• Hospital Getúlio Vargas realiza a 100ª captação de córneas em 2023

    O Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou a 100ª captação de córneas de 2023. No HGV, a captação das córneas é feita pela equipe do Banco de Olhos e Tecidos Oculares (BTOC) até seis horas após a declaração de óbito do paciente. O hospital já realizou este ano 35 transplantes de rins e 19 de córneas.

    “Hoje alcançamos a 100ª captação deste ano. Um trabalho dedicado de toda equipe do Banco de Olhos e Tecidos do HGV e da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO), com o apoio da Central de Transplantes do Piauí”, destaca Namir Santos, coordenadora do BTOC do HGV.

    Foto: AsCom/Sesapi

    Palestras intensificadas

    A equipe do Banco de Olhos tem intensificado a realização de palestras dentro da própria unidade para os pacientes que estão aguardando atendimento médico e no Ambulatório, de modo a conscientizá-los sobre a importância da doação de órgãos e tecidos e incentivar a doação.

    “Estamos nos empenhando para aumentar as doações, captações e os transplantes de órgãos. Atualmente fazemos transplantes de córneas e rins, mas em breve ampliaremos esse serviço para outras modalidades”, enfatizou Dirceu Campêlo, superintendente de gestão da rede de média e alta complexidade da Sesapi.

    Comunique seu desejo e decisão

    A diretora-geral do HGV, Nirvania Carvalho, chama a atenção para a importância do ato de doar. “Estamos em plena campanha do Setembro Verde, que é voltada à doação de órgãos e tecidos. Muitas pessoas ainda aguardam na fila de transplante e uma conversa pode mudar a vida de alguém que espera. Comunique seu desejo e decisão de ser doador, pois a doação só acontece após a autorização familiar”, pontua a gestora.

  • Implante contraceptivo de australiana vai parar no coração. Entenda

    Uma jovem australiana chamada Cloe Westerway, de 22 anos, passou por uma situação única no mundo ao ter um implante contraceptivo hormonal, que deveria estar no braço, migrar para o seu coração. Com informações do Metrópoles.

    Foto: Reprodução

    Este caso peculiar foi reportado pelo portal Australia News e levou Cloe a se submeter a uma cirurgia para tentar remover o implante alojado em seu músculo cardíaco no dia 28 de setembro.

    O implante contraceptivo em questão é um dispositivo que Cloe colocou há dois anos. Trata-se de uma pequena haste flexível, com 4 centímetros de comprimento e 2 milímetros de diâmetro, inserida logo abaixo da pele na parte interna do braço. Este dispositivo contém uma carga significativa de etonogestrel, um hormônio feminino sintético. O hormônio é liberado continuamente para inibir a ovulação e alterar o muco cervical, tornando o ambiente próximo ao útero desfavorável para a sobrevivência dos espermatozoides. Este método contraceptivo é amplamente reconhecido como uma forma eficaz e indolor de prevenção, com uma duração de eficácia de até 3 anos.

    Cloe começou a apresentar sintomas adversos após a colocação do implante, incluindo azia, dores de cabeça, sangramento intenso, vômitos e palpitações. Ela havia utilizado o mesmo tipo de implante quando tinha 15 anos, e naquela ocasião, havia sido bem-sucedido, o que a deixou confiante em sua segurança. No entanto, após a segunda inserção, os sintomas surgiram rapidamente.

    Em entrevista ao portal Australia News, Cloe expressou sua preocupação com a situação. Após suas queixas, os médicos decidiram que a melhor opção era a remoção do dispositivo. No entanto, durante o procedimento de remoção, os médicos enfrentaram a dificuldade de não conseguir localizar o implante, que aparentemente havia migrado para uma área incomum, seu músculo cardíaco.

  • Veja os principais destaques na saúde do estado desta quinta-feira (28/09)

    Veja os principais destaques na saúde do estado desta quinta-feira (28/09), apurados pelo 180graus:

    Piauí inicia Campanha de Multivacinação para público de zero a 15 anos neste sábado (30)

    O Ministério da Saúde inicia em todo o país, neste sábado (30/09), a Campanha Nacional de Multivacinação. A campanha vai até o dia 14 de outubro. No Piauí, o Dia D vai acontecer no dia 7. O público-alvo são crianças e adolescentes de zero a 15 anos. O MS estima que 720 mil pessoas devam ser vacinadas no estado. 

