Homicídio e ocultação do corpo -

Delegado Baretta confirma morte jovem desaparecida

Camilla Abreu estava desaparecida desde o dia 25 de outubro
Camilla Abreu estava desaparecida desde o dia 25 de outubro 

O coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Baretta, confirmou que a jovem Camilla Abreu, desaparecida desde a última quarta-feira (25/10), está morta. Sem dar muitos detalhes, afirmou que houve o crime de homicídio e ocultação de cadáver.

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"Nós investigamos inicialmente, por determinação do delegado geral, o desaparecimento de uma pessoa, hoje nós estamos investigando já, com indício suficiente, um crime de homicídio e ocultação de cadáver. A imputação, a autoria, está sendo desenhada, não estou afirmando quem é o autor ou autores do crime, mas com certeza não ficará impune, porque na medida dos indícios, das provas, vamos adotar todos os atos necessários juntos ao poder judiciário e ao Ministério Público", disse o delegado.

Ele disse que várias pessoas já foram ouvidas, e que o então namorado dela, policial, Allisson Wattson da Silva Nascimento, também está incluído nas investigações, que envolve muita gente. O militar já foi ouvido pela Corregedoria da Polícia Militar, que apura o caso.

Camila e o namorado policial
Camila e o namorado policial 

Informações dão conta que o policial teria mandando lavar o carro dias após a jovem desaparecer e que o veículo teria manchas de sangue. Essa versão também é apurada pelas investigações.

Amigas de Camillla disseram em depoimento que constantemente a estudante de direito sofria agressões do militar e que ele sentia ciúmes demasiadamente.

Família aguarda abalada por mais informações
Família aguarda abalada por mais informações    Foto: Maelson Ventura

FAMÍLIA ABALADA
A família de Camilla recebeu a notícia da confirmação da sua morte e todos estão muito abalados. O tio dela, Jandeilton Rodrigues, informou que da forma que a jovem desapareceu, já esperavam pelo pior. "Desde sábado procurávamos pelo corpo de Camilla e não por Camilla".

Ele disse que tomou conhecimento das agressões depois do ocorrido, pelas amigas. "Sou policial, e não me acovardo, e com certeza ela não me falou porque sabia que iria tomar providencias".

Ele disse que já tinha alertado a família que as chances de achar ela viva era de 1%, que preferiu não alertar isso para a imprensa para não deixar a família ainda mais apreensiva.

CORPO PODE TER SIDO DESTRUÍDO
Uma das suspeitas é que o corpo da estudante de Direito tenha sido destruído pelo autor do crime. A destruição do corpo pode ter sido parcial ou total, como forma de ocultar o cadáver, suspeita o delegado Baretta.

Delegacia de Homicídios apura o caso   
Delegacia de Homicídios apura o caso       Foto: Maelson Ventura

POLICIAL É O PRINCIPAL SUSPEITO
A Delegacia de Homicídios e o então namorado de Camilla é o principal suspeito do crime. Amigas da jovem relataram o ciúme doentio que ele sentia e vários casos de agressão.

Luana Regina disse em entrevista que Camilla sofreu "várias agressões, várias, muitas, puxão de cabelo, chegou a se jogar de um carro em movimento, já levou chutes na barriga, essas coisas”.

“Ela não podia falar com ninguém, nem com amigas, muito ciúmes de todo mundo. Não sei por que ela não largava dele, acho que é por causa da proteção dele, ela era uma menina muito carente, muito carinhosa, muito dócil”, disse Luana Regina.

Policial Allisson Wattson da Silva Nascimento, suspeito do crime
Policial Allisson Wattson da Silva Nascimento, suspeito do crime 

AVÔ FAZ DESABAFO
"Foi tão cedo, era uma pessoa que vivia dentro de casa, e vem um psicopata, uma pessoa que não sei por que, que estava dentro da polícia, não tinha a mínima competência, como mantém uma pessoa dessa? Ele ia reprovar num psicotécnico, e está ai", disse o avó de Camilla, que a criou, Carlito Abreu.

Carlito Abreu faz desabafo
Carlito Abreu faz desabafo    Foto: Maelson Ventura

"Não tem classificação, nem um cachorro faz isso, a Polícia Militar do Estado do Piauí, que eu respeito muito, cheio de gente competente, mas que infelizmente mantém uma pessoa dessa, com essa capacidade de crueldade, de fazer tudo isso, de enganar. A gente via, eu sempre avisei para minha neta: 'minha filha, essa pessoa é um psicopata, eu estudei um pouco, já li muito, eu sei, tenho vivência, tenho uma noção. perguntava se ela queria era morrer, cansei de falar isso pra ela: 'minha filha, esse homem vai te matar, o perfil desse homem é de criminoso, pelo amor de Deus, o que esse homem vai te dar?'"  

Ele entrava aqui, era uma pessoa que não tinha educação, ia nas panelas, ia na geladeira, se tinha uma criança, ele comia primeiro que a criança, era todo fora do quadro, uma pessoa nojenta, você não via nada nele de uma pessoa educada. Ela estava vivendo forçada com ele, ela não estava tendo o direito de se sair dele.

 

 

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