• Anvisa mantém proibição ao cigarro eletrônico em todo o país

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta sexta-feira (19/04) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com isso, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento e propaganda desses produtos. Os cinco diretores votaram para que a vedação, em vigor desde 2009, continue no país.

    Foto: Sarahjohnson1/Pixabay

    Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados também de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido).

    Com a decisão, a Anvisa informa que qualquer modalidade de importação desses produtos fica proibida, inclusive para uso próprio ou na bagagem de mão do viajante.

    De acordo com a agência, a norma não trata do uso individual, porém veda o uso dos dispositivos em ambiente coletivo fechado. O não cumprimento é considerado infração sanitária e levará à aplicação de penalidade, como advertência, interdição, recolhimento e multa.

    Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

    Relator

    O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

    “O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

    Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e citou a consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências ratificadas pela diretoria em 2022.

    Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

    Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

    O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil. 

    Manifestações pela proibição

    Durante a reunião da diretoria da Anvisa, foram ouvidas diversas manifestações a favor e contra a manutenção da proibição do consumo de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. Foram exibidos 80 vídeos de pessoas físicas e jurídicas de diversas nacionalidades.

    A maior parte dos argumentos favoráveis à manutenção da proibição foram relativos aos danos à saúde pública. A secretária da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e seus Protocolos (Coniq) da Organização Mundial da Saúde (OMS), Adriana Blanco, manifestou preocupação com a saúde pública dos países que liberaram o consumo destes produtos e com o marketing estratégico da indústria do tabaco, especialmente com o aumento do consumo por jovens. 

    “Ainda não temos uma resposta clara sobre os impactos do longo prazo de utilização dos DEFs ou da exposição a seus aerossóis, mas as evidências já nos mostram que não são isentos de riscos e que são prejudiciais à saúde humana, especialmente para crianças, jovens e grupos vulneráveis.”

    A representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), no Brasil, Socorro Gross, apontou que o Brasil é reconhecido internacionalmente pela política interna de controle do tabaco desde o século passado. “Essa medida protege, salva vidas, promove efetivamente a saúde pública e é um passo crucial para um ambiente mais saudável e seguro para todas as pessoas”.

    O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Hisham Mohamad, fez comparações sobre a piora da situação epidemiológica e o incremento do contrabando em alguns dos mais de 100 países onde a comercialização do produto foi liberada. “Constatamos um grande número de dependência especialmente das novas formas de nicotina que a indústria tem empregado. E em localidades onde foram liberados, como nos Estados Unidos, a maior parte vendida no comércio é de produtos ilegais”.

    O ex-diretor da Anvisa e ex-ministro da Saúde (2006-2007) José Agenor Álvares da Silva, relembrou o contexto em que o Brasil conseguiu banir a adição de flavorizantes que favorecem a adesão da população jovem ao fumo e inviabilizou a propaganda dos produtos fumígenos nos pontos de venda. “A Anvisa, que tanto deu exemplo na condução da discussão sobre as vacinas contra a Covid, tem agora uma oportunidade clara de mostrar para o Brasil e para o mundo o seu compromisso com a saúde pública do povo brasileiro”, fez o apelo à diretoria da agência.

    A diretora de análise epidemiológica e vigilância de doenças não transmissíveis do Ministério da Saúde, Letícia de Oliveira Cardoso, apontou que não existem estudos científicos que comprovem que os cigarros eletrônicos protegem, substituem ou amenizam os efeitos nocivos dos cigarros normais “Tanto os cigarros eletrônicos como os cigarros convencionais de tabaco apresentam riscos à saúde e não devem ser consumidos pela população. Esta precisa ser informada sobre os riscos de dispositivos eletrônicos de fumar”.

    O ex-fumante Alexandre Carlos Vicentini deu seu depoimento sobre como ficou viciado no produto. “Além das várias cores e sabores, o pior de tudo é o teor de nicotina que tem dentro desses aparelhinhos. O que é simplesmente um fator de dependência terrível para mim.”

    Contra a proibição

    Também foram apresentados argumentos pedindo a regulamentação do consumo pela Anvisa e pela venda dos produtos, apontando a redução de danos aos fumantes de cigarro comum, combate à venda de ilegal de produtos irregulares, sem controle toxicológico e de origem desconhecida. A gestora nas áreas de assuntos regulatórios, qualidade e logística Alessandra Bastos Soares defendeu a regulamentação adequada ao consumo de cigarros eletrônicos para que os consumidores que decidiram pelo uso possam fazê-lo em segurança. “Desejo que, no futuro, nenhum cidadão levante o seu dedo em riste acusando a Anvisa de omissão por não ter uma regra adequada para cuidar de um tema que já é tratado como pandemia do Vape”, alertou.