    Na Campanha de Multivacinação serão ofertadas às crianças de até sete anos (06 anos 11 meses e 29 dias) as vacinas: BCG, Hepatite B, Penta, Pólio inativada, Pólio oral, Rotavírus, Pneumocócica 10-valente, Meningocócica C, Febre amarela, Tríplice viral (SCR – sarampo, caxumba e rubéola), DTP, Hepatite A e Varicela.

    Já para as crianças a partir dos sete anos de idade até menores de 15 anos serão ofertadas as seguintes vacinas: Hepatite B, Febre amarela, Tríplice viral, Difteria e tétano (dT), Meningocócica ACWY, HPV quadrivalente e dTpa.

    Foto: FreepikVacina contra o tipo mais agressivo de câncer de pele avança para a fase final de testes
    Imagem ilustrativa

    relação às doses da vacina contra Covid-19 e Influenza, elas seguem definições específicas de acordo com a faixa etária. Para as doses de Influenza, a vacinação ocorrerá até zerar os estoques nos municípios, havendo disponibilidades, crianças a partir dos seis meses podem receber o imunizante.

    Para alcançar as metas estipuladas pelo Programa Nacional de Imunização, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) convoca pais e responsáveis a levarem seus filhos aos postos de vacinação de seus municípios. 

    “Nosso objetivo é melhorar ainda mais a cobertura vacinal no estado, trabalho que já estamos fazendo desde a implantação do programa Saúde em Dia. Agora com a Campanha de Multivacinação vamos buscar com os municípios alcançar essas metas, por isso e precisamos da mobilização de todos para manter nossas crianças protegidas”, lembra a superintendente de Atenção a Saúde da Sesapi, Leila Santos. 

    Com o objetivo de preparar os municípios para a campanha, a Sesapi realizou ações de microplanejamento, método recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que consistem em diversas atividades com foco na realidade local, desde a definição da população alvo, escolha das vacinas, definição de datas e locais de vacinação, até a logística. 

    “A proposta do Ministério da Saúde foi alinhar essas estratégias com gestores e lideranças locais para alcançar melhores resultados e melhorar as coberturas vacinais. Foi isso que repassamos para os 224 municípios do Piauí em nossas ações de microplanejamento. Com relação ao dia “D” fica a critério de cada município a escolha da sua data”, disse a Coordenadora de Imunização da Sesapi, Bárbara Pinheiro.

    Sesapi realiza 5° Oficina de Elaboração do Plano Estadual de Saúde

    Na manhã de quinta-feira (28/09), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) promoveu a terceira edição presencial da Oficina de Construção do Plano Estadual de Saúde. O principal propósito deste encontro foi reforçar as iniciativas da Sesapi em todos os territórios de desenvolvimento do estado. A oficina contou com o apoio do Hospital Oswaldo Cruz e teve a participação de representantes de todas as áreas técnicas da Sesapi, bem como representantes do Conselho Estadual de Saúde. O objetivo central era garantir um processo de elaboração do plano de saúde de forma integrada. Este evento ocorreu nas instalações do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

    Foto: AsCom/Sesapi Para Clécio Moreira, diretor da Unidade de Planejamento da Sesapi, a presença de todas as áreas da secretaria permite um trabalho mais coeso e abrangente, que permite compreender melhor as questões e problemáticas da área da saúde nas regiões do estado.
    “Nesta oficina serão trabalhadas as diretrizes, objetivos e metas do Plano Estadual de Saúde para os próximos quatro anos, período de quatro anos vigência do plano. A presença de todos esses representantes permite um planejamento mais integrado e alinhado as diversas necessidades da saúde do estado”, coloca o diretor.
    Foto: AsCom/Sesapi

    A Capacitação utilizará a metodologia do Balanced Scorecard (BSC), que busca melhorar o desempenho organizacional, e do Planejamento Estratégico Situacional. “Este é um processo denso, mas a presença integrada dos diversos setores da secretaria leva a clareza para as principais necessidades a serem trabalhadas além de definir responsabilidades, permitindo que todo esse momento tenha um resultado mais positivo para a gestão da saúde do estado”, explica a Consultora do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Rosana Ferro.

    A oficina contou ainda com a presença da vice-presidente do conselho estadual de saúde, Elizabeth Fernandes, que colocou a importância da presença do conselho na discussão do planejamento, uma vez que como órgão fiscalizador dos serviços de saúde, é essencial observar os impactos positivos que cada ponto do plano levará para a população. 

