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Energéticos podem desencadear arritmia e outros problemas, alerta médicos

A onda dos energéticos cresce a cada dia no Brasil, principalmente entre os jovens. Misturado a bebidas alcoólicas ou não, os energéticos vêm sendo consumido sem moderação. Mas, este consumo indiscriminado pode trazer sérios riscos para a saúde.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia endossou um trabalho da Organização Mundial da Saúde - OMS, que afirma que o aumento do consumo de energéticos pode representar perigo para a saúde pública, especialmente para os jovens. O presidente eleito do Grupo de Estudos de Cardiologia do Esporte da SBC, Daniel Jogaib Daher, diz que campanhas feitas nos mesmos moldes das propagandas de cigarros feitas no passado elevaram muito o consumo de energéticos entre jovens e adolescentes no Brasil.

Segundo o médico, o jovem relaciona o energético com desempenho físico e psíquico elevado e usa a bebida nas academias, em festas, durante caminhadas, corridas e quando se exercita em bicicletas. O perigo existe por causa da presença de cafeína, taurina, ginseng e guaraná, entre outros ingredientes. Esses componentes estão nos energéticos "em quantidade que excede bastante o recomendado para consumo saudável pelos órgãos de saúde", diz Daher, e podem desencadear arritmia "mesmo em pessoas sem nenhuma doença conhecida do coração".

O estudo, publicado na revista Frontiers in public Health, explica que logo após a ingestão o problema é a cafeína, mas novos estudos indicam que a médio e longo prazo os efeitos podem ser cumulativos.
O problema maior é o consumo em baladas, como se fosse um refrigerante, explica Daniel Daher, pois "como são na verdade estimulantes neuropsíquicos, os energéticos podem ser muito deletérios para o corpo", principalmente se tomados juntamente com bebidas alcoólicas.

Pesquisa correlata da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos mostrou que os energéticos respondem por 43% do consumo de cafeína entre as crianças "O que é grave, pois o organismo infantil não consegue metabolizar a cafeína como o de um adulto", completa Daniel Daher. Cerca de 18% das crianças europeias com menos de 10 anos tomam esse tipo de bebida e, entre os adolescentes, o índice aumenta para 68%.

Os pesquisadores identificam como efeitos possíveis do consumo de energéticos as arritmias, hipertensão, estimulação do sistema nervoso central, vômitos, acidose metabólica, convulsão, parada cardíaca e mesmo morte. Nos adultos a bebida tende a aumentar o risco de hipertensão e de diabetes, já que a cafeína reduz a sensibilidade à insulina e aumenta o risco de aborto espontâneo.

Fonte: com informações do Sua Dieta

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