Vão exigir igualdade de gênero -

Iguala OAB: Advocacia lança movimento por igualdade de gênero

Historicamente dominada por homens, a advocacia piauiense vem sendo, aos poucos, conquistada por mulheres. No Piauí, dos 12.326 inscritos atualmente na Ordem, 5.242 são advogadas, cerca de 42,56%. No país, elas representam 48,2% do total de inscritos na OAB, e a estimativa é que, até o ano de 2020, o número de advogadas mulheres seja superior ao de advogados.

Embora esse quadro seja cada vez mais equilibrado em termos quantitativos, questiona-se por que a participação feminina nos cargos de direção e em postos decisórios da OAB-PI é tão insignificante.

É a partir desse cenário que, com o intuito de mudar essa realidade, e trabalhar pelo incentivo às mulheres em buscarem seu espaço nas fileiras da Ordem, a advocacia piauiense vai lançar, no dia 20 de março, no Sesc Ilhotas, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, o movimento “Iguala OAB”. O objetivo é mobilizar a advocacia para, por meio de uma petição eletrônica, exigir igualdade de gêneros nas composições das chapas que irão concorrer no pleito institucional deste ano. O documento será encaminhado ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

A iniciativa também faz eco aos movimentos que se multiplicam em todo o mundo em busca de paridade no mercado de trabalho e na garantia de tratamento igual entre homens e mulheres, uma vez que, mesmo sendo maioria entre estudantes de Direito - e também a maior parte das profissionais da advocacia nos patamares iniciais da carreira - as mulheres permanecem sendo minoria entre os cargos de gerência e em termos de representatividade.

Um dos exemplos mais emblemáticos está materializado na própria entidade máxima que representa a classe no estado: a OAB-PI, na qual elas mal chegam aos 30% na composição da chapa - cota obrigatória desde 2015, quando foi aprovada a regra pelo Colégio de Presidentes das Seccionais da OAB. Por outro lado, há uma queixa generalizada de que esse piso é efetivado apenas nos cargos de pouca expressão e menor poder decisório dentro da entidade.

Nesses termos, a ideia central do movimento - e que será usada como partida para outras demandas - é atingir a mudança a partir da própria Ordem, com o comprometimento dos candidatos ao pleito deste ano em relação à ampliação da participação de advogadas na gestão da OAB-PI; aumento do interesse e engajamento das advogadas no pleito institucional que se avizinha, além da formulação de propostas feministas por partes das chapas que disputarão a eleição de novembro.

Movimento “Iguala OAB”
O Movimento Iguala OAB (50/50) é um esforço coletivo que busca estabelecer a igualdade de gênero nos quadros da OAB-PI, bem como visa a ampliar os espaços para o protagonismo feminino no campo jurídico, superando o tratamento desigual fundado no sexo, para, sobretudo, desconstruir as barreiras que dificultam as mulheres advogadas em encontrar uma posição no mercado de trabalho, mantê-la e fazê-las continuar progredindo em suas carreiras.

Fonte: Com informações da assessoria

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