Eleições 2012 em Teresina -

Maklandel Matos: 'Administração de Elmano é nota 0, quero mudança'

Dando sequência às visitas dos candidatos a prefeito de Teresina, na série 'Café da Manhã' com os candidatos, o 180graus recebeu na manhã desta quinta-feira (19/07) o candidato a prefeito pelo PSOL, Maklandel Matos. O candidato estava acompanhado dos candidatos a Lucas Leitão e Rejane Mota, além do coordenador de campanha Ari Nunes.


Ari Nunes, Rejane Mota, Maklandel Matos, Allisson Paixão, Lucas Leitão

CAFÉ COM OS CANDIDATOS
Maklandel Matos foi o sétimo a participar. Quem veio primeiro, por ordem que obedece a agenda do candidato, foi o senador Wellington Dias (PT); e em segundo Daniel Solon (PSTU). Firmino Filho do PSDB foi o terceiro a participar; Elmano Férrer (PTB), o quarto; Vasconcelo Pinheiro foi o quinto e Beto Rêgo foi o sexto. O 'Café com os Candidatos' do 180graus é um canal de comunicação do candidato com o eleitor, por meio do qual ele pode apresentar à sociedade suas principais propostas para estas eleições.


Maklandel Matos fala em mudança radical em Teresina e dá nota 0 para Elmano

QUEM É MAKLANDEL MATOS
“Tenho 35 anos, sou professor da rede pública estadual, advogado, tenho especialização em História sociocultural. Estou me especializando em Direito Eleitoral e participo do PSOL desde 2005. Sou um dos fundadores do PSOL aqui no Piauí, inclusive contribui para a coleta de assinaturas para regularizar a fundação do partido a nível do TSE. Fui candidato a deputado Estadual em 2006 e 2012 somos candidatos à prefeito por indicação do partido”


'Queremos fazer uma gestão participativa, em que o povo tambem administre', comenta o candidato

180graus: Por que o Senhor quer ser prefeito de Teresina?
Maklandel Matos: “Eu quero ser prefeito para mudar os rumos da gestão municipal de Teresina. Implantar um modelo de gestão para o país, defendido pelo Psol, com mais transparência, publicidade, responsabilidade nos gastos dos recursos públicos, com participação popular. Com justiça tributária, de forma que a gente possa combater o déficit habitacional, fornecer serviços de qualidade para a população, com saúde, educação, saneamento básico. Serviços de qualidade requerem funcionários públicos valorizados, então quero que o funcionário público participe dessa gestão municipal, assim como a população de Teresina que será ouvida na criação, formatação das diretrizes, da LOA (Lei Orçamentária Anual), valorizar as comunidades com a participação da comunidade, não um orçamento popular como temos hoje, da disputa, das migalhas dos recursos públicos, mas ela possa deliberar sobre todo o orçamento do município, destinado a satisfazer todas as suas demandas. Prezar pelos serviços públicos executados pelo público. Acabar com as negociatas com empresas privadas, momentos em que vamos executar esses serviços públicos, cortar, extinguir os contratos feitos, por exemplo, com as empresas que fiscalizam o trânsito em Teresina, as empresas de ônibus, nós queremos criar uma estatal de transporte público em Teresina, queremos suspender o contrato com empresas que recolhem o lixo, vamos estatizar a coleta do lixo, dar um destinação adequada à esse lixo. Então são essas reformas que nós pretendemos implementar em Teresina, que nós já constatamos que as gestões anteriores e as pessoas que estão ai pleiteando a vaga de prefeito não tiveram o compromisso e nem têm esse compromisso de resolver , porque isso não é de interesse deles e sim da maioria.”

180graus: Na sua opinião, o que falta para Teresina se desenvolver e entrar na lista das grandes cidades do Nordeste como Fortaleza (CE), Recife (PE) e Salvador (BA)?
Maklandel Matos: “Tem que se discutir primeiro o que significa esse desenvolvimento., porque por um lado essas capitais têm um aspecto de metrópole, mas que o contraditório delas, do outro lado, da outra face da moeda, também tem bolsões de miséria como Teresina e como qualquer outra cidade do mundo. Então, o nosso modelo, a gente não tem essas cidades como parâmetro do que queremos implementar em Teresina, porque a nossa meta, o nosso interesse é atender o interesse daquelas pessoas que estão marginalizadas desse processo de desenvolvimento. Nós temos uma Teresina, por exemplo, que tem, num raio de três quilômetros ali na zona leste, que se usufrui de todos os bens e serviços fornecidos pelo mercado e por outro lado nós temos em Teresina bolsões de miséria nas periferias que sustentam o luxo daquela população fornecendo mão de obra barata, gerando lucro para as empresas. Essa população que gera essa riqueza concentrada em Teresina, não tem nenhum beneficio, nem do governo e nem desse mercado”.