    Foto: AsCom/Sesapi
    “A presença do conselho nessa oficina traz para o planejamento integrado a presença do controle social. O controle social é essencial para fiscalizar e avaliar se ações da secretaria de saúde estão contemplando os usuários, principal público dos serviços propostos no planejamento”, explica a vice presidente do Conselho Estadual de saúde do Piauí, Elizabeth Fernandes.


     

  • Sesapi realiza 5° Oficina de Elaboração do Plano Estadual de Saúde

    Na manhã de quinta-feira (28/09), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) promoveu a terceira edição presencial da Oficina de Construção do Plano Estadual de Saúde. O principal propósito deste encontro foi reforçar as iniciativas da Sesapi em todos os territórios de desenvolvimento do estado. A oficina contou com o apoio do Hospital Oswaldo Cruz e teve a participação de representantes de todas as áreas técnicas da Sesapi, bem como representantes do Conselho Estadual de Saúde. O objetivo central era garantir um processo de elaboração do plano de saúde de forma integrada. Este evento ocorreu nas instalações do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

    Foto: AsCom/Sesapi

    Para Clécio Moreira, diretor da Unidade de Planejamento da Sesapi, a presença de todas as áreas da secretaria permite um trabalho mais coeso e abrangente, que permite compreender melhor as questões e problemáticas da área da saúde nas regiões do estado.

    “Nesta oficina serão trabalhadas as diretrizes, objetivos e metas do Plano Estadual de Saúde para os próximos quatro anos, período de quatro anos vigência do plano. A presença de todos esses representantes permite um planejamento mais integrado e alinhado as diversas necessidades da saúde do estado”, coloca o diretor.

    Foto: AsCom/Sesapi

    A Capacitação utilizará a metodologia do Balanced Scorecard (BSC), que busca melhorar o desempenho organizacional, e do Planejamento Estratégico Situacional. “Este é um processo denso, mas a presença integrada dos diversos setores da secretaria leva a clareza para as principais necessidades a serem trabalhadas além de definir responsabilidades, permitindo que todo esse momento tenha um resultado mais positivo para a gestão da saúde do estado”, explica a Consultora do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Rosana Ferro.

    A oficina contou ainda com a presença da vice-presidente do conselho estadual de saúde, Elizabeth Fernandes, que colocou a importância da presença do conselho na discussão do planejamento, uma vez que como órgão fiscalizador dos serviços de saúde, é essencial observar os impactos positivos que cada ponto do plano levará para a população. 

    Foto: AsCom/Sesapi

    “A presença do conselho nessa oficina traz para o planejamento integrado a presença do controle social. O controle social é essencial para fiscalizar e avaliar se ações da secretaria de saúde estão contemplando os usuários, principal público dos serviços propostos no planejamento”, explica a vice presidente do Conselho Estadual de saúde do Piauí, Elizabeth Fernandes.

  • Homem morre após médicos confundirem câncer de cérebro com apendicite

    Um homem de 25 anos do Reino Unido faleceu no domingo (17/09) devido a um câncer cerebral, após seus sintomas serem erroneamente confundidos com os de uma apendicite. Com informações do Metrópoles.

    Foto: Reprodução

    Joshua Warner, pai de um menino de 4 anos, teve sua história compartilhada por sua mãe, Eve Pateman, como parte de uma campanha de financiamento coletivo para auxiliar nas despesas do tratamento. Eve expressou o desejo de que ninguém mais tenha seu diagnóstico desconsiderado.

    Os primeiros sinais manifestados por Joshua foram uma intensa dor de cabeça, que teve início no final de junho. A enxaqueca persistiu, porém, ele só buscou atendimento hospitalar 14 dias após o início dos sintomas.

    "Ele fez uma tomografia computadorizada e foi diagnosticado com apendicite. Apesar de não sentir dor abdominal, disseram que a dor de cabeça era uma dor referida. Ele passou por uma apendicectomia no dia 13 de julho e, no dia seguinte, foi readmitido", relembra a mãe.

    Na segunda internação, outra tomografia computadorizada revelou massas desconhecidas em seu cérebro. Ainda assim, a equipe médica atribuiu o problema a uma leitura incorreta da máquina e não aprofundou a investigação.

    Eve acredita que a negligência médica se deveu ao fato de os médicos suspeitarem que seu filho era usuário de drogas, uma vez que Joshua estava fazendo uso intensivo de opioides para controlar a dor de cabeça.

    Em 16 de agosto, Joshua desmaiou em sua residência e sofreu um ferimento na cabeça. Ele foi levado às pressas ao hospital, onde uma nova tomografia foi realizada. Desta vez, a equipe considerou a possibilidade de um tumor e, dois dias depois, o diagnóstico foi confirmado.

