• Americanas realiza assembleia para aprovar ação contra ex-diretores

    A Americanas promove nesta quarta-feira (11/12) uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Durante o evento, os acionistas irão votar uma proposta da empresa para iniciar um processo de responsabilidade civil contra quatro ex-executivos da companhia. Eles são apontados pela empresa como membros do grupo supostamente envolvido na fraude de R$ 25,2 bilhões na varejista.

    Foto: Reprodução/Pinterest

    O objetivo é processar o ex-CEO da empresa Miguel Gutierrez, além de três outros membros da alta cúpula da companhia: Anna Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles. Estes são dirigentes estatutários da empresa.

    Esses diretores podem ser responsabilizados civilmente por danos causados à empresa, caso fique comprovado dolo (intenção), culpa, violação da lei, contrato ou do estatuto social da companhia. A investigação sobre o caso, conduzida pela Polícia Federal (PF), envolve um número maior de ex-funcionários da empresa, totalizando 41 pessoas.

    De acordo com o edital de convocação da AGE, publicado em 31 de outubro, “entre as medidas de responsabilização apresentadas pela varejista contra os quatro ex-diretores estatutários está o pedido de ressarcimento pelos danos financeiros e de imagem causados pela manipulação fraudulenta dos controles internos realizada pela antiga diretoria”.

    Em declarações anteriores, seja por meio de advogados, seja durante audiências na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, realizada no ano passado, os ex-executivos da empresa negaram envolvimento nas supostas fraudes. O Metrópoles procurou os representantes legais dos principais ex-diretores da Americanas para eventuais comentários sobre o caso, mas eles não quiseram se manifestar sobre o assunto.

  • Construtora Haute S/A prepara nova emissão de R$49 milhões para Empreendimento Aquarela Dirceu

    Após Captação de R$ 54 Milhões para o Unique Humberto Parentes, Haute S/A se prepara para Nova Emissão de R$ 49 Milhões para o Empreendimento Aquarela Dirceu.

    A Haute S/A, após o sucesso da captação de R$ 54 milhões via Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) para o Empreendimento Unique Humberto Parentes, anuncia uma nova emissão, desta vez de R$ 49 milhões, destinada ao Empreendimento Aquarela Dirceu. Esse novo projeto será um marco de desenvolvimento na região do Grande Dirceu, em Teresina.

    Foto: Ascom

    Veja também: Haute S/A recebe aporte financeiro de R$ 54 milhões

    O Aquarela Dirceu, localizado no coração da região, oferece uma posição estratégica, próxima a centros comerciais, serviços essenciais e áreas de lazer, garantindo conforto e conveniência aos futuros moradores. Com essa nova captação, a Haute S/A reafirma seu compromisso com o crescimento do Estado do Piauí, impulsionando a economia local e trazendo novas oportunidades para a região.

    Foto: Vanderlei Silva - Diretor da Haute S/A

  • Meta, dona do Instagram e WhatsApp, demite mais de 20 funcionários após uso indevido do VA

    A Meta, proprietária do Instagram, Facebook e WhatsApp, dispensou pelo menos 24 empregados em Los Angeles depois que eles utilizaram seus créditos de refeição de US$ 25 (R$ 141) para adquirir itens variados. Entre os produtos adquiridos estavam curativos, taças de vinho e sabão. A empresa tem um valor aproximado de US$ 1,5 trilhões (R$ 8,4 tri) e está entre as mais valiosas do planeta.

    Foto: Reprodução/Meta

    No Brasil, segundo especialistas, esse tipo de demissão também pode ocorrer.

    A Meta disponibiliza refeições gratuitas para funcionários que trabalham em sua sede, mas colaboradores em unidades menores recebem créditos em serviços como Uber Eats. Uma reportagem do Financial Times revelou que os demitidos utilizaram os créditos de maneira inadequada de forma recorrente.

    Há relatos de funcionários que faziam uma espécie de poupança com os créditos e outros que enviavam as refeições para suas casas. Os créditos são de US$ 20 (R$ 113) para café da manhã, US$ 25 para almoço e US$ 25 para jantar.

