Equiparação de direitos -

Leis aprovadas na Alepi oferecem melhorias das condições de trabalho a piauienses

A data de (1º/05) é celebrado no Brasil para relembrar as lutas dos trabalhadores por melhorias de suas condições. Questões como a garantia de descanso semanal, proteção à saúde e aposentadoria foram conquistadas ao longo de todo esse período. 

Atualmente, novas pautas são inseridas nas lutas tratando assuntos como igualdade de gênero, acesso dos mais jovens ao mercado de trabalho e inclusão das pessoas com deficiência. Atentos a esse novo cenário, os deputados aprovaram oito leis na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) ao longo da atual legislatura (2023-2026) que oferecem melhores condições de trabalho à população do estado.

Foto: Reprodução/ AlepiFaxineira

A igualdade de gênero é um dos temas com maior atenção dos parlamentares. O líder do Governo na Alepi, Fábio Novo (PT), por exemplo, é o criador do Selo “Empresa Amiga da Amamentação”. A Lei 8.238/23 é uma forma de incentivar os empregadores a tomarem medidas que garantam às mães de lactantes essa alimentação tão importante para os seus filhos. 

Na legislação, o deputado reforça que já existem proteções a esse grupo na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e que medidas como a existência de espaços específicos para a amamentação e a conscientização sobre a importância dela para os bebês devem ser valorizadas. Fábio Novo também é o autor do projeto que gerou a Lei 8.120/23. Esta institui o Selo de Responsabilidade Social “Mais Mulheres” para premiar empresas, órgãos governamentais e instituições sociais que contribuam para a inserção de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no mercado de trabalho. 

O líder do PT na Alepi, Hélio Isaías, foi outro parlamentar que apresentou projeto que se transformou em legislação que protege esse grupo. A Lei 8.313/24 garante 5% das vagas de emprego nas empresas prestadoras de serviços ao Estado do Piauí a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Caso o total de vagas não seja preenchido com trabalhadoras desse perfil, ele deve ser completado apenas com mulheres.

Ainda tratando sobre proteção à mulher no ambiente de trabalho, a Lei 8.114/23 criou o Selo “Empresa sem Assédio”. A legislação partiu da deputada Bárbara do Firmino (Progressistas) e estabelece uma série de itens que as empresas devem cumprir para poderem receber o reconhecimento, entre eles estão questões como a revisão de códigos de conduta internos, o estabelecimento de mecanismos de denúncia acessíveis e transparentes e a equiparação de gênero na ocupação de cargos de liderança.

Também foram aprovadas duas leis focadas nas trabalhadoras rurais. O deputado Francisco Limma (PT) é o autor da Lei 8.299/24 que cria o Programa Estadual de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural com o objetivo de agilizar a emissão de documentações que permitam a elas terem acesso a vários direitos e programas governamentais. Já a Lei 8.116/23, gerada por projeto de iniciativa de Rubens Vieira (PT), estabelece diretrizes para as políticas públicas direcionadas para essas trabalhadoras, incluindo o incentivo à formação técnica, o fortalecimento do acesso ao crédito e a proteção a elas e seus filhos.

O presidente Franzé Silva (PT) destaca a importância dessas legislações: "As mulheres têm, ao longo de décadas, lutado pela equiparação de direitos com os homens em vários níveis, entre os quais o do trabalho, não somente no que toca à questão salarial, mas à própria valorização profissional em si, à valorização de carreira, o que passa pelo respeito à dignidade da mulher e pela consciência de que existe uma igualdade perante a lei a ser cumprida. Ainda são muitos os desafios a serem superados para que alcancemos essa igualdade e é por isso que, no Legislativo, colocamos como prioridade as matérias que ampliem os direitos das mulheres, inclusive quanto às questões trabalhistas, o incentivo ao empreendedorismo, à qualificação técnico-profissional"

Primeiro emprego e proteção a pessoas com obesidade foram fortalecidos

O deputado Rubens Vieira também foi o autor do projeto que culminou na Lei 8.184/23. A legislação institui a Política Estadual de Primeiro Emprego que estabelece as diretrizes que devem guiar as ações da área e prevê a criação dos dois instrumentos que devem ser seguidos: o Plano Estadual e o Sistema Estadual.

Além de mulheres e dos jovens, a Alepi também garantiu mais direitos aos trabalhadores com obesidade. O capítulo VI da Lei 8.090/23 veda ato discriminatório ligado a acesso ou manutenção de relação de trabalho por motivo de obesidade. A legislação criada por iniciativa da deputada Simone Pereira (MDB) ainda prevê que o Poder Público crie e estimule programas que contribuam para a inserção desse grupo no mercado de trabalho e para a conscientização sobre saúde.

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