• Sancionada Lei de incentivo à doação e transplante de órgãos

    Foi sancionada a Lei que regulamenta no Piauí a Política Estadual de Conscientização e Incentivo à Doação e Transplante de órgãos e Tecidos, de autoria do deputado Vieira (PT)  “A Lei poderá contribuir para o aumento no número de doadores e para o aumento da efetividade das doações em todo o Estado, promovendo discussões, esclarecimentos científicos e a desmistificação do tema, atuando para que os órgãos responsáveis pelos transplantes no Estado atendam tempestivamente às necessidades da população”, explica o deputado Rubens Vieira.

    Foto: Ascom/AlepiDeputado Rubens Vieira

    A lei estabelece a realização de campanhas de divulgação e conscientização poderão ser realizadas para que haja o desenvolvimento de atividades nos estabelecimentos de todos os níveis de ensino voltadas para a disseminação de conteúdos que promovam a conscientização dos estudantes, evidenciando os fundamentos científicos, culturais, econômicos, políticos e sociais subjacentes ao tema.

    A Lei também prevê que os cursos na área da saúde tratem na sua grade curricular sobre o tema de doação de órgãos e tecidos. “Fico muito feliz com mais uma Lei sendo sancionada e esta especificamente, traz esperança para muitos, já que com a conscientização, pode-se aumentar a quantidade de doadores em todo o Estado”, finaliza o deputado.

  • Cobertura vacinal da gripe 2024: Brasil alcança 21,65% do público-alvo em um mês

    O Brasil atingiu 21,65% do público-alvo na campanha de vacinação contra a gripe em 2024, até o último sábado (20/04), com cerca de 14 milhões de doses aplicadas em todo o país, segundo dados do Ministério da Saúde.

    A meta inicial do governo era imunizar 75,8 milhões de pessoas. Apesar da campanha ter começado há pouco mais de um mês, a vacinação já estava em andamento com o envio de 18,6 milhões de doses para várias regiões do país. Para impulsionar a imunização, várias cidades estão realizando mutirões neste fim de semana. O Distrito Federal é uma das unidades da federação com menor cobertura, com apenas 13,63% do público-alvo vacinado até agora.

    A campanha foi antecipada este ano para enfrentar o aumento esperado na circulação de vírus respiratórios. A composição da vacina visa proteger contra a Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. O público-alvo abrange uma ampla gama de grupos, incluindo crianças, idosos, gestantes, profissionais de saúde e outros. O Ministério da Saúde destaca que crianças que recebem a vacina pela primeira vez devem receber duas doses, com um intervalo de 30 dias.

    Fonte: SBT News

  • Comissão aprova prioridade no SUS para pais, mães e cuidadores de pessoas com deficiência

    Foto: Agência Câmara Notícias

    A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família aprovou uma proposta que assegura prioridade nos serviços de saúde e atenção psicológica do SUS a pais e mães atípicos ou cuidadores designados. Essa prioridade abrange consultas, tratamentos, exames, medicamentos prescritos, e cuidados domiciliares. A medida implica alterações nas leis orgânicas da Saúde e Assistência Social, bem como na Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

    A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), defendeu a aprovação do Projeto de Lei 3124/23, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), e de cinco projetos apensados, consolidando-os em um novo texto. Inicialmente, o projeto de Mattos propunha a criação do Programa "Cuidando de Quem Cuida", direcionado às mães atípicas com filhos com deficiência, mas a relatora propôs integrar essa prioridade nos programas de amparo socioassistenciais já existentes, em vez de criar um novo programa.

    As mudanças também incluem a extensão da prioridade nos serviços de saúde e atenção psicológica do SUS para pais atípicos e cuidadores designados. O projeto agora seguirá para análise conclusiva pelas comissões de Saúde, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). 

