Post alusivo a comemoração ocorrida -

Relação de nomeado por Jair Bolsonaro para desembargador e empresário alvo da PF é antiga

 

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

 

_Téssio Torres com Eduardo Imperador (Foto: Divulgação)
_Téssio Torres com Eduardo Imperador (Foto: Divulgação) 

RELAÇÃO ANTIGA

Na segunda quinzena de setembro de 2016,  cerca de um ano depois do empresário Eduardo José Barros Costa - o Eduardo Imperador ou Eduardo DP - ser alvo de investigações no Maranhão por suposta prática de corrupção, o advogado Téssio da Silva Torres, nomeado esta semana pelo presidente da República Jair Bolsonaro para o posto de desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, publicou em sua página no Instagram uma foto com Eduardo Imperador. 

Esse postalusivo a comemoração ocorrida no restaurante Favorito Grill é uma das evidências usadas pela imprensa nacional e local para reportar a proximidade entre o novo membro do TRT da 22ª Região e aquele que vem sendo apontado como o cabeça de um suposto amplo esquema alvo esta semana da Polícia Federal no âmbito da Operação Odoacro. A imagem com o advogado e Imperador até esta sexta-feira, 22, não havia sido apagada. O alvo da PF é casado com a irmã de Téssio, Larissa Torres.

Eduardo Imperador tem um histórico de investigações e suspeitas e segundo a Polícia Federal, seus atos cresceram de forma exponencial nos últimos anos, migrando no âmbito do governo de Jair Bolsonaro para verbas federais, em licitações suspeitas ganhas para obras a serem realizadas com recursos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), controlada pelo Centrão. O empresário está preso. 

Ainda segundo a PF, a investigação aponta para um grande esquema de fraude em licitações para beneficiar a Construservice, empresa que Imperador é apontado como sócio oculto.

Até ser nomeado para o TRT da 22ª Região, Téssio Torres teria advogado para ambos, empresário e empresa. 

A Construservice foi a segunda que mais firmou contratos com a Codevasf no governo Bolsonaro.

Téssio era o terceiro colocado da lista tríplice enviada para o presidente da República.

“PRISÃO ILEGAL E DESNECESSÁRIA”

A defesa do investigado chegou a sustentar que a prisão foi “ilegal e desnecessária”, que Imperador nunca foi “notificado para falar, apresentar documentos”, que a partir de então “colabora com as investigações” e que o empresário “demonstrará sua inocência”. 

"A defesa de Eduardo José Barros Costa, entende, com base no ordenamento jurídico pátrio, ilegal e desnecessária a prisão temporária de seu constituinte. Informa que tudo o que há nos autos do inquérito policial em curso é fruto apenas do início da investigação e da visão unilateral da Polícia e do Ministério Público sobre os fatos; que ele nunca sequer foi notificado para falar, apresentar documentos e/ou quaisquer outras manifestações defensivas; que, a partir de agora, colabora com a investigação — que corre em segredo de justiça — esperando ter a oportunidade de prestar os devidos esclarecimentos, com os quais demonstrará sua inocência. Inocência, aliás, que deve ser presumida por força de expressa disposição constitucional”.

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