    As divisões da Meta estão passando por uma reestruturação, que inclui a demissão de alguns colaboradores e a realocação de outros. Entre 2022 e 2023, a empresa de Mark Zuckerberg implementou um extenso corte de empregos, totalizando 21 mil vagas.

  • Sebrae promoverá Feira do Empreendedor 2024 no Centro de Convenções

    A Feira do Empreendedor 2024, realizada pelo Sebrae Piauí acontecerá entre os dias 30 de outubro a 02 de novembro, no Centro de Convenções de Teresina. O evento tem como objetivo criar um ambiente propício para capacitação, networking e geração de negócios.

    Este ano o evento chega à sua 11ª edição e, em 2023, reuniu mais de 22 mil pessoas com a realização de 87 palestras e 8 oficinas e teve a participação de 60 empresas expositoras.

    Segundo o Superintendente do Sebrae Júlio César, serão apresentadas inovações, tendências de negócios, além de contar com palestrantes de renome nacional. " É a maior feira de empreendedorismo no Piauí", frisa o mesmo. 

    Mário Lacerda, Diretor Financeiro do Sebrae, em vídeo ressalta a super estrutura que estará disponível para receber os participantes do evento.  Já Delano Rocha, Diretor Técnico, destacou em sua fala que a feira é uma oportunidade de abranger novos negócios, expandir o networking, bem como de adquirir novos conhecimentos.


     

  • Tupperware se prepara para pedir falência após 82 anos de atividade

    A Tupperware, conhecida fabricante americana de recipientes plásticos, está se preparando para solicitar proteção contra falência. A empresa, que enfrenta dificuldades financeiras há anos, indicou que sua situação foi agravada por um ambiente econômico desafiador e uma queda nas vendas.

    Foto: DivulgaçãoTupperwere
    Tupperwere

    Em documentos divulgados, a Tupperware afirmou que, apesar de explorar várias alternativas estratégicas, a recuperação judicial é a melhor opção para reestruturar suas operações e buscar um futuro mais sustentável. A marca, que se destacou por suas reuniões de vendas e uma forte rede de representantes, enfrenta competição crescente de opções de comércio eletrônico e produtos descartáveis.

    Fundada em 1946, a Tupperware teve seu auge com a inovação de recipientes herméticos, mas atualmente lida com sérios desafios financeiros. O pedido de falência está sendo considerado como um passo necessário para preservar a empresa e suas operações.

  • Heineken conclui investimento de R$ 1,5 bilhão em expansão da cervejaria no Brasil

    A Heineken anunciou nesta quinta-feira (12/09)  a conclusão da segunda fase de expansão da sua unidade em Ponta Grossa, Paraná, com investimentos que ultrapassam R$ 1,5 bilhão. Esta unidade, uma das três maiores do grupo em termos de produção, viu sua capacidade produtiva aumentar em 150%. É também a primeira da empresa a contar com uma linha de envase de long neck retornável.

    Foto: Reprodução / Pixabay

    Durante o período de construção, mais de 1.400 empregos foram gerados, com 255 novos colaboradores sendo contratados para diversas funções após a conclusão das obras. A expansão reflete o compromisso da Heineken com o fortalecimento de sua presença no Brasil, o maior mercado de vendas da Heineken e Amstel globalmente, e uma aposta no crescente segmento de cervejas sem álcool.

    A Heineken chegou ao Brasil em 2010, e desde então tem expandido sua presença, adquirindo a Brasil Kirin em 2017 e aumentando sua capacidade com a construção de novas unidades. Atualmente, o grupo possui 14 unidades produtivas no país e já iniciou a construção de uma 15ª cervejaria em Passos (MG).

    O portfólio da Heineken no Brasil inclui marcas como Heineken, Amstel, Baden Baden e diversas opções de cervejas não alcoólicas. Com sede em São Paulo, a Heineken Brasil é uma subsidiária da Heineken NV, a maior cervejaria da Europa.

  • Tribunal europeu condena Apple a pagar R$ 80 bilhões para a Irlanda

    A União Europeia conquistou nesta terça-feira (10/09) duas vitórias judiciais importantes contra as gigantes da tecnologia Apple e Google, em disputas decididas pelo Tribunal de Justiça da UE (TJUE), o mais alto tribunal do bloco.