    Fonte: Agência Câmara Notícias

  • Oito Unidades Básicas de Saúde de Teresina realizam tratamento para pessoas pararem de fumar

    Existem oito Unidades Básicas de Saúde (UBS) em Teresina que estão integradas ao Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). São elas: UBS Santa Luz, UBS Vila Bandeirante, UBS Buenos Aires, UBS Parque Flamboyante, UBS Todos os Santos, UBS Irmã Dulce, UBS Esplanada e UBS Alegria.

    “Aquele usuário que manifesta o desejo de parar de fumar pode ir direto a umas das unidades que fazem parte do Programa Nacional de Controle ao Tabagismo e também podem se informar com a equipe de saúde da família da própria unidade onde ele já é atendido”, afirma Natália Guerreiro, gerente de ações estratégicas da FMS.

    O PNCT se destaca na articulação para implementação principalmente da educação, comunicação, treinamento e conscientização do público; medidas de redução de demanda relativas à dependência e ao abandono do tabaco. Além disso, por meio de seu trabalho em rede, cria uma capilaridade que contribui na promoção e no fortalecimento de um ambiente favorável à implementação de todas as medidas e diretrizes de controle do tabaco no país, ainda que não estejam diretamente sob a governabilidade do setor saúde.

    O uso do tabaco passou a ser identificado como fator de risco para uma série de doenças a partir da década de 1950. No Brasil, na década de 1970, começaram a surgir movimentos de controle do tabagismo liderados por profissionais de saúde e sociedades médicas. A atuação governamental, no nível federal, começou a institucionalizar-se em 1985 com a constituição do Grupo Assessor para o Controle do Tabagismo no Brasil e, em 1986, com a criação do Programa Nacional de Combate ao Fumo.

    Foto: PMT

  • SAF entrega cinco toneladas de alimentos para 10 entidades socioassistenciais

    A Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) realizou, nesta sexta-feira (15), a entrega de aproximadamente cinco toneladas de alimentos para 10 entidades que trabalham com pessoas em situação de vulnerabilidade social. Dentre as entidades contempladas, seis são assistidas pela Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Cidadania (Sasc). A entrega aconteceu na Pastoral do Povo de Rua, localizada no bairro Macaúba, em Teresina.

    Foto: Governo do Piauí

    A SAF alcançou este ano a marca de 2 mil toneladas de alimentos produzidos por agricultores familiares entregues para entidades socioassistenciais. As doações fazem parte do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, e do Programa de Alimentação Saudável (PAS), do Governo do Piauí.

    Além das entidades assistidas pela SASC, os programas também direcionam os alimentos para os Centros de Assistência Social dos municípios e organizações não governamentais. Foram entregues nesta sexta produtos diversos, como farinha, goma, milho, galinha, macaxeira, mamão, banana, manga, verduras e mel produzidos pela agricultura familiar do Piauí.

    A secretária da SAF, Rejane Tavares, disse que os programas que compram alimentos têm incentivado os agricultores familiares a aumentarem a sua produção.

    “A gente percebe, por exemplo, hoje, muito mais segurança dos agricultores em produzir, porque eles têm a garantia de que seus alimentos vão ser comprados, e isso faz gerar renda e aumentar a produção, porque a gente tem um ciclo que vai acontecendo. Se eu compro mais, os produtores produzem muito mais também, o que cumpre o papel de combater a fome. Nós vamos fechar o ano com quase 300 instituições socioassistenciais  atendidas pelos programas PAS e PAA”, ressaltou Rejane.

    Já a secretária da Sasc, Regina Sousa, aponta que os produtos da agricultura familiar têm cada vez mais sido adquiridos para entidades socioassistenciais para substituir as cestas básicas, que eram entregues para as famílias em situação de vulnerabilidade. Ela conta que os alimentos são mais saudáveis e com qualidade.