    O câncer já havia se espalhado para pelo menos um quarto do cérebro de Joshua. A biópsia do tumor, realizada em 5 de setembro, identificou que ele tinha um glioma difuso de linha média, um tipo de câncer cerebral de grau 4, o mais maligno. Esse tipo de tumor afeta principalmente pessoas jovens e, em geral, é fatal, pois se infiltra no tronco cerebral e em partes do cérebro que controlam funções vitais essenciais. A expectativa de sobrevida para pacientes com esse tipo de tumor é de aproximadamente 2 anos. Os principais sintomas incluem crises convulsivas súbitas, perda de movimento em membros, alterações na memória, dores de cabeça, náuseas e vômitos devido à pressão intracraniana elevada.

  • Surto da doença da urina preta gera alerta no Amazonas

    As autoridades sanitárias do Amazonas estão em alerta devido ao aumento de número de casos suspeitos da doença de Haff, conhecida pelo sintoma da urina preta. De acordo com o governo do estado, foram 86 notificações, desde janeiro. Destas, 20 ocorreram apenas em setembro.

    Foto: ReproduçãoSurto da doença da urina preta gera alerta no Amazonas
    Surto da doença da urina preta gera alerta no Amazonas

    Do total de casos registrados, 49 foram confirmados, 24 descartados e 13 continuam em investigação. Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), não há óbitos relacionados à doença.

    A enfermidade é uma rabdomiólise, um tipo de síndrome que gera a destruição de fibras que compõem os músculos do corpo. Quando associada ao consumo de pescados, a síndrome é denominada doença de Haff.

    O município de Itacoatiara, a 176 km de Manaus, concentra 36 casos, sendo o centro do surto do estado. Moradores de outros quatro municípios, incluindo a capital, também foram diagnosticados com a doença.

    Segundo o boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), "os casos compatíveis correspondem a pessoas residentes em Manaus (7), Manacapuru (3), Parintins (2) e Nova Olinda do Norte (1)". O informe passou a ser divulgado às segundas-feiras no site da Fundação.

    Ainda de acordo com a FVS-AM, equipes compostas de integrantes de diversos órgãos, montaram uma força-tarefa para rastrear casos suspeitos nos municípios. Além disso, informou que "toda a rede de saúde, incluindo unidades privadas e públicas, da capital e interior, está orientada para realizar atendimento de casos suspeitos de rabdomiólise".

    Conhecida desde a década de 1920, a enfermidade está relacionada a uma toxina que é encontrada em peixes e crustáceos. Até o momento, os cientistas não identificaram qual é a substância tóxica por trás da enfermidade.

    O infectologista André Siqueira, pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), explica que essa toxina presente nos pescados provoca as lesões nos músculos e pode até danificar seriamente os rins.

    O especialista afirma, no entanto, que a rabdomiólise pode ter outras causas como traumatismos, atividades físicas excessivas, infecções, consumo de álcool e outras drogas.

    De acordo com o infectologista, não há um tratamento específico para a doença, mas é possível controlar os sintomas. Os sinais mais frequentes, entre os casos confirmados, são dor muscular, mal-estar, náuseas, fraqueza, dor abdominal, vômito e urina escura.

    O primeiro relato de um surto de doença de Haff no Brasil ocorreu em 2008, no estado do Amazonas, e foi associado à ingestão de pacu. O momento de maior gravidade aconteceu em 2017, quando a Bahia contabilizou 71 pacientes com a doença, 66 deles na capital Salvador. Desde então, outros casos suspeitos ou confirmados da doença foram relatados também nos estados do Ceará, Alagoas, Pernambuco e Goiás.

    Siqueira afirma que os casos são raros, mas tendem a surgir em períodos de estiagem nessas regiões. "É um fenômeno que acontece raramente, mas a gente observa que ocorre principalmente durante as secas mais severas, provocando alteração no ambiente onde os peixes habitam."

  • Com IA, cientistas conseguem devolver movimento a homem paralisado

    Por meio do uso de implantes e inteligência artificial, cientistas holandeses conseguiram restaurar a capacidade de movimento de um homem suíço que havia ficado paralisado após um acidente ao cair acidentalmente no gelo. As informações são do Metrópoles.

    Foto: FreepikCom IA, cientistas conseguem devolver movimento a homem paralisado
    Imagem ilustrativa

    Os implantes foram instalados no cérebro e no abdômen do paciente — conforme ele pensa em movimentos, o dispositivo estimula os músculos certos para que se movam conforme o desejo do indivíduo.

