Sociedade civil entrega recomendações sobre tributação internacional ao G20

Em um passo significativo para a governança tributária global, organizações da sociedade civil que integram o G20 Social apresentaram à Trilha de Finanças do Fórum um documento com onze recomendações, destacando a necessidade de políticas fiscais orientadas pelos direitos humanos e pelo enfrentamento à crise climática. O documento, entregue nesta quinta-feira (23/5) em Brasília, enfatiza a urgência da taxação dos super-ricos e da cooperação internacional para o financiamento climático.

Foto: Reprodução/ G20 (Foto: Diogo Zacarias/MF)

Em ato simbólico, Nathalie Beghin, do Inesc, entregou documento ao G20 Brasil. Economista esteve diretamente envolvida na elaboração das recomendações.

Nathalie Beghin, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), elogiou a iniciativa da presidência brasileira de envolver a sociedade civil nas discussões sobre soluções para desafios globais. "É importante construir espaços interativos para canalizar demandas e formular propostas, garantindo a responsabilização e a participação social na cooperação internacional sobre política fiscal", afirmou a economista.

O Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, que recebeu o documento, ressaltou a relevância das propostas para promover mudanças estruturais na tributação internacional. Ele destacou que a desigualdade no Brasil reflete uma tendência global e posicionou o país como um "laboratório do que precisa mudar". Haddad também sublinhou a importância de repensar as instituições e organismos multilaterais para enfrentar os desafios atuais, especialmente em relação à concentração de riqueza e à crise climática.

Foto: Reprodução/ G20 (Foto: Diogo Zacarias/MF)

Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, ressaltou a importância do Brasil como modelo para mudanças estruturais e propostas de reformulação de instituições e práticas fiscais globais.

"A proposta é reunir elementos da academia e da política para que a solução seja desenhada por muitas mãos", disse Haddad, reforçando o compromisso do Brasil em encontrar soluções cooperativas para a taxação dos super-ricos. Ele concluiu destacando a necessidade de reposicionar as instituições globais para abordar eficazmente os desafios compartilhados pela humanidade.

As recomendações entregues incluem medidas para fortalecer a cooperação internacional e financiar ações contra a crise climática, sublinhando a importância de políticas fiscais justas e sustentáveis para um futuro mais equitativo e resiliente.