    “A cesta básica é aquele alimento que vem do armazém, do supermercado, às vezes com a validade já quase vencida. E aqui são alimentos saudáveis. O nome do programa é exatamente esse, o Programa de Alimentação Saudável, que a gente compra do produtor, já é uma ação social, comprar de quem produz, do pequeno. E esse alimento é distribuído para quem precisa, para os vulneráveis que antes receberam aquela cesta, e a gente agora está distribuindo alimento in natura, alimento saudável”, reforçou a secretária.

    Programas de compras institucionais

    O Programa de Alimentação Saudável (PAS) é desenvolvido pelo Governo do Estado e adquire os alimentos da agricultura familiar por meio do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop) e de emendas parlamentares. Em 2023, 1.794 agricultores venderam seus produtos, que somaram mais de 749 toneladas, beneficiando assim, mais de 70,4 mil famílias.

    Já o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma iniciativa do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) em parceria com estados e municípios. Em 2023,  a parceria do MDS com a SAF permitiu que 684 agricultores vendessem os seus produtos que, juntos, somaram 1,2 mil toneladas de alimentos, o que atendeu cerca de 79 mil famílias.

    No PAS, foram investidos mais de R$ 5,2 milhões. Já no PAA, foram investidos mais de R$ 4,5 milhões.

  • Hospital do Mocambinho conta com urgência em odontologia com atendimento 24h

    A Unidade Integrada do Mocambinho ampliou o horário para atendimento do serviço odontológico de urgência e emergência. Antes, era oferecido até às 19h e, desde o mês de julho, passou a ser disponibilizado 24 horas por dia.

    Para casos de urgência e emergência, o hospital trabalha com sistema “porta aberta”, em que não há necessidade de agendamento, o paciente chega no local e já aguarda pelo pronto atendimento.

    Foto: ReproduçãoCom atendimento 24h, Hospital do Mocambinho conta com urgência em odontologia
    Com atendimento 24h, Hospital do Mocambinho conta com urgência em odontologia

    A unidade registra uma média diária de 25 pacientes acolhidos no serviço odontológico, totalizando no mês algo em torno de 750 atendimentos. 

    “Dentre as intercorrências registradas, as mais recorrentes são fraturas dentárias, necessidade de extração e dor aguda, geralmente ocasionada por traumas, inflamações ou infecções”, explica Dra. Joseane Brito, coordenadora do serviço odontológico na Unidade Integrada do Mocambinho.

    A extensão do atendimento odontológico para 24 horas por dia faz parte do plano de trabalho pactuado entre a Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD), que assumiu a gestão, operacionalização e execução das ações e serviços de saúde no Hospital do Mocambinho, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).

  • SUS estuda adoção de tratamento promissor contra câncer

    O tratamento de alguns tipos de câncer, desenvolvido pelo Instituto Butantan, Universidade de São Paulo (USP) e Hemocentro de Ribeirão Preto tem apresentado bons resultados e sua utilização no Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo estudada. Chamado de terapia celular CAR-T Cell, o procedimento já é adotado nos Estados Unidos e em outros países para tratar linfomas e leucemias avançadas, como último recurso.

    Nessa forma de tratamento, as células T do paciente (um tipo de célula do sistema imunológico) são alteradas em laboratório para reconhecer e atacar as células cancerígenas ou tumorais. O termo CAR refere-se a um receptor de antígeno quimérico (chimeric antigen receptor, em inglês).

    “O T vem de linfócitos T, que são células do sangue responsáveis pelo combate a infecções e a alguns tipos de câncer”, explica o professor de hematologia, hemoterapia e terapia celular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Vanderson Rocha, também coordenador nacional de terapia celular da rede D’Or.

    O câncer é muito ‘esperto’, afirma Rocha. “As células T ‘fogem’ um pouco do reconhecimento das células do câncer. No tratamento, nós retiramos essas células do paciente, através do sangue, e as colocamos em laboratório, para serem modificadas geneticamente, para ‘armá-las’ contra as células do câncer.”

