
Casas Bahia negociam para converter dívida de R$ 1,57 bilhões em ações
As Casas Bahia anunciaram que estão em negociações avançadas com credores para antecipar a conversão de uma dívida de R$ 1,57 bilhão em ações da varejista. Inicialmente, essa operação estava prevista para ocorrer em outubro, mas agora pode ser realizada ainda em junho. Se todas as debêntures forem convertidas, serão emitidas 328,9 milhões de novas ações, representando 77,58% do capital social da empresa.
Foto: WikipediaCasas BahiaA antecipação da conversão já conta com o apoio de 99,99% dos credores. Além disso, a empresa está discutindo um "reperfilamento" da dívida, que inclui o adiamento do pagamento de juros e a modificação do cronograma de amortização. As Casas Bahia também buscam autorização para realizar "eventos de liquidez" nos próximos 12 meses, permitindo que parte dos recursos seja utilizada para o crescimento da empresa, em vez de apenas para o pagamento da dívida.
Na manhã desta sexta-feira (06/06), as ações das Casas Bahia na Bolsa de Valores do Brasil (B3) apresentaram uma alta significativa, com os papéis subindo 11,69%, cotados a R$ 4,49.
Engenheiro parnaibano representa o Piauí e conquista premiação no LAQI Impact Summit 2025
A Impactto Engenharia, com sede em Parnaíba-PI, foi reconhecida com o Troféu de Reconhecimento “Empresa Brasileira do Ano 2025” na Categoria Ouro durante o LAQI Impact Summit Brazil, evento realizado pelo Latin American Quality Institute (LAQI) no Hotel Sheraton World Trade Center, em São Paulo. A premiação reconhece empresas que demonstram compromisso com práticas de gestão baseadas em qualidade, liderança, responsabilidade social e impacto positivo no setor produtivo.
Na mesma cerimônia, o engenheiro civil Lucas de Carvalho Neves, responsável técnico e diretor da Impactto Engenharia, recebeu o Certificado Honorífico de Empresário do Ano 2025, reconhecimento concedido a lideranças empresariais que aplicam práticas inovadoras de gestão e que apresentam resultados consistentes no mercado.
A Impactto também recebeu outras duas certificações internacionais: O Certificado Internacional de Membro Ativo da LAQI, que insere a empresa em uma rede empresarial com foco em excelência e sustentabilidade, e a Q-ESG Certification, com registro em tecnologia blockchain e validação em 40 países, reconhecendo a empresa por sua aderência a critérios globais de qualidade, sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança corporativa (ESG).
A empresa já é certificada pela norma NBR ISO 9001:2015, e os novos reconhecimentos reforçam o desempenho da organização nos aspectos técnicos, operacionais e de gestão. Fundada há mais de dez anos, a Impactto Engenharia atua nos segmentos da construção civil e indústria de pré-moldados, e tem ampliado sua atuação com base em modelos produtivos alinhados a padrões internacionais.
Lucas Neves também possui histórico de contribuição institucional, tendo exercido a função de Inspetor-chefe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI), onde coordenou ações voltadas à valorização e fiscalização profissional no estado.
Com os reconhecimentos recebidos em 2025, a Impactto Engenharia passa a integrar o grupo de empresas brasileiras com chancela internacional por práticas alinhadas a critérios de qualidade e sustentabilidade, sendo, até o momento, a única representante do estado do Piauí a alcançar a Categoria Ouro no evento promovido pelo LAQI.
Procon-SP multa Nestlé em R$ 13 milhões
O Procon-SP anunciou nesta quarta-feira (23/04) que “concluiu um procedimento de fiscalização e autuou a Nestlé por publicidade enganosa”. A multa aplicada foi de R$ 13 milhões. A empresa pode recorrer da infração.
Análises feitas por especialistas do Procon-SP indicam que a Nestlé colocou no mercado, “há algum tempo, produtos que não possuíam ingredientes anunciados na embalagem, caracterizando infração ao Código de Defesa do Consumidor”.
