Autoridades federais intensificaram o alerta sobre a atuação de redes criminosas que vêm utilizando a internet para recrutar crianças e adolescentes em práticas ilegais, muitas vezes com motivações extremistas. A informação parte de investigações conduzidas pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), vinculado ao Ministério da Justiça.

Esses grupos atuam principalmente em comunidades online onde oferecem desafios violentos, manipulam psicologicamente os menores e os inserem em ambientes de ódio e radicalização. Segundo os investigadores, não há um perfil único das vítimas — os aliciados vêm de diversas realidades sociais e familiares.

Foto: Elza Fiuza/ Agência Brasil

Imagem ilustrativa.

Um dos episódios recentes envolveu uma criança de apenas nove anos que planejava um ataque escolar, frustrado pela atuação preventiva da equipe cibernética. Outro caso mais grave foi o desmantelamento de um grupo que preparava um atentado com explosivos artesanais durante um show realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro. A operação resultou em prisões e apreensões em quatro estados, além da descoberta de materiais ligados a crimes virtuais e pornografia infantil.

As forças de segurança alertam que o isolamento prolongado e o uso irrestrito da internet favorecem o contato de jovens com criminosos virtuais. Especialistas reforçam que o acompanhamento constante das atividades digitais dos filhos é uma das formas mais eficazes de prevenção.