    No programa de tratamento, um dos pacientes estava com linfoma não-Hodgkin. “Cerca de um mês após a produção dessas células, podemos infundi-las no sangue. Então, as células vão se direcionar contra as células do tumor, porque estão capacitadas a fazer isso, para poder combater os tumores, no caso desse paciente, o linfoma. Ele teve uma remissão completa um mês depois da injeção dessas células”, acrescenta o especialista.

    Como a terapia celular ainda está em fase experimental no Brasil, os pacientes foram tratados até agora de forma compassiva, ou seja, por decisão médica, quando o câncer está em estágio avançado e não há alternativas de terapia.

    Os pacientes começaram o tratamento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, no interior paulista, em 2019. Nos Estados Unidos, o FDA (agência reguladora de saúde do país) fez a liberação para uso da indústria farmacêutica em 2017.

    No Brasil, o uso da indústria farmacêutica começou em janeiro deste ano. Para quem pode pagar o tratamento, o custo é de cerca de R$ 2 milhões. O desafio brasileiro é tornar a terapia acessível em larga escala por meio da saúde pública, mas ainda há um caminho a percorrer para que esteja disponível gratuitamente.

    “As células são retiradas, enviadas para os Estados Unidos e voltam para os pacientes. No caso específico do grupo de estudos, toda essa produção foi feita no Brasil, por meio de pesquisa e ciência, pela Fapesp [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo], pelo CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], pelo Instituto Butantã, pela Fundação Hemocentro, Faculdade de Medicina da USP, na capital e em Ribeirão Preto. Foi toda uma equipe de cientistas que permitiu a fabricação dessas células”, ressalta Rocha.

    O primeiro caso de remissão da doença por meio dessa técnica no país ocorreu em 2019, mas o paciente morreu por outra causa dois meses depois do tratamento. “O paciente obteve uma remissão parcial, mas pode ser que, naquele momento, ainda tivesse tempo de responder [totalmente ao tratamento]”, detalha o médico.

    Em 2019, a reportagem da Agência Brasil contou a história do aposentado Vamberto Castro, que, aos 62 anos, estava com linfoma em estado grave e sem resposta a tratamentos convencionais. Cerca de 20 dias após o início do tratamento, a resposta de saúde do paciente foi promissora: os exames passaram a mostrar que as células cancerígenas desapareceram. No fim do mesmo ano, no entanto, Vamberto morreu em decorrência de um acidente doméstico, não relacionado à doença. 

    Em 2022, o governo de São Paulo ampliou a capacidade do programa. Dois centros de saúde, um na capital paulista e um em Ribeirão Preto, têm produzido, desde então, compostos para a terapia celular CAR-T. A capacidade inicial de tratamento será de até 300 pacientes por ano. O programa faz parte de um acordo de cooperação entre o Instituto Butantan, a USP e o Hemocentro de Ribeirão Preto.

    Resposta imediata

    Até o momento, 14 pacientes foram tratados com o CAR-T Cell com verbas da Fapesp e do CNPq. Todos os pacientes tiveram remissão de pelo menos 60% dos tumores. A recuperação foi na rede SUS. “As respostas que estamos tendo aqui, é claro que em um número pequeno de pacientes, são muito semelhantes às que temos fora do Brasil. Isso é muito importante”, observa Rocha.

    Para um desses pacientes, Paulo Peregrino, a resposta foi imediata, conta o professor de hematologia. “Nesse caso, o que impressiona é a resposta imediata de um paciente que tinha muitos tumores. Então, as imagens [pet scan do corpo do paciente] mostram: tudo que é preto [os tumores] desaparecem completamente em um mês. Repetimos recentemente as imagens, e continua tudo em remissão. Quer dizer, ele está livre do tumor neste momento. Porém, para falar de cura, demora alguns anos, porque, mesmo fazendo isso, a doença pode voltar”, enfatiza.

    Diante da notícia da remissão completa do câncer, Peregrino se disse surpreso. “Primeiro, não acreditei que estava daquele jeito, não conhecia aquela imagem [pet scan], não sabia que havia chegado naquele ponto e, ainda, depois que chegou aquele ponto [de remissão], depois do Car T Cell”.

