Tombou na pista e pegou fogo -

Veneno pode contaminar solo e rio em município do Piauí após acidente envolvendo carreta

O tombamento de uma carreta carregada de herbicidas na última terça-feira (09/10) resultou na contaminação do solo e do rio Gurgueia no município de Bom Jesus. O veículo pegou fogo e liberou gases tóxicos na região.

Ao tombar, o veículo foi saqueado por moradores da região que furtaram vasilhames do produto que estava organizado em garrafas. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) fez a remoção dos produtos, porém o trabalho foi dificultado por conta da ação dos moradores.

Em entrevista ao programa Bom Dia Piauí da TV Clube, o supervisor de fiscalização da Semar, Renato Nogueira, alerta para os riscos de contaminação no solo, por conta do contato do produto após o acidente. Há o risco também de contaminação do rio Gurgueia que fica próximo ao local, aproximadamente 500 metros do ponto do acidente.

“No primeiro momento a gente não tinha visto essa situação, mas quando foi removendo o produto, a gente viu que o produto estava todo depositado em uma galeria que atravessa a rodovia, ficamos sabendo que se trata de um canal de águas pluviais, e vai desemborcar no rio Gurgueia”, relata o supervisor em entrevista ao Bom Dia Piauí, da TV Clube.

    Foto: Reprodução/ Bom Dia Piauí/ TV Clube

Os gases emitidos pela queima do produto podem causar diversos sintomas, como irritação na garganta, vômitos, irritação no trato respiratório, e uma exposição mais acentuada, pode até provocar lesões no pulmão.

Por conta do período seco, a situação ainda não apresenta riscos, porém com as previsões de chuva nesta semana, as águas do rio podem ser contaminadas com os agrotóxicos.

Segundo Renato, não é possível fazer uma previsão 100% precisa sobre a situação, mantendo a atenção para as possíveis chuvas que podem fazer com que o produto chegue ao rio.

Já para os responsáveis pela carga, está sendo feito uma investigação por parte da Semar, para analisar a documentação, validade de licença, para saber se o veículo era realmente licenciado.

Ainda não há informações sobre o grau de contaminação do solo, a Semar segue as investigações para saber os possíveis riscos do produto no solo e na região.

 

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