    Já o diretor da British American Tobacco (BAT) - Brasil, anteriormente conhecida como Souza Cruz, Lauro Anhezini Júnior, afirmou que consumidores estão sendo tratados como cidadãos de segunda classe. O representante da indústria de cigarros brasileira pediu que as decisões sejam tomadas com base na ciência. "Não é a ciência apenas da indústria, é a ciência independente desse país que também comprova que se tratam de produtos de redução de riscos. Cigarros eletrônicos são menos arriscados à saúde do que continuar fumando cigarro comum". 

    O diretor de Comunicação da multinacional Philip Morris Brasil (PMB), Fabio Sabba, defendeu que a atual proibição dos DEFs tem se mostrado ineficaz frente ao crescente mercado ilícito e de contrabando no país. “Ao decidir pela manutenção da simples proibição no momento que o mercado está crescendo descontroladamente, a Anvisa deixa de cumprir o seu papel de assegurar que esses 4 milhões de brasileiros ou mais consumam um produto enquadrado em critérios regulatórios definidos. É ignorar que o próprio mercado está pedindo regras de qualidade de consumo”.

    Além de representantes da indústria de tabaco, houve manifestações de proprietários de casas noturnas,  bares e restaurantes e de usuários dos cigarros eletrônicos. O representante da Livres, uma associação civil sem fins lucrativos delicada à promoção da liberdade individual, Mano Ferreira, condenou a proibição anterior que não conseguiu erradicar o consumo desses produtos e, ao contrário, impulsionou o mercado ilegal e informal, especialmente entre os jovens. “Uma regulamentação eficaz permitiria não apenas uma fiscalização mais vigorosa, excluindo os produtos mais perigosos do mercado, mas também facilitaria a transição de fumantes tradicionais para alternativas menos nocivas”.

    O usuário de vapes Preslei Aaron Bernardo Ribeiro, de 36 anos, garante perceber melhora em seu quadro geral de saúde. “Por 20 anos, fui fumante e utilizei métodos tradicionais, mas não consegui cessar o meu tabagismo. Mas, com o uso do cigarro eletrônico, consegui parar de fumar o cigarro tradicional de uma forma muito eficiente, rápida e fácil”.

    A preocupação do presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas, Fábio Bento Aguayo, foi a dominação do comércio desse produto pelo crime organizado, facções criminosas e milícias. “O estado brasileiro deixa de ganhar, deixa de arrecadar recurso [com tributos] para combater essas atividades ilegais. Brigamos pela regulamentação para defender a sociedade para ter um produto que tem a garantia sobre a procedência dele”. 

    Histórico

    Desde 2009, uma resolução da Anvisa proíbe a comercialização dos dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. Porém, produtos ilegais podem ser adquiridos pela internet, em estabelecimentos comerciais regularizados e pelas mãos de ambulantes mesmo com a proibição de venda. O consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.

    Em fevereiro deste ano, a Anvisa encerrou a consulta pública para que a sociedade pudesse contribuir para o texto sobre a situação de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. A proposta de resolução colocada em discussão pela agência foi a de manutenção da proibição já existente. Durante a consulta pública, foram enviadas 13.930 manifestações, sendo 13.614 de pessoas físicas e 316 de pessoas jurídicas. Deste total, contribuições de fato, com conteúdo, aos dispositivos propostos pelo texto da consulta pública, foram 850.

    Em 2022, a Anvisa aprovou, por unanimidade, relatório técnico que recomendou a manutenção das proibições dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF) no Brasil e a adoção de medidas para melhorar a fiscalização para coibir o comércio irregular, bem como a conscientização da população sobre os riscos destes dispositivos.

    O que são

    Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças. Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) envolvem diferentes equipamentos, tecnologias e formatos, tais como cigarros eletrônicos com sistema aberto (onde a pessoa manipula os líquidos a serem utilizados), com sistema fechado (refis padronizados e fechados), com tabaco aquecido (dispositivo eletrônico utilizado com refil de folhas de tabaco), com sistema fechado tipo pod (semelhantes a pen drives), e vaporizadores de ervas, dentre outros.