    “Embora ainda seja muito cedo para fornecer resultados completos, temos o prazer de informar que o procedimento funciona conforme esperado e parece reanimar com sucesso braços, mãos e dedos paralisados”, afirmou a empresa Onward, responsável pelo dispositivo, em comunicado enviado à CNN Internacional.

    O neurocientista Gregoire Courtine, idealizador da ponte digital entre cérebro e corpo, lembra que, para uma pessoa paralisada, abrir e fechar a mão é um grande avanço. “De repente, ela passa a comer sozinha e ganha autonomia”, afirma.

    Segundo implante de sucesso

    Em maio, a equipe de Courtine já tinha conseguido restaurar a capacidade de caminhar do holandês Gert-Jan Oskam, que ficou tetraplégico após um acidente de bicicleta. Foi usada a mesma tecnologia, com implantes no cérebro e na parte inferior das costas, e o caso histórico foi registrado na revista Nature.

    Apesar de os implantes não permitirem que Oskam caminhe de forma perfeita, ele consegue andar e ficar de pé. “Descobrimos que, ao usar esse sistema por um longo período de tempo, as fibras nervosas voltam a crescer. Com esta tecnologia, reparamos o sistema nervoso”, afirma Courtine.

    No entanto, restaurar a função dos braços e das mãos se mostrou uma tarefa mais desafiadora do que reparar a capacidade de andar. A Onward afirma que a complexidade aumenta especialmente quando se trata de restabelecer o movimento dos dedos.

    Preocupações éticas

    Algumas preocupações éticas com os implantes foram apontadas — como a tecnologia seria capaz de “ler pensamentos”, especialistas temem que ela possa ser usada para invadir a privacidade do paciente.

    A equipe de Courtine garante que o implante só é capaz de decodificar pensamentos relacionados ao movimento. “Não entendemos o suficiente do código neural para realmente extrair pensamentos”, explica o neurocientista.

    O procedimento mais recente faz parte de uma série de testes que podem se estender por mais alguns anos. Se tudo correr bem, os testes serão expandidos internacionalmente.

  • Legalização do aborto volta ao debate público com julgamento no STF

    A descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez, que começou a ser julgada virtualmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na madrugada do dia 22 de setembro, é tema polêmico tanto entre grupos mais conservadores que se opõem à legalização, como os evangélicos, quanto entre movimentos de esquerda e mais progressistas. 

    A presidente do STF, ministra Rosa Weber, é relatora do processo e registrou, na sexta-feira (22), o voto a favor de que a prática não seja considerada crime. O ministro Luís Roberto Barroso pediu que o julgamento fosse suspenso e levado ao plenário físico. A nova data ainda não foi marcada. 

    Nesta quinta-feira (28) é celebrado o Dia de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto na América Latina e Caribe. A Frente de São Paulo contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto convoca partidos, movimentos e coletivos para ato unificado a favor da pauta. A concentração começa às 17h no vão do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). 

    Na América Latina, diversos países já legalizaram o procedimento. Em 2012, enquanto o Brasil ainda decidia se o aborto de anencéfalos era crime ou não - o STF decidiu que não -, o Uruguai já legalizava a prática, independentemente da situação da gestante e da concepção. Em 2020, 2021 e 2022, a Argentina, o México e a Colômbia, respectivamente, se juntaram ao Uruguai.

    A descriminalização é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que defende que seja um direito de todas, sem limite de idade gestacional, e que se opte preferencialmente pelo aborto medicamentoso, com misoprostol e mifepristona, proibido no Brasil.

    Na região metropolitana de São Paulo, a pauta ganhou destaque neste mês. A Câmara Municipal de Santo André promulgou a Lei nº 10.702, proibindo que qualquer órgão da administração local, direta ou indireta ou autarquia "incentive ou promova a prática do aborto". O Artigo 128 do Decreto-lei nº 2.848 diz que não se pune o médico que executa o procedimento para salvar a gestante e em caso de estupro da mulher. A Lei nº 10.702 foi uma proposta do vereador Márcio Colombo (PSDB). No Brasil, o aborto é considerado legal em casos de gestação decorrente de estupro, risco de vida à gestante e anencefalia fetal.