    Foto: Divulgação /Apple

    É uma "grande vitória para os europeus e para a justiça fiscal", celebrou a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, referindo-se aos acórdãos.

    Em um deles, o TJUE decidiu que a gigante americana Apple beneficiou-se entre 1991 e 2014 de auxílios ilegais da Irlanda, país que agora poderá cobrar da empresa uma quantia de cerca de 13 bilhões de euros (R$ 80 bilhões). 

    "O Tribunal de Justiça resolve definitivamente o litígio e confirma a decisão da Comissão Europeia em 2016: a Irlanda concedeu à Apple auxílio ilegal que o Estado deve reaver", afirmou a decisão.

    A Apple anunciou que a decisão terá um impacto de até 10 bilhões de dólares (56 bilhões de reais) em suas contas no quarto trimestre de seu exercício fiscal, que termina em 28 de setembro.

    A Comissão conclui em 2016 que a Irlanda permitiu à Apple pagar um imposto de 1% sobre seus lucros europeus em 2003, uma taxa reduzida em 2014 para 0,005%.

    Para Chiara Putaturo, especialista da ONG humanitária OXFAM, a decisão do TJUE destaca "a história de amor entre paraísos fiscais e [empresas] multinacionais".

    Em nota oficial, o governo irlandês afirmou que "obviamente respeita a decisão do Tribunal sobre os impostos devidos neste caso". "O processo de transferência dos ativos (...) para a Irlanda começará agora", afirma o comunicado.

    Em 2023, a Apple faturou mais de 383 bilhões de dólares (quase 2,15 trilhões de reais), e lucros líquidos de 97 bilhões (544 bilhões de reais).

    Confirmação de multa a Google

    Em outro acórdão divulgado nesta terça-feira, o TJUE ratificou uma multa decidida pelo Tribunal Geral do bloco (TGUE, instância inferior) à Google no valor de 2,4 bilhões de euros (mais de R$ 14,5 bilhões). A Alphabet, matriz da Google, havia recorrido dessa decisão, alegando erro de análise por parte da Comissão.

    O TJUE rejeitou a apelação e confirmou a multa, considerando que a empresa americana "abusou da sua posição dominante ao favorecer seus próprios serviços".

    A Google enfrenta outro teste na próxima semana, quando o principal tribunal da UE decidirá sobre uma multa de cerca de 1,49 bilhão de euros (8,9 bilhões de reais).

    Estas decisões do TJUE representam uma mensagem forte para o setor, uma vez que a UE foi derrotada em disputas semelhantes com a Amazon e a Starbucks.

    Em particular, as sentenças constituem um forte apoio a Vestager, que se prepara para deixar o cargo na redefinição da nova Comissão Europeia.

    O serviço de imprensa da Google expressou sua insatisfação nesta terça-feira. "Estamos decepcionados com a decisão do Tribunal", afirmou em nota.

    No caso da Google, os reguladores europeus estão de olho em seu serviço de publicidade, devido a suspeitas de abuso de posição dominante, objeto de uma investigação já lançada no Reino Unido.

    Após uma investigação preliminar realizada em 2023, a Comissão acusou a Google de abusar da sua posição dominante, a ponto de recomendar à empresa que vendesse o serviço para garantir uma concorrência leal.

    Já em janeiro, a procuradora-geral do TJUE Juliana Kokott propôs revalidar a sanção contra o Google.

    Em 2028, a UE já havia multado a Google em 4,3 bilhões de euros (26 bilhões de reais) por abuso de posição dominante com o sistema operacional Android em celulares.

    O Google também é alvo de uma investigação nos Estados Unidos, por suspeitas de esmagar a concorrência no segmento de publicidade on-line.

  • População negra é a que mais morre por consumo de álcool no Brasil

    A população negra é a mais atingida pelas mortes atribuídas ao uso de álcool no Brasil. Esse é um dos temas em destaque da publicação Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2024, que está sendo lançada nesta sexta-feira (30/08) pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa).