    Para ele, a disposição de participar do estudo não foi apenas pela possibilidade de cura. “Quando decidi pelo Car T Cell, eu sabia que era um estudo compassivo, que poderia ser usado -- e deve ser usado -- para que outras pessoas no futuro possam ter um tratamento com mais qualidade de vida. Isso, para mim, era um dos objetivos desde o início. Na hora em que me predisponho a fazer parte do estudo e deixar alguma coisa de conhecimento que possa ajudar os outros no futuro, estou fazendo o bem”, diz o publicitário, que tem 61 anos.

    Paulo estava tratando de câncer há 13 anos. Primeiro, foi um câncer de próstata, em 2010, que ele tratou até 2014. Depois, em 2018, descobriu o linfoma não-Hodgkin, lembra o professor. “Passou por seis ciclos de quimioterapia, mas a doença voltou depois de alguns anos, então ele fez transplante de medula autólogo. Porém, no Paulo, a doença voltou após o transplante, aí não havia mais possibilidade terapêutica, e o câncer foi aumentando. Conseguimos infundir a célula T, e ele teve essa resposta maravilhosa, já está de alta.” No domingo (28), Paulo teve saiu hospitalar e se recupera em casa.

    O médico diz que foi emocionante ver a resposta do paciente. “É um tratamento desenvolvido no Brasil, relativamente recente, e tivemos experiência com outros casos, mas este realmente impressionou a todos. A equipe ficou surpresa com a resposta desse paciente, a quem não teríamos muito mais para oferecer e que iria para os cuidados paliativos”, admite Rocha. 

    Reações adversas

    A terapia tem se mostrado eficaz, mas, como a maioria dos tratamentos de saúde complexos, apresenta reações adversas. Na ‘guerra’ entre as células T alteradas em laboratório e o câncer, o corpo se inflama com os ‘destroços’ dos cânceres, e o paciente muitas vezes precisa ser monitorado em unidade de terapia intensiva (UTI), explica Rocha. 

    “O paciente, após a infusão das células, vai ter uma reação, uma inflamação importante destas. Cinquenta por cento dos pacientes que recebem essas células vão ser tratados na UTI, porque têm que ser monitorizados, tomar anti-inflamatórios e corticoides.

    Existe ainda a síndrome de neurotoxicidade imunológica, no qual o paciente pode ter problemas neurológicos, como dificuldade de escrever e de andar. “Isso tudo passa com o tempo, mas são reações importantes e adversas.”

    De acordo com Rocha, os efeitos colaterais podem inclusive levar pacientes à morte. “Porém, como adquirimos mais experiência em tratar esse tipo de síndrome, têm melhorado muito os resultados da chamada síndrome de liberação de citocinas, que ocorre em processos graves e inflamatórios. Há também a deficiência imune: os pacientes que recebem as células CAR-T durante muito tempo vão receber medicamentos para melhorar a imunidade.”

    Expectativas

    Segundo Rocha, ainda falta verba para a ciência e a pesquisa para que a terapia seja disponibilizada em grande escala. “Custa muito caro produzir essas células, e faltam ainda os estudos de fases 1 e 2, que vão começar no próximo mês, para demonstrar que funciona, que não tem toxicidade maior para os pacientes e que pode estar no serviço público. Mas é uma etapa que demora ainda alguns anos, por isso, é importante investir em pesquisa.”

    O especialista destaca que existe ainda possibilidade de uso da técnica em caso de tumores sólidos. “O grande problema é que as células T não conseguem [se] infiltrar no tumor. Então, uma das possibilidades é encontrar outros tipos de células que possam penetrar o tumor e, para isso, precisamos de verba e apoio para a comunidade científica.”