    Julgamento moral 

    Para a médica ginecologista e obstetra Helena Paro, a postura de profissionais mais conservadores quanto ao direito ao aborto em qualquer circunstância é um elemento que gera negligência em consultórios e hospitais, estendendo-se até mesmo às pacientes que estão respaldadas pela lei. A médica trabalha há cerca de seis anos com aborto legal e afirma que a atividade devolveu a ela "o sentido da vida", pois se sente bem ao ajudar jovens. Helena citou uma paciente atendida há poucos dias que engravidou após ser vítima de estupro. Ela conta que, se a jovem mantivesse a gestação que não queria e nem programou para ter, reduziria a quase zero as chances de realizar o sonho de cursar arquitetura.

    "O sofrimento maior é o do estigma e o de morrer na clandestinidade", resume a profissional, que é professora de Medicina e integrante do Nuavidas, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais.

    Helena afirma que grupos contrários à descriminalização pressionam quem é a favor e, no seu caso, apresentam questionamentos a órgãos públicos. "A gente tem um Estado laico, mas também uma cruz nas paredes dos salões das sedes dos Poderes", afirma, fazendo referência ao símbolo colocado nesses locais e à interferência do cristianismo na tomada de decisões e na proposição de leis. A ginecologista argumenta que "o aborto que mata é o clandestino".

    De acordo com a Pesquisa Nacional de Aborto 2021, estima-se que 5 milhões de mulheres tenham feito aborto em todo o país. A proporção é de que uma em cada sete já fez o procedimento até os 40 anos de idade, sendo que 81% delas têm religião, o que sugere que, mesmo com suas crenças, consideram ser mais urgente resolver a gravidez por não desejarem dar à luz a uma criança que não querem naquele momento. O estudo indica que muitas das mulheres têm religião de linha conservadora e, mesmo assim, fazem o aborto, ainda que não compartilhem a decisão com outras pessoas. Para movimentos a favor da legalização, a atitude revela hipocrisia.

    Perigos e barreiras

    Os movimentos feminista e mulherista chamam a atenção para o fato de que o aborto clandestino coloca as mulheres em situação de maior vulnerabilidade e, por essa razão, defendem que se trata de uma questão de saúde pública. Essa associação pode ser observada por meio de outro dado da pesquisa nacional: 43% delas precisam ser hospitalizadas após o procedimento.

    O risco do aborto feito de modo improvisado, sem a proteção legal e, portanto, sem assistência adequada de profissionais de saúde, pode levar à morte e, nesse cenário, a maioria é negra. De acordo com o mais recente levantamento oficial do país, 64% das mulheres que perderam a vida após tentar fazer um aborto não especificado - termo mais usado para os abortos clandestinos - tinham esse perfil, tendo como base o intervalo de 2012 a 2021. De 2012 a 2019, mais de 192 mil mulheres foram internadas após abortos não especificados ou após a tentativa dar errado.

    A advogada Letícia Vella, do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, avalia que, se a mentalidade do país fosse outra, o acesso seria mais fácil até para quem tem, atualmente, direito a fazer um aborto. "As barreiras são inúmeras", observa.

    Ela citou, entre essas barreiras: poucos serviços que oferecem consultas para que se chegue à possibilidade de realização do procedimento; objeção de consciência por parte dos profissionais; limite de idade gestacional; autorização judicial, quando não é necessária; e desconfiança na palavra das mulheres. Citou ainda tentativas de verificar a compatibilidade da idade gestacional com a época da violência (estupro) e a desconsideração de doenças crônicas.

    Relato

    A designer Ísis* tinha 39 anos e saía há um mês com seu companheiro, apesar de o conhecer há anos, quando descobriu a gravidez indesejada. O relacionamento era tão recente quanto o emprego que conseguira. Pela lei que vigora hoje no Brasil, Ísis não poderia realizar um aborto. Ela chegou a tomar a pílula do dia seguinte para evitar a gravidez, mas não funcionou.

    A ajuda chegou por meio de pessoas de sua confiança, em sua maioria mulheres que indicaram contatos para a compra de substâncias abortivas. Ísis também consultou um médico para saber como deveria tomar o medicamento, que adquiriu com dinheiro guardado na poupança, e para conhecer os riscos. Ela contou com o apoio do companheiro, que teve receio de que ela morresse ou ficasse com sequelas após o procedimento.

    "Também conheço uma moça que, mesmo tendo dinheiro, quase não conseguiu abortar. Ela estava grávida de gêmeos. Só soube quando foi verificar no exame transvaginal", conta Ísis, acrescentando que o aborto de um dos fetos não foi feito com sucesso e que ela precisou recorrer a doses de mifepristona, que obteve por meio de um coletivo feminista.