    Foto: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

    De acordo com o psiquiatra e presidente do Cisa, Arthur Guerra, “ao analisar os dados de mortes por uso de álcool no país, verifica-se que os impactos do uso nocivo dessa substância são desiguais para brancos, pretos e pardos, especialmente na população feminina”. A análise inédita indica que, em 2022, a população negra apresentou 10,4 mortes totalmente atribuíveis ao álcool por 100 mil habitantes; enquanto a taxa para as pessoas brancas foi de 7,9, ou seja, cerca de 30% superior. Entre as mulheres a diferença é ainda mais significativa. A taxa desses óbitos entre pretas e pardas é de 2,2 e 3,2, respectivamente, e entre brancas 1,4.

    Uma das explicações para o fato é a desigualdade racial histórica no país, especialmente pelo acesso desigual a tratamentos. “Pessoas pretas encontram-se em situação de maior vulnerabilidade social por diversos fatores, sobretudo o racismo e a pobreza, que dificultam o acesso a uma vida digna, de modo geral, impactando, por exemplo, o acesso a serviços de saúde de qualidade, que são fundamentais para tratar transtornos por uso de álcool”, explica a doutora em sociologia e coordenadora do Cisa, Mariana Thibes.

    Estudos internacionais identificam a discriminação racial como potencial estressor, o que contribui para o surgimento de problemas físicos e emocionais, bem como comportamentos de risco associados ao consumo de álcool. Porém, é preciso alertar que isso não equivale dizer que os negros praticam mais o consumo abusivo, mas sim que, ao se depararem com o problema, as chances de obter tratamento de qualidade são menores.

    No caso das mulheres, mais um dado chama a atenção: 72% dos óbitos por transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool ocorrem entre mulheres pretas e pardas. “As dificuldades redobradas em relação a diversos aspectos da vida enfrentada pela população negra feminina podem propiciar o uso excessivo de álcool. Além disso, o estigma relacionado ao alcoolismo e à falta de tratamento adequado podem conduzir ainda a outros problemas sociais e de saúde”, avalia Mariana.

    Diante desse cenário, é importante aumentar a conscientização sobre o abuso de álcool e seus impactos na saúde da população preta e parda, bem como promover a inclusão e a diversidade nos serviços de saúde mental para garantir que todos tenham acesso igualitário a cuidados de qualidade.

    Em relação aos óbitos atribuíveis ao álcool, a pandemia interrompeu a tendência de queda. Em 2022, a taxa atingiu 33 mortes associadas ao álcool por 100 mil habitantes no período, mas ainda abaixo da verificada em 2010 (36,7).

    Dezesseis estados apresentam taxa de mortes atribuíveis ao álcool por 100 mil habitantes superior à nacional, com o Paraná (42,0), Espírito Santo (39,4) e Piauí (38,9) liderando o ranking.

    Idade

    Os efeitos negativos do álcool são diferentes entre as faixas etárias. Enquanto entre jovens adultos as principais consequências estão associadas a comportamentos de risco, como acidente de trânsito e violência, as pessoas mais velhas são mais impactadas por doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares.

    Outro ponto abordado pelo Cisa é a dificuldade de a população negra ou branca aceitar o tratamento e isso ser uma das principais barreiras para a cura da doença. Segundo o centro, sem dúvida existem estigmas relacionados ao alcoolismo que dificultam a busca por ajuda. “O alcoolismo ainda é visto por muitos como uma falha de caráter, um problema moral associado à falta de vontade, que faz com que muitas pessoas demorem a reconhecer o problema e buscar ajuda. É preciso lembrar que o alcoolismo é uma doença crônica que, quando tratada, tem bom prognóstico”.

    Existe ainda o “estigma histórico no Brasil de que a população negra bebe mais e tem uma relação mais abusiva com o álcool, o que não procede. O estigma contribui para que essas pessoas evitem procurar ajuda quando precisam”. Quando isso se soma ao preconceito racial, temos uma situação ainda mais difícil. É bom lembrar que os negros no Brasil não bebem mais do que os brancos, como mostrou a pesquisa Covitel 2023. Mas, quando enfrentam o problema do uso nocivo, têm menor acesso a um tratamento de saúde de qualidade, e, por isso, morrem mais de questões relacionadas ao álcool.

