizou o compromisso da instituição com o fortalecimento das economias locais. "Nossa missão é transformar vidas e comunidades através do apoio ao empreendedorismo. Esses recursos não só fortalecem os pequenos negócios como também criam novas oportunidades de trabalho e estimulam o crescimento econômico sustentável em regiões que muitas vezes enfrentam desafios estruturais. Este é um passo crucial para reduzir desigualdades e fomentar o desenvolvimento regional", destacou.

    Castelo do Piauí tem cerca de 19.288 habitantes, segundo dados recentes, com densidade demográfica de aproximadamente 8,11 habitantes por km². A cidade apresenta potencial de crescimento graças a políticas de apoio ao empreendedorismo, fortalecendo sua economia e qualidade de vida para a população.

    Luiza Soares, proprietária de uma lanchonete que recebeu o financiamento, agradeceu pelo crédito concedido e destacou a importância do recurso. "Sempre sonhei em ampliar minha lanchonete, mas nunca tive recursos suficientes para investir. Com o financiamento da Badespi, vou poder melhorar meu espaço, oferecer mais opções para os clientes e, quem sabe, até contratar mais funcionários. É um apoio que faz toda a diferença para nós, pequenos empreendedores", disse a empresária.

    O coordenador de atendimento e prospecção, Karl Marwin, afirma que apoios como o da Badespi impulsionam a criação de uma rede econômica mais robusta. “Isso conecta empreendedores locais e promove a circulação de recursos na própria região. Esse modelo também serve como referência para outras cidades do estado, consolidando a importância de uma instituição de fomento como parceiro estratégico do desenvolvimento do Piauí”, enfatizou.

  • Publicadas regras de adesão de bancos ao Meu INSS Vale+

    O Ministério da Previdência Social publicou nesta segunda-feira hoje (09/12) regras para os bancos aderirem ao programa Meu INSS Vale+, que visa oferecer adiantamento de até R$ 150 nos benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

    Lançado no fim de novembro, o Meu INSS Vale+ é, na prática, uma espécie de consignação. A diferença é que o valor oferecido será descontado - em parcela única - direto do benefício do segurado sem juros e taxas no mês seguinte ao adiantamento.

    Segundo o instituto, a iniciativa visa cobrir necessidades imediatas do beneficiário, como remédios, comida, gás de cozinha e transporte, a fim de evitar que aposentados e pensionistas recorram a empréstimos para pagar pequenas despesas.

    O limite de R$ 150 poderá ser reajustado ou revisto após 90 dias do lançamento da antecipação.

    A expectativa é que pelo menos 38 milhões de pessoas sejam beneficiadas, das quais 31,7 milhões recebem aposentadorias e pensões e 6,3 milhões Benefícios de Prestação Continuada (BPC).

    Foto: © Marcello Casal JrAgência BrasilDinheiro

    Antecipação salarial

    Pelas regras publicadas nesta segunda-feira (09/12) no Diário Oficial da União (DOU), poderão participar da nova modalidade as instituições financeiras com no mínimo 12 meses de experiência com o serviço de antecipação salarial e que tenham celebrado convênio e/ou Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS para esse fim.

    Para tanto, as instituições financeiras que manifestarem interesse na iniciativa deverão firmar um aditivo ao ACT com o INSS para operar a nova modalidade de antecipação salarial.

    Após receberem as instruções de como disponibilizar o adiantamento, elas terão o prazo de até 30 dias para começar a operar a nova modalidade. O prazo poderá ser prorrogado por igual período, caso ocorram atrasos e dificuldades de adequação sistêmica.

    Somente após a realização do aditivo ao ACT, os segurados poderão aderir à modalidade de adiantamento. Segundo o INSS, ainda serão publicadas as regras de adesão para segurados.

    Outro ponto importante é que as instituições financeiras que aderirem à iniciativa terão que emitir um cartão físico com chip, sem custo para os segurados, ou seja, sem anuidade ou mensalidades, para que o beneficiário efetue a antecipação. Além disso, o cartão deve indicar a melhor data para a realização da antecipação prevista. O cartão não permite fazer saque.

    Empréstimo consignado

    A portaria com as regras determina ainda que, após o segurado contratar o Meu INSS Vale+, a instituição financeira terá até cinco dias úteis para a liberação do valor no cartão de antecipação. O valor antecipado não será considerado para cálculo da margem das demais modalidades de empréstimo consignado.

    Quando o segurado possuir mais de um benefício, a antecipação salarial poderá ser contratada em cada um deles. Não é permitida a utilização da antecipação do benefício para fazer apostas físicas ou eletrônicas. O controle para evitar o uso em apostas será feito mediante o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa.

