João de Deus registra manifestações contra o presidente Bolsonaro

O deputado João de Deus (PT) ocupou a tribuna para registrar as manifestações realizadas no último sábado (03/07) por partidos de esquerda e entidades sociais pedindo o “Fora Bolsonaro”. O orador criticou o comportamento do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus, afirmando que ele desprezou a ciência e atrasou a compra de vacinas para imunizar a população.

João de Deus declarou que os brasileiros estão empobrecendo, devido ao aumento dos preços dos alimentos e o do desemprego que já atinge quase 15% da população. Ele frisou que os salários dos servidores públicos que, em sua maioria ganha pouco, estão congelados há mais de dois anos.

Acrescentou o parlamentar petista que as pesquisas de opinião pública indicam que quase 60% das pessoas consideram ruim ou péssimo o Governo Jair Bolsonaro, assinalando que uma pesquisa da CNT/MDA indica que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem condições de ganhar a eleição do próximo ano no primeiro turno.

“Do jeito que as coisas estão e devido à forma de comando deste Governo, que não tem comando, a tendência é piorar ainda mais a situação do povo brasileiro”, declarou João de Deus, frisando que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia investiga os equívocos da administração federal, revelando a verdadeira fase do atual Governo em relação ao problema da corrupção. O deputado petista parabenizou as entidades que promoveram as manifestações da semana passada e assinalou que elas precisam convocar as pessoas que já foram imunizadas contra a Covid-19 para comparecer às ruas visando protestar contra o Governo Federal, “porque o povo nas ruas é que vai direcionar o rumo deste país”.

“O presidente da República quer a aprovação do voto impresso e alega que o voto eletrônico não é seguro, como se ele ganhou a eleição com o voto eletrônico? Bolsonaro fala coisa com coisa e não está preocupado com os problemas do Brasil”, declarou João de Deus.

Em aparte, o deputado Cícero Magalhães (PT) disse que “o presidente Jair Bolsonaro sabe que se não ajustar bem não vai para o segundo turno. O problema não está no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nem no STF (Supremo Tribunal Federal), como ele diz, ao propor o voto impresso, pois já tem 13 partidos que não querem mudança no sistema eleitoral porque confiam nas urnas eletrônicas”.