    Os serviços de saúde precisam estar atentos a essa questão, pois eles têm papel central para lidar com o problema. Serviços de saúde culturalmente sensíveis e ampliação do acesso a tratamentos gratuitos de qualidade são fundamentais para enfrentar a situação.

    Perguntado se mesmo depois de ter iniciado o tratamento, muitas pessoas têm recaída e voltam a beber, o Cisa respondeu que não tem esse dado. "Recaídas existem e fazem parte do processo de tratamento do alcoolismo, sendo comuns em pessoas de todas as cores de pele. A recaída, quando encarada dessa forma, ajuda o próprio paciente a retomar a motivação para continuar o tratamento. O apoio dos familiares nesses momentos é decisivo, assim como dos profissionais de saúde, que podem ajudar o paciente a entender as causas e gatilhos que levaram à recaída”.

    A análise dos óbitos atribuíveis ao álcool por cor de pele/raça tem como metodologia o processamento de dados de indicadores populacionais sobre consumo de álcool e mortalidade, sendo aplicadas as Frações Atribuíveis ao Álcool para os determinados agravos à saúde. Entre as fontes oficiais consultadas estão IBGE, Datasus e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).

    CISA

    O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool é uma das principais referências no Brasil sobre o tema e desde sua fundação, em 2004, vem contribuindo para a conscientização, prevenção e redução do uso nocivo de bebidas alcoólicas. Qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), a instituição dedica-se ao avanço do conhecimento na área, atuando na divulgação de pesquisas e dados científicos com linguagem acessível, na produção de materiais e conteúdos educativos e no desenvolvimento de outros projetos.

  • Americanas demite mais 9 mil funcionários e fecha 188 lojas durante crise

    A Americanas cortou 9.302 funcionários e fechou 188 lojas entre o início da crise da empresa, em janeiro de 2023, e a semana passada, entre os dias 19 e 25 de agosto. É isso o que mostra o último relatório elaborado pela empresa, que está em recuperação judicial, divulgado na última quarta-feira (28/08).
     

    Foto: Reprodução/Pinterest

    O quadro de trabalhadores com carteira assinada, ou seja, sob regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), era de 43.123 pessoas no início do ano passado. Segundo o novo relatório, o número passou para 32.821 entre os dias 19 e 25 de agosto.

    Na última semana, a empresa reportou 262 admissões. Houve, contudo, 391 desligamentos. Eles foram formados por 188 pedidos de saída, 180 demissões e 23 contratos de experiência e temporários encerrados.

    No caso das lojas, elas somavam 1,880 em janeiro de 2023. Agora, são 1.754. Esse número, contudo, já foi menor. Em fevereiro deste ano, atingiu 1.692.

    Em nota, a Americanas informou que o fechamento e abertura de lojas “seguiram a dinâmica de sazonalidade do varejo e o plano de reestruturação da companhia, com atenção a rigorosos critérios de rentabilidade”. Acrescentou que, “mesmo com o encerramento de operações deficitárias, o incremento de performance e aumento da eficiência operacional resultaram no crescimento, no primeiro semestre deste ano, de quase 10% da plataforma física da Americanas, atualmente com cerca de 1.700 lojas – uma das maiores presenças do varejo físico brasileiro”.

    Sobre os funcionários, disse que os “desligamentos refletem seu plano de transformação, para maior integração entre físico e digital, geração de caixa e aceleração do crescimento, e que o movimento não afetou as áreas de operações”.

  • Lojas Americanas tem prejuízo de R$ 2,3 bilhões em 2023

    A Lojas Americanas registrou um prejuízo de R$ 2,272 bilhões em 2023, segundo balanço divulgado nessa quarta-feira (14/08) pela companhia. Segundo os dados, a companhia acumula prejuízos. No primeiro semestre de 2024, a perda foi de R$ 1,412 bilhão, ante R$ 3,203 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O valor representa uma variação de 82,8% em relação a 2022, quando a varejista teve perdas de R$ 13,2 bilhões. As informações são do Metrópoles.

