Faca na educação -

“Brasil, pátria educadora” corta 7 bilhões da educação

Ao tomar posse para um segundo mandato de presidente do Brasil, em primeiro de janeiro, Dilma Rousseff disse que o lema do seu governo seria “Brasil, pátria educadora”. Só que as palavras da presidente ainda pareciam ser de um discurso de campanha, marqueteiro, pois anteontem, passado 7 dias da investida no executivo, Dilma em sua rodada de cortes de despesas para 2015, pesou a mão na educação e tirou-lhe 7 bilhões.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que já levou bronca da presidente, desta vez seguindo o protocolo, alegou que o corte é uma medida preventiva, já que a economia do país não anda bem das pernas.
Depois de fechar 2014 com os piores resultados desde o Plano Real, lançado duas décadas antes, o governo petista promete neste ano uma poupança de R$ 66,3 bilhões R$ 55,3 bilhões na União e o restante nos Estados e municípios-- para o abatimento da dívida pública.

Com quase 40 ministérios, Dilma poderia ter encontrado outras pastas para fazer tamanho corte e investir mais na educação, se é que ela mesma anunciou ser uma prioridade. Se a educação do país não anda bem, assim como a economia, notadamente não seriam os investimentos na educação que permitiriam o cidadão evoluir e com isso produzir mais em favor da economia?

Esperemos que ao menos o governo se preocupe em fiscalizar os investimentos direcionados às escolas do país e evite, por exemplo, que merendas escolares se transformem em uísque. Não adianta os governantes apenas atenuarem os problemas com medidas ultrapassadas, métodos longe da realidade dos alunos.

É ridículo e perigoso ver, por exemplo, escolas com aparelhos de televisão enjaulados no teto das salas de aula, trancadas por cadeados. Se a escola não confia nos alunos, como eles podem confiar na escola e valorizar seus professores? Talvez os investimentos na educação sejam escassos, mas se a questão metodológica não for resolvida temos um risco de nossas crianças não absorverem o conteúdo essencial para suas vidas, os que mais devemos preservar.

Fonte: None

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