'As grandes capitais no Nordeste não são parâmetros apra nós, pois lá também existe os bolsões de miséria", diz

180graus: Por que o senhor é o melhor nome para Teresina?
Maklandel Matos: “O meu nome foi uma construção coletiva dentro do partido que tem o meu nome como porta-voz das bandeiras da sigla. Então não é o meu nome que é o melhor, é a proposta do PSOL que é a melhor. Mas eu estou encarregado de transmitir essa proposta para a população e executar essa proposta à partir do dia primeiro de janeiro”.

180graus: Qual dos seus adversários o senhor acha que está tão preparado quanto o Senhor nessa disputa em Teresina?
Maklandel Matos: “No nosso entendimento, todos os outros candidatos representam a mesma coisa, com exceção desse campo da esquerda. Nós temos Daniel Solon e o Vasconcelo, que representa uma esquerda, mas o outro campo representa a mesma coisa, então, para a gente eles não contribuem para a política, não contribuem para a população de Teresina, até mesmo porque já tiveram a chance de estar lá e nunca fizeram nada. Agora eles têm que se justificar por que não fizeram”.


"Todos os candidatos que aí estão, na verdade, não governam para o povo", critica

180graus: “De zero a 10, que nota o senhor dá para a gestão do atual prefeito Elmano Férrer?
Maklandel Matos: “zero. “Os interesses que são defendidos lá não são os interesses da população, e sim os interesses privados”.

180graus:O senhor torce para qual time?
Maklandel Matos: “nenhum”.
180graus: O senhor é a favor da divisão do Piauí?
Maklandel Matos: “Não. O problema do Piauí não é o fato dele ser grande, mas sim o desgoverno. Então, primeiro temos que criar o estado do Piauí, para depois pensar em dividir, porque se for obdervar o que funciona no Piauí, a saúde pública, e educação, o que funciona no estado do Piauí? Então temos que criar um estado primeiro, para depois pensar em dividir”.


"Para dividir o Piauí primeiro é preciso criá-lo, o que este Estado tem de bom, não existe", afirma Maklandel

180graus: O senhor é contra ou a favor do aborto?
Maklandel Matos: “Essa é uma discussão feita, não só mo Psol, mas nos partidos de esquerda. A determinação que o pessoal defende é a livre disposição do corpo por parte da mulher. Ela mesma tem que decidir se quer fazer ou não quer fazer. Mas essa é uma questão que deve ser discutida em âmbino nacional. Eu como prefeito não regulamento, não legislo no âmbito municipal sobre esse ponto. Isso tem que passar pelo Congresso Nacional”.

180graus: O Psol surgiu de uma polêmica com o PT no passado. Qual a grande diferença do Psol para os outros partidos, não só os de esquerda, mas partidos como PT, PMDB?
Maklandel Matos: “A grande diferença do Psol é que ele não tem uma fórmula pronta e acabada para chegar e dizer: é isso aqui. O Psol se propõe a construir as alternativas de poder da sociedade. Ele tem a opção, a determinação de inverter a pirâmide do poder. Nós temos todas as gestões públicas. A gestão do PT foi marcada pela aliança que fez com os grupos tradicionais e empresariais, que criou as promíscuas relações entre o poder público e privado, mas o Psol não. Pretendemos governar e nos planejar e administrar junto com a população”.

180graus: Qual a grande bandeira do candidato Maklandel?
Maklandel Matos: “A grande bandeira é a educação, porque queremos formar o nosso povo, preparar o nosso povo, para preparar, para decidir, o nosso próprio destino, para colaborar e contribuir com nossa gestão no município de Teresina. A segunda bandeira é a participação popular. Só queremos tomar as decisões pertinente à vida de cada cidadão depois de ouvi-lo”.


MAKLANDEL MATOS DIZ POR QUE QUER SER PREFEITO DE TERESINA

Fonte: None

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