    "Eu não estava preocupada em morrer, estava preocupada em parir sem ter planejado. Eu tinha pouquíssimo tempo no emprego. Imagina a confusão", afirma.

    *O nome da entrevistada foi trocado para preservar sua identidade.

  • Veja os principais destaques na saúde do estado desta quarta-feira (27/09)

    Veja os principais destaques na saúde do estado desta quarta-feira (27/09), apurados pelo 180graus:

    Roda de conversa marca Dia Nacional da Doação de Órgãos no Piauí

    No Dia Nacional da Doação de Órgãos, que ocorreu nesta quarta-feira (27/09), a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) enfatizou a relevância desse ato e compartilhou os planos de ampliação desse serviço no estado em uma discussão organizada pelo Ministério Público do Estado (MPPI). A roda de conversa reuniu gestores, profissionais de saúde, doadores e receptores.

    “Estamos nos empenhando para aumentar as doações, captações e os transplantes de órgãos. Atualmente fazemos transplantes de córneas e rins, mas em breve ampliaremos esse serviço para outras modalidades”, enfatizou Dirceu Campêlo, superintendente de gestão da rede de média e alta complexidade da Sesapi.

    Foto: AsCom/Sesapi

    A roda de conversa integra as ações do projeto “Doando Vidas”. Para o promotor Eny Pontes, um dos principais focos do evento, onde doadores e receptores deram seus depoimentos, é conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos.

    “Tivemos a oportunidade fazer um bate bapo com gestores, profissionais e paciente, que receberam ou doaram órgãos. Foi um momento emocionante, de muita conversa e escuta, que nos traz a certeza e esperança de que a rede de transplante do estado possa ser melhorada e ampliada”, pontuou o promotor.

    Foto: AsCom/Sesapi

    Coordenadora da Central de Transplantes do Piauí, Lourdes Veras elencou as diversas ações que a Sesapi vem desenvolvendo durante o Setembro Verde, mês de conscientização sobre a doação de órgãos, sensibilizando e incentivando a população sobre a importância dessa atitude para salvar vidas. 

    “Hoje vimos o depoimento de transplantados que tiveram suas vidas salvas através do sim de uma família. Estamos todos engajados para atender nossas listas de espera, que são grandes, mas com a divulgação e conscientização, teremos oportunidade de aumentar as doações e prestar essa assistência a população”, frisou a coordenadora. 

    70% das córneas saem do IML

    Em 2023, o Piauí registrou 130 transplantes de rins e córneas, sendo 102 de córneas e 28 de rins. Esse número representa mais de 63% do total de transplantes realizados no ano anterior, quando foram contabilizados 206 transplantes de córneas e 41 de rins. No momento, 474 pacientes aguardam por um transplante de rim, enquanto outros 393 esperam por uma córnea compatível.

    Um dos hospitais habilitados para realizar transplantes no Piauí é o Hospital Getúlio Vargas (HGV) em Teresina.

    Por ocasião do mês dedicado à doação de órgãos, a equipe da Central de Transplantes visitou o Instituto de Medicina Legal (IML) cuja parceria tem contribuído significativamente para a realização de transplantes. Mais de 70% das córneas disponibilizadas para as listas de espera provêm da colaboração com o IML.

    A Dra. Namir Clemente dos Santos, médica oftalmologista e transplantadora de córneas no Banco de Tecidos Oculares do HGV, enfatizou a importância das visitas ao IML. Ela explicou que as córneas podem ser preservadas por até 14 dias, permitindo conversas sensíveis com as famílias sobre a doação de órgãos. “Caso haja consentimento, a retirada dos órgãos é conduzida por equipes altamente especializadas em hospitais designados”, explica.

    Medula Óssea 
     
    O diretor do Hemopi, Rafael Alencar, destacou as ações que o Hemopi vem realizando ao longo do ano para o cadastro de novos doadores de medula óssea. "O Hemopi vem intensificando a busca por novos doadores de medula óssea na capital e também no interior, onde já realizamos campanhas em 8 cidades e até o final do ano faremos mais alguns municipios. A nossa intenção é buscar a  miscigenação dos cadastros no Redome e assim conseguir aumentar as chances de encontrar um doador compatível com quem está na lista de espera por um transplante de medula óssea", afirmou.

    O transplante é, em algumas situações, a única ou principal chance de cura para pacientes com doenças como a leucemia, por exemplo. No Brasil, estima-se que as chances de compatibilidade sejam de 1 para 100 mil, por isso o cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea – Redome é tão importante.

