10º DP(Penha) investiga o caso -

Sexo em escola: inquérito da polícia vai apurar divulgação de imagens

 A Polícia Civil instaurou nesta sexta-feira (05/04) um inquérito policial para apurar a divulgação das imagens de câmeras de segurança de um casal fazendo sexo no anfiteatro da Escola Estadual Nossa Senhora da Penha, na zona leste de São Paulo. As informações são do site Metrópoles

Foto: Reprodução

Todos os envolvidos serão ouvidos no 10º Distrito Policial (Penha), responsável pelas diligências para o esclarecimento do caso.

Gravação corrobora crime, diz advogado

Para o advogado criminalista André Bialski, o casal pode ser condenado por ato obsceno se o caso for levado à Justiça. Segundo ele, a condição para a configuração do crime é a relação sexual ter sido realizada em local de possível acesso público.

O Metrópoles apurou que o sexo entre o diretor da escola, Robson da Silva Batista, e uma funcionária terceirizada, foi interrompido depois que o casal foi surpreendido pela chegada de alunos ao local.

Robson apresentou um atestado médico e está afastado do trabalho. A Secretaria Estadual da Educação afirmou que, tão logo tomou conhecimento dos fatos, instaurou processo administrativo disciplinar. O profissional, que é professor concursado, foi retirado do cargo de diretor.

O processo administrativo disciplinar corre em sigilo.

A mulher que aparece nas imagens era funcionária temporária, não teve o nome divulgado, e seu contrato de trabalho foi encerrado.

O advogado André Bialski ressalta que a configuração de ato obsceno independe de alguém ter flagrado ou filmado o fato. “Se eles tivessem feito a mesma coisa, e ninguém tivesse gravado, seria crime da mesma forma. A gravação é só a prova que corrobora a acusação,” disse o sócio do escritório Bialski Advogados.

A pena estabelecida para quem praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público, é de detenção de três meses a um ano, ou multa.

O advogado também foi consultado sobre a suposta prática de sexo em horário de expediente. Nesse caso, diz Bialski, “o fato poderia ser futuramente considerado na definição da pena caso o juiz proferisse uma sentença. Seria uma circunstância do crime, não um agravante,” afirmou.

Supervisor registrou B.O.

O Metrópoles revelou que foi o próprio diretor quem avisou o supervisor da Diretoria de Ensino Leste, Manoel Ricardo Severo, que havia feito sexo dentro do anfiteatro.

O supervisor registrou, no dia 28 de março, boletim de ocorrência na delegacia eletrônica da Polícia Civil de São Paulo. No documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, Manoel Ricardo Severo revela que recebeu uma ligação de Robson, informando “situação de envolvimento afetivo com uma agente de organização”.

A mulher, identificada como Jaqueline, era funcionária temporária e, ainda de acordo com o B.O., solicitou a cessão do contrato em 21 de março, dia anterior à data em que teria praticado sexo com Robson.

Foi o próprio diretor quem avisou ter sido gravado pelas câmeras da escola em momento de “afetividade”. Na sequência, ele enviou ao seu superior as imagens que registraram o ato.

O supervisor da Diretoria de Ensino Leste disse ter comunicado os fatos aos superiores e afirmou ter conversado com Robson sobre a gravidade do caso, orientando o diretor a se retirar da unidade de ensino. O próprio Robson solicitou a cessação da função de diretor escolar, entregue à Diretoria.

De acordo com o delegado que assina o boletim de ocorrência, Rafael Moreira Cantoni, o caso é de “seara extrapenal” e há “a necessidade de uma maior avaliação para enquadramento dos fatos/conduta”.

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