    A portaria diz também que, se houver a cessação devida de benefício antes da quitação da parcela de antecipação salarial, a instituição financeira suportará o prejuízo da operação.

    “Conforme a normativa do Meu INSS Vale+ o adiantamento não dependerá de desbloqueio prévio do benefício e não implica corresponsabilidade do INSS por dívidas ou compromissos de natureza pecuniária assumidos pelo beneficiário junto às instituições financeiras consignatárias”, finalizou o INSS.

  • Exportações acumuladas do Piauí alcançam R$ 8.180 bilhões

    Em novembro deste ano, o Piauí registrou exportações no valor de US$ 377 milhões, o equivalente a R$ 2,283 bilhões, alcançando um superávit de US$ 113 milhões, ou R$ 68,4 milhões.

    Foto:Exportações do Piauí chegam a mais de R$ 1 bilhão no mês de setembro

    Os dados foram divulgados na sexta-feira (06) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Durante o mês de novembro, as exportações totalizaram US$ 1,350 bilhões (R$ 8,180 bilhões), e o acumulado de 2023 alcançou US$ 1,533 bilhões (R$ 9,285 bilhões), resultando em uma diferença de US$ 202,4 milhões e uma queda de 14,9%.

    Quanto às importações de novembro, de acordo com o MDIC, o valor foi de US$ 26,4 milhões (R$ 159,8 milhões), enquanto no mesmo mês de 2023 o montante foi de US$ 140,4 milhões (R$ 850,3 milhões), representando uma queda de 430,3%.

    Os principais produtos exportados foram soja, com 83% de participação (US$ 31,3 milhões), farelo de soja (4,5% - US$ 1,7 milhão), milho (3,6% - US$ 1,3 milhão), outros produtos agropecuários (3,3% - US$ 1,2 milhão), minério de ferro (2,3% - US$ 869 mil) e outras gorduras e óleos animais e vegetais (2% - US$ 750 mil).

    O boletim do MDIC também destaca os municípios com maior volume de exportações: Uruçuí, Bom Jesus, Santa Filomena, Corrente, Monte Alegre do Piauí e Baixa Grande do Ribeiro. Quanto aos destinos, os principais países importadores foram China (64%), Espanha (15%), Tailândia (4%), EUA (2,9%), Turquia (1,8%) e Alemanha (1,6%).

    De acordo com Deusval Lacerda de Moraes, superintendente de Desenvolvimento Econômico, os investimentos feitos pelo Governo do Estado em infraestrutura de apoio e acessibilidade foram fundamentais para o crescimento do agronegócio piauiense.

  • Mercado eleva previsão do PIB para 3,39% em 2024

    O mercado financeiro trabalha com expectativas de alta em todos os índices que compõem o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central. No caso do Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil), a previsão é de que a economia do país crescerá 3,39% em 2024.

    Para os anos subsequentes (2025 e 2026), a expectativa é de crescimento de 2%. No boletim da semana passada, o mercado previa que o PIB brasileiro fecharia o ano corrente com um crescimento de 3,22%. Há quatro semanas, a previsão era de que o país cresceria 3,1%.

    No segundo trimestre do ano, o PIB surpreendeu, subindo 1,4% em comparação com o primeiro trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta ficou em 3,3%.

    IPCA, dólar e Selic

    Expectativas de alta também para a inflação, para a Selic e para a cotação do dólar. Para o mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, considerado a inflação oficial do país) deve fechar 2024 em 4,84%, percentual acima da previsão divulgada na semana passada (4,71%) e há quatro semanas (4,62%). Para 2025 e 2026, e expectativa é de que a inflação do país fique em 4,59% e 4%, respectivamente.

    Já a taxa básica de juros apresentou alta de 0,25 ponto percentual nas expectativas do mercado, passando de 11,75% para 12%. Quando o Copom aumenta a taxa Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

    No entanto, os bancos consideram outros fatores, além da Selic, na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

    Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

    Com relação à moeda norte-americana, as projeções do mercado financeiro para a cotação ao final do ano passaram de R$ 5,70, na semana passada, para R$ 5,95. Há quatro semanas, o mercado trabalhava com a expectativa de o dólar fechar o ano a R$ 5,55. Para 2025, o mercado projeta que a moeda feche o ano valendo R$ 5,77; e para 2026, as projeções são de que o dólar fique cotado a R$ 5,73.

    Foto: © Marcello Casal JrAgência BrasilServidores do Banco Central fazem paralisação de 24 horas
Carregar mais
Trabalhe Conosco