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Lula critica gestão do presidente do Banco Central e promete nova abordagem econômica

Nesta sexta-feira (28/06), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que, quando tiver a oportunidade de indicar o próximo presidente do Banco Central (BC), pretende estabelecer uma "nova filosofia" para o país. Segundo ele, o atual presidente da entidade, Roberto Campos Neto, não está cumprindo adequadamente suas responsabilidades.

Lula afirmou em entrevista ao jornal O Tempo, de Belo Horizonte, que a inflação está controlada, dentro da meta de 4%, e destacou a reserva de R$ 355 bilhões que foi constituída durante seu governo, junto com Dilma, para proporcionar estabilidade econômica ao país. Ele argumentou que, diante dessa estabilidade, não há justificativa para manter os juros tão elevados.

Lula ainda enfatizou que o presidente atual da República não deveria entrar em conflito com o presidente do Banco Central, pois este foi nomeado pelo governo anterior e compartilha uma visão ideológica semelhante. Na opinião de Lula, o presidente do BC não está executando suas funções da maneira correta.

Foto: Ricardo Stuckert / PRPresidente Lula

“De qualquer forma, ele tem um mandato. Até dezembro, ele é presidente do Banco Central. Somente a partir daí é que vou escolher o meu presidente do Banco Central. Vou escolher uma pessoa que seja responsável. Com uma pessoa que é responsável, o presidente da República não vai ficar dando palpite. ‘Baixa os juros. Aumenta os juros’. Não. Tem que confiar que a pessoa que está lá tem competência para fazer as coisas.”

Na entrevista, Lula disse ainda que o dólar está subindo porque há especulação com derivativos na perspectiva de desvalorizar o real. “O Banco Central tem obrigação de investigar isso. Foi isso que falei e vou continuar falando. Se um presidente da República, que foi eleito, não puder falar, quem vai falar?”

“A taxa de juros de 10,5% é irreal para uma inflação de 4%. É isso. É importante todo mundo saber. Agora, não sou do Conselho Monetário Nacional, não sou diretor do Banco Central. Isso vai melhorar quando eu puder indicar o presidente que vai para o Banco Central. E a gente vai construir uma nova filosofia.”

Fonte: Agência Brasil

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