    A maioria dos cigarros eletrônicos usa bateria recarregável com refis. Estes equipamentos geram o aquecimento de um líquido para criar aerossóis (popularmente chamados de vapor) e o usuário inala o vapor.

     Os líquidos (e-liquids ou juice) podem conter ou não nicotina em diferentes concentrações, além de aditivos, sabores e produtos químicos tóxicos à saúde, como que contém, em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes. 

    No site da Anvisa, é possível ter mais informações sobre os cigarros eletrônicos.

  • Comissão aprova obrigação de maternidade orientar pais sobre prevenção de morte súbita

    Aprovada pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, uma proposta estipula que as maternidades devem fornecer aos pais ou responsáveis de recém-nascidos orientações e treinamento para prevenir morte súbita nos bebês. As informações são da Câmara dos Deputados.

    Foto: Renato Araújo/Câmara dos DeputadosFonte: Agência Câmara de Notícias

    Além disso, os serviços de saúde que realizarem partos deverão oferecer orientação e treinamento de primeiros socorros em casos de engasgamento ou aspiração de corpo estranho, manobra para a desobstrução das vias aéreas e medidas para prevenção dos afogamentos.

    O texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher ao Projeto de Lei 1079/19, do deputado licenciado Celso Sabino (PA), e outros cinco projetos apensados. O parecer da relatora na Comissão de Previdência, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), foi favorável a esse novo texto.

    “Há normas infralegais que regulamentam o tema, mas a força de uma lei poderia transformar eventuais programas pontuais em uma política de Estado”, disse. “As portarias podem ser revogadas pelas gestões que não priorizam certas ações; já a lei assegura sua importância e permanência”, completou.

    Adesão facultativa
    Conforme a proposta, as orientações e o treinamento serão dados em particular ou em turmas, antes da alta hospitalar do recém-nascido, sendo facultativa a adesão dos pais ou responsáveis. Os responsáveis pelos serviços de saúde deverão afixar, em local visível e de fácil acesso, informação sobre as orientações e o treinamento.

    O projeto insere as medidas no Estatuto da Criança e do Adolescente e prevê, como pena para o descumprimento delas, multa de três a 20 salários mínimos, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

    Tramitação
    A proposta será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

  • Anvisa discute regulamentação de cigarros eletrônico nesta sexta-feira (19)

    Foto: Agência Brasil

    A diretoria da Anvisa discute a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil, adiada devido a problemas técnicos. Desde 2009, a agência proíbe sua fabricação, comercialização e propaganda. A necessidade de medidas adicionais foi ressaltada em relatório técnico aprovado em 2023.

    Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como vape, têm sido objeto de várias mudanças desde sua criação em 2003, apresentando diferentes formas e sistemas. Embora sua comercialização seja proibida no Brasil, seu consumo, especialmente entre os jovens, está em ascensão.

    A Anvisa conduziu uma consulta pública em dezembro para debater o tema, recebendo 7.677 contribuições. A maioria dos cigarros eletrônicos contém nicotina, sendo considerados pela Associação Médica Brasileira como perigosos para a saúde, podendo causar dependência, problemas respiratórios e até mesmo câncer.

    Um surto de doença pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos foi registrado entre 2019 e 2020 nos Estados Unidos. No Brasil, o Senado analisa um projeto de lei que propõe permitir a produção, importação e consumo desses dispositivos.

    Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar revelam que uma parcela significativa de estudantes já experimentou cigarros eletrônicos, destacando a necessidade de medidas eficazes de controle do tabaco, em consonância com as diretrizes da OMS.

  • Aumento alarmante de casos de febre oropouche no Brasil preocupa especialistas

    O Brasil já contabiliza aproximadamente 3,5 mil casos de febre oropouche somente neste ano. Os dados mostram uma situação preocupante, especialmente no Amazonas, estado endêmico para a doença, que registrou cinco vezes mais casos da arbovirose nos primeiros 100 dias deste ano em comparação com todo o ano de 2023.

    Foto: Reprodução/Conselho Federal de Farmácia

    Além disso, a febre oropouche começou a ser detectada em locais onde não havia registros anteriores da doença, como Cuiabá (MT), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ). Embora os órgãos de vigilância epidemiológica tenham indicado que os casos nesses estados foram importados da região norte, há preocupações crescentes sobre a possibilidade de transmissão comunitária.