    Anvisa

    Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que o procedimento de obtenção do produto à base de células CAR-T, utilizado no paciente Paulo Peregrino, foi notificado em janeiro deste ano e avaliado com prioridade, favorecendo a pesquisa científica e o uso experimental para o tratamento do linfoma.

    “A Agência ressalta que essa não é uma terapia de rotina e não se aplica a todo tipo de câncer, e que estudos adicionais precisam ser conduzidos”, diz a nota.

    A agência reguladora acrescenta que está empenhada na avaliação de novas terapias avançadas e que recentemente selecionou dois projetos, por meio de um edital de chamamento, com o objetivo de apoiar a aprovação de ensaios clínicos e a produção da promissora terapia no Brasil.

    “O Hemocentro de Ribeirão Preto tem conduzido a administração do produto em um contexto experimental, fora da estrutura de um ensaio clínico controlado. Esse recurso é aplicável em circunstâncias onde há risco imediato à vida do paciente ou quando se trata de doenças para as quais não existem alternativas terapêuticas disponíveis no país. O uso experimental deve ser notificado à Agência, conforme previsto em seu regulamento técnico (RDC 505/2022)”, completa a nota.

    Projeto piloto

    A Anvisa informa que tem um projeto piloto de cooperação técnica regulatória para o desenvolvimento de produtos de terapia avançada (PTAs) de interesse do SUS. O Instituto Butantan e o Hemocentro de Ribeirão Preto foram aprovados pelo edital de chamamento, que tem como objetivo selecionar desenvolvedores nacionais para participar da iniciativa.

    O objetivo do projeto é estabelecer um modelo de cooperação regulatória dinâmico e eficaz. “Tal cooperação envolverá a Anvisa, os pesquisadores e desenvolvedores brasileiros e o setor produtivo de saúde nacional. Este esforço colaborativo tem como meta estimular o desenvolvimento de PTAs para uso no SUS, abordando a demanda de um número cada vez maior de pacientes com uma grande variedade de doenças sem alternativas terapêuticas adequadas. Essas doenças incluem distúrbios genéticos raros, doenças autoimunes e oncológicas”, destaca a agência.

    O princípio do projeto piloto é buscar estratégias para alcançar elevados padrões de segurança, eficácia e qualidade dos produtos em estudo, para satisfazer as necessidades dos pacientes brasileiros de maneira oportuna, impulsionando o desenvolvimento e a aprovação dessas terapias avançadas de forma ágil, informa a agência.

    Apesar de os desenvolvedores já terem iniciado as interações com a agência, os protocolos pré-clínicos e clínicos do produto em questão ainda estão em fase de ajustes, diz a Anvisa. Em março de 2023, após a submissão da documentação inicial para o estudo, a Anvisa pediu mais esclarecimentos sobre requisitos específicos de ensaios pré-clínicos de segurança, questões relacionadas ao ensaio clínico proposto e avaliações de segurança necessárias.

    “Deve-se ressaltar também que a documentação relacionada à fabricação do produto e aos respectivos controles está sendo elaborada e ainda não foi submetida à Agência para análise”, acrescenta.

    Assim, somente após receber respostas aos questionamentos feitos e a documentação relativa à produção da terapia, a Anvisa poderá se pronunciar sobre a aprovação do ensaio clínico proposto. Vale salientar que o projeto já foi classificado como prioritário para análise pela agência”, conclui a nota.

  • Moro defende Deltan e pede orações para “afastar o ódio”

    O senador Sergio Moro, representante do partido União Brasil-PR, proferiu um discurso inspirador na manhã deste sábado (20/05) durante a Marcha para Jesus, realizada na Praça Santos Andrade, localizada no Centro de Curitiba (PR). Com informações do Metrópoles.

    O evento, que já está em sua 28ª edição, atraiu a participação de aproximadamente 30 mil pessoas, conforme relatado pelos organizadores. Após uma emocionante caminhada, os fiéis se reuniram na Praça Nossa Senhora de Salete, onde desfrutaram de apresentações musicais, momentos de oração e puderam conhecer diversos projetos sociais.

