Campo Maior -

Um golpe no Hino de Campo Maior

Há cerca de cinco anos, uma polêmica em torno do hino de Campo Maior vem se avolumando na cidade. O hino é tido como um plágio por alguns cidadãos, que buscam derrubar, ou dar um golpe no hino municipal de Campo Maior, já que o termo "golpe" está na boca de muitos socialistas do nosso tempo.

A polêmica nunca foi aceita pela maioria dos cidadãos, que se portaram sempre contrários à toda tentativa de eliminar o hino, cantado a gerações. O plágio, segundo alegam os revolucionários, é que a letra do hino de Campo Maior é igual a do hino da cidade de Uruçuí, e de fato é, inclusive a melodia (música). São muitas as semelhanças na letra, e a melodia é idêntica, baseada numa homenagem que a dupla Tonico e Tinoco fez à cidade e Campo Grande. Embora a letra dos dois hinos não sejam idênticas, há muitas linhas iguais. Quem fez primeiro?

O hino de Campo Maior é muito querido, isso é um fato facilmente verificável na cidade. Mas a questão realmente é a acusação de plágio, e mais sério ainda, a anulação de um hino que vem sendo entoado por famílias há pelo menos duas gerações, ou três. Imagine se a classe política brasileira, a Câmara dos Deputados e o Senado decidissem mudar o hino nacional do Brasil, você aceitaria isso de bom grado? Você poderia imaginar se algumas pessoas começassem a sugerir que o hino do Brasil deve ser substituído porque ele é um plágio?

Se um plebiscito (consulta sobre questão específica, feita diretamente ao povo, geralmente por meio de votação do tipo sim ou não) fosse proposto no país perguntando se o hino do Brasil deve ser substituído, como o povo brasileiro se posicionaria? Sem dúvidas, poucos brasileiros iriam aceitar tal infâmia. Talvez os militantes marxistas e comunistas abraçassem a ideia, já que não o menor amor à pátria por parte deles, e nem respeito ao símbolos nacionais.

Para ser mais claro, caso o leitor não saiba, o hino brasileiro também é acusado de plágio. A revista VEJA publicou uma reportagem de Celso Masson, com o título: “Até tu, Francisco?” e com o subtítulo: "E essa agora: estudiosos sérios [sic] suspeitam de que o Hino Nacional é um caso de plágio". Isso mesmo, o hino nacional, o "Ouviram do Ipiranga..." pode ser um plágio. É capaz dos marxistas sairem às ruas, vestidos de vermelho e com as bandeiras da CUT, como sempre fazem, e pedir a queda do hino brasileiro também.


A reportagem de Veja traz o seguinte trecho: “Vários musicólogos brasileiros se debruçam, hoje em dia, sobre uma hipótese cada vez mais plausível: a de que o Hino Nacional, única faísca de brilho na fosca obra de Francisco Manuel da Silva, é, na verdade, cópia de um tema do padre José Maurício Nunes Garcia. A suspeita ganhou corpo em Juiz de Fora, em 1995. Durante o festival de música colonial da cidade, o mais importante do país na área do barroco, o maestro carioca Sérgio Dias executou, com orquestra e coro, um ofício religioso de autoria do padre José Maurício, Matinas de Nossa Senhora da Conceição. A platéia, composta em sua maioria de especialistas, ficou estarrecida. Havia um trecho incrivelmente semelhante ao Hino Nacional. De lá para cá, vários estudiosos começaram a estudar o assunto e os primeiros resultados estão saindo agora”.

Mas espere um pouco leitor, tem mais! Não só o hino brasileiro é acusado de plágio, há dezenas de países cujos hinos são também acusados de serem cópias. Existe alguns países, inclusive, cuja a música é a mesma, pasmem! Alguns exemplos: Uruguai, Argentina, Bósnia, África do Sul, Liechtenstein, Estônia, Finlândia e Israel. Todos esses países tem seus hinos questionados. O estudo é de Alex Marshal, no livro Republic or Death! Além desses países, ha um número ainda maior de cidades brasileiras e estrangeiras que também são questionadas. Realmente são muitas, e não irei citar os casos, apenas desperto o leitor para esse fato.

Mais uma informação importante para juntarmos todos as peças do quebra cabeça, ou, da proposta de desconstruir nosso símbolo municipal, o hino de Campo Maior. Nas últimas semanas fomos informados que vários monumentos históricos estavam sendo ameaçados por propostas de movimentos socialistas, ligados às ideias chamadas de Marxismo Cultural, de serem removidos. O caso emblemático foi em Charlottevilles (EUA), onde grupos esquerdistas estavam tentando remover a estátua do general confederado Robert Lee. A estátua é um símbolo e um lugar de memória. É um monumento que lembra fatos históricos, sejam eles agradáveis ou não, corretos ou não, conforme o julgamento popular.

Retirar a estátua significa "apagar a história", acabar com um lugar de memória é o mesmo que rasgar livros de história. Imagine se surgisse a proposta de demolição do monumento aos Heróis do Jenipapo, em Campo Maior. As gerações seguintes começariam a esquecer essa história patriótica. Aliás, os monumentos existem justamente para nos fazer lembrar.

O que se passa em Campo Maior, ao meu ver, é algo semelhante e marcado com o mesmo padrão ideológico. Sejam os proponentes cientes ou não disso, eles seguem a cartilha do marxismo cultural à risca. Espero que a Câmara dos Vereadores não cometa a loucura de mudar o hino de Campo Maior por pressão de alguns poucos campomaiorenses (nem todos são campomaiorenses). 

Eu nem vou falar em cidades que tiveram o nome plagiadom e Campo Maior também é um plágio de Portugal, portanto, logo logo esses mesmos ideólogos desejarão mudar o nome de Campo Maior. Até o nome das pessoas, que são iguais devem ser mudados, assim, toda cidade terá apenas um João, apenas um Fernando... 

Fonte: None

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