MEC realiza contingenciamento -

Maia cobra debate mais transparente sobre recursos para universidades federais

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), defendeu um diálogo mais aberto com a sociedade sobre a situação das universidades brasileiras, alvos de contingenciamento de recursos determinado pelo Ministério da Educação. Em entrevista, concedida durante visita ao Piauí para o Congresso das Cidades, avaliou que a medida quase no meio do ano letivo pode prejudicar os estudantes e disse que os recursos para a educação básica não podem ser confundidos com os da educação universitária.

— Acho que esse debate sobre o tamanho das universidades, ele pode acontecer. É legítimo. Agora, é preciso ser feito de forma transparente, de forma consistente. Acho que sair cortando sem um debate mais profundo sobre o que é gasto em cada uma das universidades é tratar casos diferentes de uma única forma. Talvez algumas universidades, por questão de autonomia, tenham gastos não necessários, mas têm outras que no fundo precisam de mais recursos — defende.

O deputado lembrou que é preciso cuidado para não fazer um movimento que prejudique os jovens, e que apesar da necessidade de mais recursos para a educação básica, não dá para confrontá-los com o que é destinado para o ensino nas universidades.

— O governo precisa fazer esse debate um pouco mais para fora, para a sociedade. Para ver esses números. E ao longo dos anos ver se tem algum gasto excessivo ou não. O que não pode é estar quase no meio do ano letivo e isso acabar prejudicando os alunos do ensino universitário brasileiro — justifica.

O contingenciamento bloqueou em média 30% dos recursos para as universidades e institutos federais de educação no país, sob a justificativa de adequar o orçamento ao teto de gastos. Na universidade do Rio de Janeiro, por exemplo, foram bloqueados R$ 114 milhões em verbas.

Situação no Piauí

Nesta terça-feira (07) o reitor da Universidade Federal do Piauí, José Arimatéia Dantas Lopes, concedeu entrevista coletiva para tratar da situação da instituição diante do contingenciamento. Ele justifica que se a situação não for reconsiderada pelo governo, pode ficar impossível concluir o ano.

— Não temos mais de onde tirar recursos, de onde fazer ajustes, estamos poupando ao máximo — disse na entrevista, que foi transmitida ao vivo na página da UFPI no Facebook.

Apesar dos cortes, o reitor disse que no momento não há previsão de cortes de nenhum tipo de bolsa, mas admitiu que os ajustes de uma forma ou outra vão interferir nas atividades acadêmica.

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