A publicidade, ainda segundo o Procon-SP, foi veiculada em diversos produtos (Biscoito Nesfit Aveia e Mel e Biscoito Nesfit Leite e Mel, Nesfit Cookie Cacau, Aveia e Mel) e “induziu o consumidor a erro”.
O produto Mistura de Creme de Leite, cuja composição é Mistura de UHT de Creme de Leite e Soro de leite, com destaque na rotulagem frontal da marca “Nestlé Creme de Leite”, foi também analisada e faz parte do pacote de autuações feitas pelo órgão paulista de defesa do consumidor.
A Nestlé informou que “cumpre rigorosamente as legislações vigentes, incluindo as normas relacionadas à rotulagem e comunicação de seus produtos”. Em relação aos itens mencionados, cabe destacar que os biscoitos “Nesfit Aveia e Mel”, “Nesfit Leite e Mel” e “Nesfit Cookie Cacau, Aveia e Mel” não fazem mais parte do portfólio da empresa, tendo sido descontinuados em 2022. O mesmo ocorre com a “Mistura de Creme de Leite”, que não é comercializada pela companhia desde 2023.
“A Nestlé apresentará sua defesa às autoridades, reforçando seu compromisso com a ética e a transparência na publicidade de seus produtos, bem como sua atuação em conformidade com os princípios do Código de Defesa do Consumidor.”
Lucro da Tesla, de Elon Musk, desaba 71% no primeiro trimestre de 2025
O lucro da Tesla, a fabricante de veículos elétricos do bilionário Elon Musk (foto em destaque), caiu 71% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2024. Os ganhos atingiram US$ 409 milhões entre janeiro e março. Diluído por ação, o lucro ficou em US$ 0,12. Os dados constam do balanço da companhia divulgado nesta terça-feira (22/4).
A receita total da companhia, também na comparação entre os dois bimestres, diminuiu 9%, atingindo US$ 19,33 bilhões. Os resultados ficaram abaixo da expectativa do mercado americano. Os analistas projetavam um lucro de US$ 0,41 por ação, com receitas totais de US$ 21,34 bilhões.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou US$ 2,81 bilhões no primeiro trimestre. O número representou uma queda de 17% no ano.
Produção de veículos
A produção de veículos por parte da Tesla recuou 16% no primeiro trimestre, para 362,6 mil veículos, enquanto as entregas caíram 13%, para 336,7 mil unidades. Tudo com base na relação entre o primeiro trimestre deste ano e igual período do ano passado. As despesas operacionais avançaram 9% no primeiro trimestre, para US$ 2,75 bilhões.
Apesar dos números no negativo, ao menos na comparação com o primeiro trimestre de 2024, os papéis da empresa registraram alta no mercado de capitais. As ações registraram alta de 4,6%, a US$ 237,97.
Emirados Árabes querem aumentar investimentos no Brasil
Os Emirados Árabes demonstraram interesse em expandir os investimentos em parcerias no Brasil. O ministro do Comércio Exterior do país, Thani Bin Ahmed Al Zeyoudi, foi incisivo ao destacar o potencial de colaborações com empresários brasileiros.
“Compartilhamos US$ 4.4 bilhões em investimentos, além do petróleo”, disse, durante a abertura do Brazil Emirates Conference, em Dubai. O evento é promovido pelo Lide, organização de empresários fundada pelo ex-governador de São Paulo João Doria..
Al Zeyoudi também enfatizou que o Brasil é o principal parceiro comercial dos Emirados Árabes na América Latina e o segundo em toda a região americana.
Segundo o ministro, um dos principais focos de investimento será o setor de energias limpas. “O grupo de Abu Dhabi vai investir US$ 100 bilhões nas ambições de renováveis”, acrescentou.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, destacou a cooperação com os árabes, que atualmente administram três linhas do metrô carioca (linhas 1, 2 e 4).
Castro mencionou ainda que está em fase de preparação a licitação da linha 3 do metrô, e que há indicativos de que fundos do Oriente Médio tenham interesse em participar da concessão.