    A semelhança dos sintomas da febre oropouche com os da dengue pode complicar o diagnóstico clínico, levando a uma possível subnotificação. O pesquisador Felipe Gomes Naveca, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), destaca que as mudanças climáticas, como temperaturas elevadas e chuvas intensas, têm favorecido a disseminação dos mosquitos transmissores, contribuindo para o aumento dos casos da doença.

    A febre oropouche é transmitida aos humanos principalmente pelos mosquitos maruim (Culicoides sonorensis) e ocasionalmente pelo pernilongo (Culex quinquefasciatus), causando sintomas como febre, mal-estar, fadiga, dores musculares e desconfortos intestinais. O infectologista Leonardo Weissmann alerta para a necessidade de testes laboratoriais específicos para um diagnóstico preciso da doença.

    Apesar dos esforços recentes para aumentar a vigilância e os testes da febre oropouche, ainda há subnotificação de casos. Naveca ressalta que, graças à distribuição de testes de oropouche pelo Ministério da Saúde para todos os estados, será possível obter uma visão mais precisa do número real de infectados e não apenas projeções.

    Oropouche pode matar?

    Naveca destaca a importância dos testes para garantir o acompanhamento correto dos pacientes. “A febre 0ropouche pode evoluir para formas graves e, conforme a quantidade de infectados aumenta, crescem as chances de se descobrir impactos inesperados da doença”, aponta o pesquisador.

    Weissmann alerta que já foram documentados casos graves, nos quais a oropouche levou a meningites, inflamações nas meninges (tecidos que recobrem o cérebro). Entretanto, não são conhecidos óbitos relacionado à doença.

  • Comissão aprova projeto de certificação para produtos de saúde de alto risco.

    A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou projeto que explicita em lei a obrigatoriedade de certificação de boas práticas de fabricação de dispositivos médicos classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como de risco alto e máximo.

    Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosFonte: Agência Câmara de Notícias

    A exigência já consta de regulamentações da Anvisa e serve de pré-requisito para a produção e a comercialização de aparelhos, instrumentos e acessórios usados em medicina, odontologia e atividades afins.

    O texto aprovdo foi o substitutivo do relator, deputado Júnior Mano (PL-CE), ao Projeto de Lei 2933/21, do ex-deputado Luizão Goulart (PR).

    No novo texto, a expressão “correlatos” foi substituída por “dispositivos médicos”. “A legislação sanitária utiliza atualmente o termo ‘dispositivos médicos’ para se referir aos objetos de que trata o projeto. Esse termo tem sido utilizado para contemplar uma melhor harmonização internacional de normas sanitárias”, explicou o relator.

    Também ficou claro que a certificação já é exigida pela Anvisa em suas normas. A ideia de incluir a medida em lei é para ampliar a segurança jurídica da obrigatoriedade.

    A proposição insere a medida na Lei de Vigilância Sanitária sobre Produtos Farmacêuticos.

    Tramitação
    O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

  • Novas vacinas contra covid-19 chegam na próxima semana

    Novas doses da vacina contra covid-19 devem chegar na próxima semana para serem distribuídas aos estados, segundo o Ministério da Saúde. O processo de compra dos imunizantes da farmacêutica Pfizer teve início em 2023 e as doses estão atualizadas para proteger contra a variante XBB da covid-19.

    Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Saúde DFVacinas

    De acordo com a pasta, alguns municípios podem estar sem estoque, mas a maior parte das redes de saúde dos estados ainda tem doses da Coronavac e da Pfizer, para adultos que precisam completar o esquema vacinal. O Ministério da Saúde enfatiza que as vacinas disponíveis nos postos de vacinação continuam efetivas contra as formas graves da doença.

    Além disso, a rede continua abastecida com as vacinas para o público infantil que, segundo o ministério, é um público prioritário em razão da baixa cobertura vacinal. Entre os jovens com menos de 14 anos, apenas 11,4% receberam as três doses do imunizante.

    No Brasil, as vacinas contra covid-19 são recomendadas para a população geral a partir dos 6 meses de idade. O esquema vacinal primário é de pelo menos duas doses.