    Atualmente, o Brasil possui 5.656.183 doadores cadastrados e 650 pacientes na fila de espera por um transplante. O Piauí tem 97.104 doadores de medula óssea cadastrados no Redome. 

    Desde a criação do Redome em 1993 até dezembro de 2022, 69 piauienses doaram efetivamente medula óssea, sendo 48 doações para pacientes dentro do Brasil e 21 para fora do país. 

    Em 2023 já foram enviadas ao Inca 62 novas solicitações, sendo 39 nacionais e 23 internacionais, e destas, 9 pessoas efetivamente doaram medula óssea. 

    A profissional de educação física Vanessa Cury foi uma dessas pessoas. Ela doou medula óssea em 2018 para um paciente que reside no exterior. "Eu fui informada que tinha sido compatível, fiz todo o processo e em 2018 doei em Natal/RN. Infelizmente, por conta da legislação, eu não pude conhecer quem recebeu a minha medula. Só nos comunicamos através de carta e email. Só sei que ele não é brasileiro e que mora na Europa. Mais eu sou muito grata por ter tido a chance de doar medula e ajudar essa pessoa", declarou.

    Sesapi realiza capacitação com operadores de sistema dos CAPS

    A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí está promovendo um treinamento em parceria com a Diretoria de Atenção à Saúde Mental (DASM) e a Diretoria de Unidade de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria (DUCARA). O treinamento ocorre ao longo desta quarta e quinta-feira e é direcionado aos municípios de gestão estadual que possuem Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). 

    Nesta quarta-feira (27/09) foram capacitados os municípios que compõem as macrorregiões Litoral e Meio Norte, já na quinta-feira (28/09) o trabalho será desenvolvido com as equipes dos municípios que compõem as macrorregiões Cerrados e Semiárido. 

    O objetivo do treinamento é orientar sobre o registro adequado das ações ambulatoriais de saúde dos dados no sistema do SUS, corrigir erros, bem como fortalecer as atribuições e competências dos referidos municípios de Gestão Estadual que solicitaram a descentralização ou remanejamento dos repasses financeiros de custeio dos recursos do Bloco Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde, do grupo Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar.

    Foto: Sesapi

    A capacitação é voltada para os operadores de sistema dos centros, que são responsáveis pela produção e registro dos seus respectivos CAPS e operadores do SIA-SUS (Sistema de Informação Ambulatorial de Saúde). 

    “A qualificação direcionada aos profissionais dos municípios responsáveis pela inserção de informações nos sistemas, os subsidiará para aperfeiçoamento dos dados, possibilitando um melhor mapeamento das demandas de saúde mental dos municípios, o que irá repercutir diretamente na tomada de decisão dos gestores municipais”, explica a gerente de atenção a saúde mental da Sesapi, Virgínia Pinheiro.

    Foto: Sesapi

  • Sesapi realiza capacitação com operadores de sistema dos CAPS

    A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí está promovendo um treinamento em parceria com a Diretoria de Atenção à Saúde Mental (DASM) e a Diretoria de Unidade de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria (DUCARA). O treinamento ocorre ao longo desta quarta e quinta-feira e é direcionado aos municípios de gestão estadual que possuem Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). 

    Nesta quarta-feira (27/09) foram capacitados os municípios que compõem as macrorregiões Litoral e Meio Norte, já na quinta-feira (28/09) o trabalho será desenvolvido com as equipes dos municípios que compõem as macrorregiões Cerrados e Semiárido. 

    O objetivo do treinamento é orientar sobre o registro adequado das ações ambulatoriais de saúde dos dados no sistema do SUS, corrigir erros, bem como fortalecer as atribuições e competências dos referidos municípios de Gestão Estadual que solicitaram a descentralização ou remanejamento dos repasses financeiros de custeio dos recursos do Bloco Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde, do grupo Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar.

    Foto: Sesapi

    A capacitação é voltada para os operadores de sistema dos centros, que são responsáveis pela produção e registro dos seus respectivos CAPS e operadores do SIA-SUS (Sistema de Informação Ambulatorial de Saúde). 

    “A qualificação direcionada aos profissionais dos municípios responsáveis pela inserção de informações nos sistemas, os subsidiará para aperfeiçoamento dos dados, possibilitando um melhor mapeamento das demandas de saúde mental dos municípios, o que irá repercutir diretamente na tomada de decisão dos gestores municipais”, explica a gerente de atenção a saúde mental da Sesapi, Virgínia Pinheiro.

    Foto: Sesapi

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