Ele pode competir -

Agência Antidoping critica Spider nos Jogos: 'Vai contra a ética esportiva'

A busca de Anderson Silva por uma vaga no time olímpico de taekwondo não foi muito bem recebida pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). O secretário nacional da entidade, Marco Aurélio Klein, confirma que o UFC não segue o código da Agência Mundial Antidoping (WADA). No entanto, mesmo que o lutador esteja apto a competir sob o ponto de vista técnico, ele ressalta uma preocupação diante da questão ética. O Spider anunciou na semana passada que disputará seletivas no peso-pesado (acima de 80kg).

- Para a ABCD, a questão de Anderson Silva competir em outro esporte, diferente daquele no qual está suspenso (no momento, provisoriamente), é acima de tudo uma questão que vai contra a ética esportiva, contra o jogo limpo, contra os princípios do ''olimpismo'' - disse o secretário nacional, por e-mail.

A WADA confirma que os resultados dos exames feitos pela Comissão Atlética de Nevada (NSAC) não influenciam em uma possível participação do Spider em competições oficiais de taekwondo, bem como nos Jogos Olímpicos de 2016. Por e-mail, o manager de comunicação da entidade, Ben Nichols, reiterou que Anderson não está impedido de tentar sua vaga na seleção brasileira da modalidade.

- Nesta instância, o Código Mundial Antidoping não proíbe o atleta de competir no taekwondo no Rio de Janeiro (2016), já que o referido teste não foi conduzido por um signatário do Código. A WADA não tem jurisdição em organizações que não são signatárias do Código Mundial Antidoping - disse o representante da WADA.

Marco Aurélio Klein lembrou que as amostras teriam sido testadas em um laboratório americano que é credenciado pela WADA. Em fevereiro, após sua última luta em Las Vegas, foram divulgados exames feitos pela NSAC em que Anderson apresentava o uso de ansiolíticos e esteroides anabolizantes. Ele está suspenso provisoriamente e aguarda julgamento.

- Anderson testou positivo para o uso de esteroides anabolizantes e, nesta condição, tem vantagem sobre os outros atletas que não fazem ou fizeram o uso desta substância proibida. A nós, não parece a melhor mensagem para os atletas que seguem as regras antidopagem às vésperas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 - afirma Marco Aurélio Klein.

Fonte: Com informações da Globo Esporte.com

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