    Foto: Gabriela Biló/Folhapress***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 22.03.2023 - O senador Sergio Moro (União Brasil-PR). (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)
    ***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 22.03.2023 - O senador Sergio Moro (União Brasil-PR). (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)

    O discurso de Moro, em defesa do deputado federal cassado Deltan Dallagnol, trouxe reflexões profundas sobre a importância da justiça e da integridade na vida pública, cativando a atenção e o respeito dos presentes.

    O evento foi marcado por uma atmosfera de espiritualidade e solidariedade, unindo pessoas de diferentes origens e crenças em prol de um propósito comum.

  • Alerta para infarto! Veja 10 sintomas que não podem ser ignorados

    O infarto, também chamado de ataque cardíaco, é a maior causa de mortes no Brasil. A estimativa do Ministério da Saúde é que ocorram entre 300 mil e 400 mil casos anuais; e que a cada 5 ou 7 deles, ocorra um óbito. Para diminuir o risco de morte, o atendimento de urgência e emergência, nos primeiros minutos, é essencial.

    Foto:reproduçãoinfarto

    O infarto acontece quando há um bloqueio do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco e o tecido do coração perde oxigênio, o que pode levar à morte. “É importante que as pessoas saibam reconhecer os sinais, para buscar ajuda. Caso contrário, por ser um quadro grave, o infarto pode levar ao óbito ou a uma condição crônica bastante grave chamada insuficiência cardíaca”, alerta o cardiologista Fabrício da Silva, do Hospital DF Star.

    Colesterol alto, diabetes, tabagismo, obesidade, histórico familiar e hipertensão podem levar a um infarto. Como essas condições são tratáveis, é importante que as pessoas saibam que o estilo de vida impacta nas chances de ter um problema cardíaco grave. Doenças congênitas como a cardiomiopatia hipertrófica, em que as paredes das duas câmaras inferiores do coração se tornam espessas e rígidas, também podem provocar um ataque cardíaco.

    Sinais

    O cardiologista Fabrício da Silva destaca 10 sintomas comuns em um infarto:

    Dor no peito em aperto ou queimação do lado esquerdo ou no meio do peito;

    Agravo da dor torácica com esforço físico;

    Irradiação da dor no peito para pescoço, costas, estômago e braço esquerdo;

    Sensação de formigamento -“braço pesado”;

    Falta de ar que piora até com pequenos esforços;

    Palpitação;

    Desmaio;

    Palidez – rosto branco;

    Suor frio;

    Tontura.

    Leia a matéria completa em Metrópoles

  • Câncer no couro cabeludo: saiba como prevenir e quando se preocupar

    A exposição solar é um fator de risco para o surgimento do câncer de pele. Qualquer área do corpo está sujeita ao aparecimento de tumores, inclusive o couro cabeludo. No verão, a necessidade de proteger a cabeça é ainda maior por conta da alta incidência de raios UVA e UVB.

    Foto: REPRODUÇÃO/Partmed

    De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia (SBTri), Luciano Barsanti, existem três tipos de câncer que podem aparecer no couro cabeludo: melanona, carcinoma baso celular e carcinoma espinocelular. Apesar de mais sério, o melanoma é menos comum do que os carcinomas.

    “Todos têm causas e diagnósticos idênticos, mas os prognósticos são bem diferentes”, explica o médico. “O melanona é o mais invasivo e, se não tratado, pode causar metástase em outros órgãos“, completa Barsanti.

    Verificação de sintomas e diagnóstico

    As pessoas devem buscar um dermatologista caso encontrem os seguintes sinais suspeitos no couro cabeludo:

    Feridas e machucados que não cicatrizam;

    Alterações em pintas preexistentes, como mudanças no tamanho, forma ou cor;

    Verrugas e espinhas que não desaparecem.

    Veja a matéria completa em Metrópoles

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