“Eles [os árabes] também têm o que eu considero seu maior empreendimento do Brasil hoje, que é o Porto do Açu, que também é do fundo Mubadala”, disse.
“Eu me reúno periodicamente com eles lá no Rio. É um fundo realmente muito parceiro do estado do Rio de Janeiro, muito nessa questão de óleo e gás, que interessa muito a eles, mas também na questão da infraestrutura”, disse Castro.
Além dos árabes, investidores chineses também demonstram interesse nesse tipo de iniciativa. Após a conferência, Castro seguiu para a China em busca de novos parceiros voltados à segurança pública.
Tarifas
As tarifas impostas pelos Estados Unidos geram preocupações de longo prazo. Para Roberto Azevêdo, ex-diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC) e atual presidente global de operações da Ambipar, o cenário é de instabilidade.
“A gente não sabe quais vão ser as regras daqui a 2 anos, 3 anos, 4 anos, 5 anos”, disse. “Vai que há acordos comerciais que são estabelecidos entre, por exemplo, China e Estados Unidos, com compras mais expressivas de produtos americanos, aí a maré volta. Em vez de ser favorável, passa a ser desfavorável. Então, nós temos que olhar para essas coisas sempre como um grão de sal”, completou.
Nesta terça-feira (15/4), gestores se reúnem com representantes de fundos soberanos em Abu Dhabi, que juntos somam mais de US$ 1,3 trilhão em recursos disponíveis para investimento.
Prada anuncia compra da Versace por US$ 1,38 bilhão
A moda italiana está prestes a reviver seu auge com a confirmação de aquisição da Versace por parte da Prada. Em negociações com a Capri Holdings, detentora da marca da medusa, a label chefiada por Miuccia Prada ofertou US$ 1,38 bilhão para finalizar a compra.
Nessa quarta-feira (09/04), o conselho da grife italiana Prada se reuniu para assinar a proposta bilionária direcionada ao grupo Capri Holdings. Confirmada na manhã desta quinta (10/04), a compra foi selada próximo ao valor de R$ 8 bilhões, em cotação atual.
Adquirida pela Capri em 2018, pelo valor de US$ 1,6 bilhão, a Versace vinha atuando em queda, tendo registrado um prejuízo de US$ 41 milhões nos últimos nove meses do ano passado. Os rumores sobre a possível compra se iniciaram logo em seguida, com ânimo por parte dos fashionistas.
Novos caminhos para Prada e Versace
Vistas como ícones da moda italiana, as marcas representam opostos do luxo europeu. Enquanto a Versace trabalha com conceitos maximalistas, a Prada apresenta um caráter minimalista, mas ambas com alto nível de refinamento.
Em março de 2025, a diretora criativa da Versace e irmã do fundador da etiqueta, Donatella Versace, anunciou que havia deixado o cargo após 28 anos, o que aqueceu ainda mais as especulações. Desde que passou a integrar a Capri, a etiqueta se voltou ao consumidor norte-americano, o que a distanciou dos traços tradicionais italianos.
Agora, entre duas das marcas mais relevantes do momento (Prada e Miu Miu, ambas da Prada SpA), espera-se um novo auge para a etiqueta, que retorna para a Itália. Se influenciada por Miuccia, uma roupagem jovem como a da Miu Miu pode ser um caminho inovador para a label da medusa.
Em nota, o presidente e CEO da Capri, John D. Idol, confirmou: “Estamos confiantes de que o Grupo Prada é a empresa perfeita para guiar a Versace em sua próxima era de crescimento e sucesso”. No lado da Prada, o diretor executivo e marido de Miuccia, Patrizio Bertelini, afirmou ter “o prazer de receber a Versace no Grupo Prada e construir um novo capítulo para uma marca com a qual compartilhamos um forte compromisso com a criatividade, o artesanato e a herança”.
Também em nota, a Prada SpA descreve como objetivo dar “continuidade ao legado da Versace, celebrando e reinterpretando sua estética ousada e atemporal”. A afirmação atende às preocupações de fashionistas a respeito dos rumos da Versace, conhecida pela estética maximalista, dentro de uma casa tradicionalmente minimalista.