    Foto: Divulgação

    Essa foi a primeira publicação com o balanço completo de 2023 após a empresa encontrar, em janeiro do ano passado um rombo de mais de R$ 25 bilhões em suas demonstrações financeiras, levando a companhia a um processo de recuperação judicial. “O resultado de 2023 foi negativamente marcado pelo impacto operacional da crise e redução de receitas, incluindo os custos adicionais da investigação e recuperação judicial e parcialmente compensados por impactos tributários”, registrou a varejista.

    Perdas no digital

    Em 2023, o volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) da empresa foi de R$ 22,8 bilhões, uma queda de 45,9% em relação a 2022. De acordo com a Americanas, a redução ocorreu, principalmente, por conta das perdas de 75,7% nas vendas de sua plataforma digital. A soma de operações por esses canais foi de R$ 6,02 bilhões no ano passado, enquanto, em 2022, o volume havia sido de R$ 24,7 bilhões.

    “Esse desempenho negativo no digital é atribuído à estratégia da companhia de diminuir o volume de vendas do 1P (vendas próprias) e migrar categorias relevantes para o 3P (marketplace), com o objetivo de melhorar a rentabilidade da operação”, informou a empresa.

    Por outro lado, as lojas físicas “demonstraram sua força”, alcançando R$ 14,1 bilhões em 2023 e respondendo por mais de 60% do GMV total. Em comparação com 2022, o volume bruto de mercadorias das lojas físicas teve uma retração de 2,3%. A performance do varejo físico, segundo o reporte, “melhorou sequencialmente” a partir do segundo trimestre de 2023, quando a companhia “restabeleceu o relacionamento com boa parte dos fornecedores”, estabilizou o abastecimento e iniciou mudanças na gestão de categorias de produtos.

    O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Americanas foi negativo em R$ 2,4 bilhões em 2023, uma variação de 26,2% frente aos R$ 3,2 bilhões negativos registrados em 2022. Esses valores excluem despesas relativas à recuperação judicial, investigação, deterioração de ativos e revisão de estimativas de contingências por conta do desconto previsto no processo de recuperação.

    Já o endividamento bruto da Americanas ficou em R$ 39,4 bilhões em 2023, uma alta de 5,6% ante os R$ 37,3 bilhões registrados no ano anterior. Por fim, o patrimônio líquido da empresa foi negativo em R$ 28,8 bilhões em 2023, uma deterioração de R$ 2,1 bilhões em relação ao fim de 2022.

    Resultados do 1º semestre

    A Americanas também reportou um prejuízo de R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre de 2024. O valor representa uma variação de 55,9% em relação ao mesmo período de 2023, quando a varejista teve perdas de R$ 3,2 bilhões. Para explicar o resultado, a companhia afirmou que, ao longo de 2023, manteve seu foco na operação de lojas e no atendimento aos clientes, além de implementar mudanças emergenciais.

    Esse processo “possibilitou a desaceleração da queda da receita consolidada, principalmente no varejo físico”. A receita líquida da companhia foi de R$ 6,8 bilhões no primeiro semestre de 2024, uma queda de 2,6% em relação aos R$ 7,03 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.

    “Esse ritmo de melhora continuou ao longo dos primeiros seis meses de 2024, quando a companhia registrou receita crescente no varejo físico e expansão da margem bruta, a despeito da redução de lojas e eliminação de produtos de alto valor, como TVs telas grandes, linha branca e informática”, informou o relatório.

    No primeiro semestre do ano, o volume bruto de mercadorias (GMV) da empresa foi de R$ 10,06 bilhões, um recuo de 9% em relação aos R$ 11,05 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.

    O varejo físico representou R$ 7,2 bilhões do total, um crescimento de 15,9% em relação a igual período de 2023. Já o varejo digital correspondeu por R$ 1,6 bilhão, uma retração de 55,3%, “mas em linha com a estratégia de manter esse canal como complemento da jornada de compra do cliente”, reportou a varejista.

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