Revista Revestrés faz homenagem ao professor Marcílio Rangel

A 36ª edição da Revista Revestrés fez uma homenagem ao professor Marcílio Rangel, uma símbolo da educação do estado e que tornou o Instituto Dom Barreto uma referência nacional.

Professor de matemática e paraibano natural de Taperoá, dedicou sua vida a formar cidadãos críticos e éticos, buscando o máximo de excelência no ensino. Em 1978, aos 22 anos, mudou-se para Teresina-Piauí, onde começou a lecionar no Instituto Dom Barreto. Após seis anos, tornou-se diretor. 

Marcílio morava em uma casa nos fundos da escola, e tinha devoção especial por São Francisco. Era conhecido pela forma como se doava para seus alunos. Sua ternura cedia lugar para o rigor quando via necessidade de ser mais firme. Sua forma de pensar o magistério tornou-o referência e um marco para a educação piauiense. Sempre trabalhando com amor, não abria mão da qualidade.  

Respeitado e querido, certa vez foi questionado porque sempre carregava, na carteira, uma foto de quando era menino. Respondeu: “é para eu não esquecer do que um dia eu fui”. 

Todos os dias recebia os pequeninos no portão com um beijo na testa. As feições sérias tentavam esconder o coração mole daquele menino, que sentava no chão da escola para brincar com as crianças. 

Por acreditar que a educação é a principal ferramenta para a mudança da realidade, inaugurou, em 1992, a Escola Popular Madre Maria Villac, voltada para atender crianças carentes. Com 26 anos de existência, ela é referência na cidade. O educador também foi responsável pela criação do Projeto Social Casa Dom Barreto. 

A história de Marcílio Rangel foi transformada em memória em 2006, e permanece viva em muitos espaços do Instituto Dom Barreto, e no memorial mantido pela escola. Ali, todos os presentes que o educador recebeu de alunos e amigos ao longo dos anos seguem guardados com carinho.   

(Nome da edição Revestrés#36, maio-junho de 2018).