    Fonte: Agência Brasil

  • Governo inaugura Unidade de Pronto Atendimento em Picos nesta sexta-feira (19)

    O município de Picos vai ganhar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) a partir desta sexta-feira (19/04). A unidade de saúde funcionará 24 horas e passa a ser referência no atendimento de urgência e emergência na região. A obra, que custou aproximadamente R$ 3,5 milhões, será inaugurada pelo governador Rafael Fonteles. 



    Segundo o superintendente de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo, com o novo serviço de pronto atendimento, os casos de urgência e emergência vão direto para os atendimentos na UPA.

    “Estamos separando o fluxo de atendimentos em Picos. A UPA realizará os atendimentos de urgência e emergência e o Hospital Regional Justino Luz será preparado para virar um Complexo Materno Infantil, assim que o novo hospital estiver em funcionamento", explica.

    A UPA de Picos faz parte do Plano de Expansão de Média e Alta Complexidade e irá melhorar o acesso direto da população, com atendimentos 24 horas de urgência e emergência adulto e pediátrico.

    O Plano de Expansão de Média e Alta Complexidade visa promover a regionalização da saúde. A expansão engloba todas as macrorregiões de saúde e inclui a implantação de novos serviços, bem como a instalação de novas unidades de saúde, seguindo a hierarquização em rede.

    A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) faz parte da Rede de Atenção às Urgências. O objetivo é concentrar os atendimentos de saúde de complexidade intermediária, compondo uma rede organizada em conjunto com a atenção básica, atenção hospitalar, atenção domiciliar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192.

    Desta forma, a população terá uma melhoria no acesso, um aumento da capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). A UPA 24h oferecerá estrutura com raios X, eletrocardiografia, laboratório de exames, atendimentos de clínica médica, pediatria e leitos de observação, por exemplo. Se necessário, o paciente poderá ser encaminhado para um hospital da rede de saúde, para realização de procedimento de alta complexidade.

  • Quase 4 bilhões de pessoas correm risco de infecção pelo Aedes

    Quase quatro bilhões de pessoas em todo o mundo estão sob risco de infecções transmitidas por mosquitos do tipo Aedes - seja o Aedes aegypi ou o Aedes albopictus que, juntos, respondem por doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O alerta é da líder da equipe sobre arbovírus da Organização Mundial da Saúde (OMS), Diana Rojas Alvarez. 

    Ao participar - por videoconferência - de encontro na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília, Diana destacou que a estimativa é que esse número – quatro bilhões - aumente em mais um bilhão ao longo das próximas décadas, sobretudo, por conta de fatores como o aquecimento global e a adaptação do Aedes a grandes altitudes. O mosquito, segundo ela, já pode ser encontrado, por exemplo, em montanhas do Nepal e da Colômbia, além de países da região andina. 

    Foto: Reprodução/Ministério da SaúdeAedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya

    Surtos

    A OMS monitora ativamente surtos e epidemias de dengue em pelo menos 23 países, sendo 17 nas Américas - incluindo o Brasil. Segundo Diana, os casos da doença aumentaram consistentemente ao longo das últimas quatro décadas. Em 2023, entretanto, houve o que ela chamou de aumento muito significativo tanto de casos como de mortes pela doença.

    “Um novo recorde”, disse, ao citar mais de seis milhões de casos reportados e mais de sete mil mortes por dengue em 80 países. 

    Para Diana, a expansão de casos se deve a fatores ambientais como o aumento das chuvas e, consequentemente, da umidade, o que favorece a proliferação do mosquito, além da alta das temperaturas globais, ambos fenômenos provocados pelas chamadas mudanças climáticas.

    Ela disse, ainda, que é imprescindível melhorar a comunicação de casos e os sistemas de vigilância dos países em relação a arboviroses para ampliar ações de prevenção e combate em saúde pública.

    Fonte: Agência Brasil

  • Hospitais do Piauí recebem 10 ambulâncias para pacientes de alto risco

    O governador Rafael Fonteles e o secretário de Estado da Saúde, Antonio Luiz Soares, entregaram, nesta quarta-feira (17/04), novas ambulâncias para hospitais de dez municípios do Piauí. A solenidade foi realizada no pátio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), no Centro Administrativo, e contou com a presença de diretores das unidades de saúde beneficiadas.

    Foto: Governo do Piauí

    As dez ambulâncias são do tipo D, modelo de veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar, que necessitam de cuidados médicos intensivos. Elas contam com tanques de oxigênio, torniquetes, aparelhos de pressão, termômetro, oxímetro de pulso, estetoscópio, desfibrilador, glicosímetro, monitor multiparâmetro, ventilador/respirador, bomba de infusão e outros suprimentos de primeiros socorros.