Novo polo Piauí Center fortalece Teresina como centro regional no setor da moda
A inauguração da reforma e modernização do Polo Piauí Center, nesta terça-feira (08/04), pelo governador Rafael Fonteles, representa mais um passo no fortalecimento da indústria de confecção no Piauí. A expectativa, tanto para o Governo do Piauí, quanto para a SPE Prime Center, empresa concessionária responsável pela gestão do local, é que o novo centro potencialize Teresina como um centro regional de negócios ligados à indústria de roupas.
O diretor do Polo Piauí Center, James Andrade, destacou que outros estados do Nordeste desenvolveram o setor por meio de polos comerciais — e esse também é o objetivo do Governo do Piauí com a reforma do local. “Ceará e Pernambuco conseguiram alavancar o desenvolvimento por meio da vocação da região Nordeste para a produção em larga escala no setor têxtil. Esse movimento foi amplamente impulsionado pelos polos comerciais criados nessas regiões, gerando milhões de empregos”, comentou o empresário.
James ressaltou ainda que o centro piauiense tem como vantagem a localização privilegiada de Teresina. “Além de termos um grande diferencial na produção de peças de alta qualidade, contamos com uma localização estratégica, podendo nos tornar um polo de abastecimento principalmente para a região Norte, criando milhares de oportunidades de trabalho”, afirmou o gestor.
O empreendimento passou por reforma, expansão e modernização, incluindo construção de banheiros, troca de pisos, criação de uma praça de eventos com área de lazer esportivo, revitalização de calçadas e estacionamento, instalação de sistema de monitoramento e segurança, nova iluminação, pintura e construção de 33 novas lojas externas. As atuais 53 lojas em funcionamento já geram 1.800 empregos diretos e 700 indiretos. A expectativa é de que esse número triplique quando os 130 espaços estiverem ocupados.
A empresária Regina Ferreira, dona da loja Regina Joias, que já atua no espaço, também acredita que o setor de moda no Piauí será impulsionado pela localização estratégica do centro. “O espaço ganhou uma nova visibilidade para quem passa, até porque esse ponto é estratégico para quem vai a São Luís, Fortaleza e Pernambuco. E nós, piauienses, ainda não tínhamos um polo atacadista”, declarou a empreendedora.
Cláudia Fontes, consumidora que esteve no local, comemorou as melhorias. “É uma reforma muito aguardada por todos, para que a gente realmente tivesse um polo comercial de moda local, com produtos de qualidade e acessíveis para todos, em um espaço que reúne segurança, beleza, comodidade e bons produtos”, destacou a cliente.
Apple leva multa 150 milhões de euros
A Apple, gigante de tecnologia dos Estados Unidos, foi condenada nesta segunda-feira (31/3) a pagar uma multa de 150 milhões de euros (o equivalente a R$ 936 milhões) por violação à livre concorrência em publicidade.
De acordo com a Autoridade da Concorrência da França, a big tech se beneficiou do uso indevido do dispositivo ATT (App Tracking Transparency), que restringiria a possibilidade de os concorrentes proporem publicidade personalizada.
Entenda o caso
O dispositivo foi apresentado pela como uma camada adicional de proteção aos dados privados de usuários. A companhia foi alvo de uma longa investigação sobre a coleta de dados dos usuários do iOS e os impactos desse procedimento sobre os anunciantes.
Ainda segundo o órgão francês, o sistema de rastreamento de aplicativos da Apple impede os desenvolvedores de apps de cumprirem as regras de privacidade estabelecidas pelo Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) da Europa.
Assim, esses aplicativos são forçados a exibir múltiplos pop-ups, o que torna seu uso excessivamente complexo.
O que dizem as autoridades francesas
A autoridade francesa alega que as modalidades do dispositivo ATT “não são necessárias nem proporcionais ao objetivo declarado pela Apple de proteção de dados”, o que prejudica outros players.
