Medidas econômicas -

Para Alexandre Tombini, Banco Central trabalha para reduzir inflação

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foi ouvido na manhã desta terça-feira (9), por parlamentares que compõem a Comissão Mista de Orçamento da Câmara dos Deputados. Em seu pronunciamento, Tombini alegou que a economia mundial continua complexa, e isso, segundo ele, tem afetado o Brasil. Em suas expectativas para a melhora dessa conjuntura mundial, ele aposta que os países como Estados Unidos, normalizarão a política monetária; já na Europa e Japão, Tombini espera que estes países fação reformas estruturais e a China, grande na economia mundial, deve favorecer o consumo doméstico.

“As perspectivas para 2015 é que os investimentos de capital direto continuem influindo na economia brasileira. Não vislumbro dificuldades para investimentos externos. Teremos a recuperação odo mercado, dos empresários e a confiança dos consumidores”, disse Tombini.

Para o presidente do Banco Central, o trabalho futuro da equipe econômica do governo é retomar a convergência da inflação para 4,5% ao ano. Segundo ele, isso deve começar a surtir efeito daqui a 12 meses. Para ele, não haverá complacência com a inflação. “A inflação vai ser elevada nos últimos 12 meses, pelo realinhamento dos preços domésticos e dos administrados [como energia e combustível] em relação aos livres [definidos pelo mercado]”, afirmou.

No fim de novembro, Tombini foi confirmado à frente do BC por mais quatro anos, junto com a apresentação dos ministros indicados da Fazenda (Joaquim Levy) e do Planejamento (Nelson Barbosa). Na cerimônia, o governo se comprometeu a buscar um superavit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem e de 2% nos dois anos seguintes.

O BC vai divulgar na quinta-feira a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando deve justificar o aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros na última quinta-feira (4), que chegou a 11,75%.

Presença da oposição
O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) aproveitou e disparou sobre o governo Dilma, chamando o de “esquizofrênico”. Para Mendonça, o governo perdeu o boom da economia e não seguiu países com ao China e por descaso atribuem os pecados e todos os fatos negativos, à estagnação econômica internacional.

Mendonça lembrou que dos países da América Latina, apenas Argentina e Venezuela que são geridas por administrações bolivarianas, perderam para o Brasil no desenvolvimento de suas economias. “Vossa Excelência é um sobrevivente de uma equipe econômica que remou contra o Banco Central. Seu esforço foi enorme para segurar o país em condição mínima”, reconheceu Mendonça.

Ainda sobre o governo Dilma, Mendonça Filho ressaltou que tudo que a presidente pegou no início do seu mandato, piorou. “Todos os indicadores econômicos como a divida pública, o quadro de inflação acima da meta com chances de terminar o ano no quadro crítico, a inflação persistente e atormentando a vida do povo. A taxa de juros no início do governo Dilma era de 10% e hoje está em 11,75% ao ano”, alertou Mendonça.

O deputado Mendonça Filho, da oposição, prometeu obstruir a sessão de votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2015, marcada para hoje à tarde no Congresso Nacional.

Fonte: None

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