    Rafael Fonteles lembrou que esse tipo de veículo é necessário para situações mais complexas, já que não há como levar o atendimento de alta complexidade para todas as cidades do interior. “Para o transporte seguro dos pacientes, que estão numa situação de urgência ou emergência, é fundamental o uso de ambulância de um tipo mais adequado como esse, que vai servir a vários hospitais estaduais”, afirmou o governador.

    Ambulâncias modernas

    O secretário da Saúde explicou que, embora haja cada vez menos a necessidade de deslocamento de pacientes do interior para Teresina, a chegada dessas novas ambulâncias é necessária. “São ambulâncias modernas e serve para pacientes mais graves e que que estejam precisando sair de uma localidade para um hospital mais referenciado”, destacou Antonio Luiz.

    A diretora do Hospital Getúlio Vargas, Nirvania Cavalho, frisou que a alta demanda no atendimento da unidade de saúde justifica a chegada de mais ambulâncias. “Agora teremos um transporte mais confortável e adequado aos nossos pacientes”, comemorou a gestora.

    Já o diretor-geral do Hospital Regional de Amarante, João Cabral, um dos municípios beneficiados com o veículo, destacou que agora a unidade de saúde terá duas ambulâncias, o que vai agilizar o transporte dos pacientes. “O Hospital de Amarante atende várias cidades ali do Médio Parnaíba quando regulado. Muitos dos pacientes devem ser transferidos para Teresina. Então, quando a ambulância está em viagem, acontece de chegar outro paciente. Com duas ambulâncias, o atendimento vai ser a contento” afirmou o gestor.

    Cidades beneficiadas

    Receberam ambulâncias o Hospital Getúlio Vargas (Teresina), o Hospital Regional João Pacheco Cavalcante (Corrente), o Hospital Regional Senador Dirceu Arcoverde (Uruçuí), o Hospital Regional Eustáquio Portela (Valença), o Hospital Regional Manoel de Sousa Santos (Bom Jesus), o Hospital Regional Chagas Rodrigues (Piripiri), o Hospital Regional Senador Cândido Ferraz (São Raimundo Nonato), o Hospital Regional Justino Luz (Picos), o Hospital Francisco Ayres Cavalcante (Amarante) e o Hospital Gerson Castelo Branco (Luzilândia). A Sesapi prevê ainda a entrega de mais 17 veículos em maio.

  • Pacientes tomam soro ao lado de fora de hospital no Mato Grosso do Sul

    Foto: Top Mídia News

    Pacientes enfrentam dificuldades no Centro Regional de Saúde (CRS) Coophavilla, em Campo Grande, devido à superlotação e escassez de funcionários. Uma imagem capturada nesta terça-feira (16/04) mostra pacientes recebendo tratamento do lado de fora da unidade enquanto recebem soro. Uma paciente menciona que isso ocorre devido à lotação.

    Outra queixa diz respeito a um vazamento no teto, onde a paciente descreve: "Com o vazamento lá dentro, parece que chove tanto dentro quanto fora".

    Uma paciente, que optou por não se identificar, relata suas dificuldades em obter uma vaga no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) há duas semanas, atribuindo o problema à falta de medicamentos e à sobrecarga de pacientes em relação à disponibilidade de profissionais para o atendimento.

    A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), em comunicado, assegura que todos os pacientes estão sendo atendidos dentro do prazo protocolar de até 4 horas para casos menos graves e que a unidade possui equipe médica completa.

    Sobre o vazamento decorrente das chuvas, a Sesau informa que as equipes de manutenção já foram acionadas e que o reparo do telhado foi realizado. Pontos adicionais com vazamentos estão sendo monitorados para intervenção posterior.

    Em relação à imagem mostrando pacientes sendo tratados na área externa devido à falta de leitos, a Sesau nega tal situação, afirmando que todos os pacientes estão devidamente alocados nos leitos de enfermaria. Esclarece que os pacientes retratados na imagem haviam se deslocado para fumar e, posteriormente, retornaram aos leitos de observação. A Sesau ressalta que atualmente apenas um paciente aguarda encaminhamento para o CAPS e que as transferências estão ocorrendo conforme critérios técnicos e condições clínicas de cada paciente.

    Fonte: Top Mídia News

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