De acordo com o órgão, o sistema por si só não é “problemático”, mas sua implementação foi “abusiva dentro do significado da lei de concorrência”.
O caso envolvendo a Apple foi aberto a partir de reclamações apresentadas por outras empresas do setor de publicidade que afirmaram que o sistema utilizado pela big tech na coleta de dados, implementado em 2021, prejudicava suas receitas.
O que diz a Apple
Em nota, a Apple afirmou que está “desapontada” com a decisão do órgão regulador e que ainda não foram solicitadas mudanças específicas no dispositivo ATT.
Segundo a gigante de tecnologia, o sistema “dá aos usuários mais controle sobre sua privacidade por meio de um aviso obrigatório, claro e fácil de entender”.
A empresa também é alvo de investigações semelhantes em países como Alemanha, Itália, Romênia e Polônia.
Americanas fecha 4º trimestre com prejuízo de R$ 586 mi
A Americanas, que está em processo de recuperação judicial, ficou no vermelho no último trimestre do ano passado, de acordo com dados divulgados pela varejista na noite de quarta-feira (26/3).
Rombo contábil
No dia 11 de janeiro de 2023, a Americanas informou ao mercado que havia detectado “inconsistências contábeis” em seus balanços corporativos. Até então, o rombo era estimado em cerca de R$ 20 bilhões. Era o início do desmoronamento de uma das companhias mais tradicionais do país.
O episódio, hoje apontado como o maior escândalo corporativo da história do Brasil, deflagrou uma série de acontecimentos que levaram a Americanas à lona. Mais de 2 anos depois, a varejista ainda está longe de uma recuperação total.
Processo contra ex-diretores
No último dia 11, a Americanas deu início a um procedimento arbitral contra quatro ex-diretores da varejista. Ela atribui ao grupo a responsabilidade pela fraude de R$ 25,2 bilhões registrada na companhia.
No processo, a empresa busca a condenação dos ex-executivos Miguel Gutierrez, Anna Saicali, José Thimoteo Barros e Marcio Cruz. A Americanas quer a reparação de prejuízos materiais e imateriais causados no contexto da fraude contábil.
A medida foi aprovada pelos acionistas da empresa em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada em dezembro de 2024.
Em nota, a Americanas disse que “é a maior interessada no esclarecimento dos fatos e na responsabilização civil e criminal de todos os envolvidos”.
Gol fecha acordo bilionário para recuperação judicial nos EUA
A Gol divulgou nesta segunda-feira (24/03) que firmou um acordo para receber um financiamento de US$ 1,25 bilhão (aproximadamente R$ 7,17 bilhões) como parte de seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.
Fusão Gol-Azul
A Gol está em tratativas para uma possível fusão com a Azul. Em janeiro, as empresas oficializaram um acordo para dar início às negociações.
Além da conclusão do processo de recuperação judicial da Gol nos EUA, a fusão dependerá da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Projeções indicam que a companhia resultante dessa eventual fusão corresponderia a cerca de 60% do mercado de aviação comercial no Brasil e dominaria quase 100 rotas em todo o território nacional, com pouca concorrência – o que levanta questionamentos sobre a possível configuração de um duopólio, situação em que apenas duas empresas concentram quase todo o setor.
Juntas, as duas companhias possuem uma frota superior a 300 aeronaves e registraram um faturamento de R$ 25,3 bilhões entre janeiro e setembro do último ano.
Conforme o memorando de entendimento assinado por Azul e Gol no dia 15, a nova empresa seguirá o modelo de “corporation” – uma estrutura sem um controlador definido, com o grupo Abra como maior acionista. Ainda não há uma definição sobre os percentuais de participação de cada companhia no negócio.
A intenção é manter as marcas Azul e Gol operando de forma independente, enquanto as frotas sejam compartilhadas. A fusão abrangerá apenas os ativos já existentes, sem previsão de novos investimentos.
A estratégia das empresas está na complementaridade de suas rotas. Enquanto a Gol tem forte presença em grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a Azul se destaca por uma malha aérea mais abrangente no país.