Competitividade -

Produtores do PI reúnem com ministro e pedem solução para crise no setor sucroalcooleiro

Representantes do setor sucroalcooleiro e parlamentares de mais de 10 estados brasileiros tiveram audiência com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na semana passada, para discutir a adoção de medidas para o incremento da competitividade do etanol nos estados do Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Bahia e Alagoas. Eles solicitaram ao ministro a volta da tarifação de 20% sobre o etanol importado do exterior.

Do Piauí, participaram o diretor industrial da COMVAP - grupo Olho D´água, Luiz Fernando Melo, e os deputados Átila Lira (PSB) e Júlio César (PSD). Segundo Luiz Fernando Melo, o Brasil está recebendo uma exagerada quantidade de etanol vindo dos Estados Unidos. Esse produto é beneficiado com isenção tributária e o Governo Federal vem abrindo mão de uma taxação que era, historicamente, de 20%. “Com isso está ocorrendo uma concorrência desigual com o produtor nacional, especialmente do Nordeste. Assim, as empresas distribuidoras, ao invés de se abastecerem dos produtores daqui, estão fazendo a importação direta de fora”, destaca Luiz Fernando.

Ele destaca que no momento, época de entressafra em todo o país, os estoques estão retidos e o Governo deixa de arrecadar, ao tempo em que acarreta graves prejuízos à produção. Segundo Luiz Fernando, o documento encaminhado ao ministro da Agricultura esclarece que a isenção foi adotada de forma bilateral, pretendendo incentivar a entrada do produto brasileiro nos Estados Unidos. No entanto, ressalta, “ela precisa ser revista, pois estamos privilegiando o produto deles, em detrimento do nosso, além de reduzir a arrecadação federal”.

Baseada em União (50 quilômetros ao norte de Teresina), a Comvap produz cerca 1,14 milhão de toneladas de açúcar e etanol por ano, suficiente para abastecer o mercado interno. O grupo gera mais de 2.500 empregos diretos e cerca de 5 mil empregos indiretos, e se destaca pela utilização de tecnologias modernas para seu funcionamento, prevenção de acidentes de trabalho e estimulo à formação e qualificação dos seus funcionários e o respeito ao meio ambiente, com a preservação de mais de 50 mil hectares.

Fonte: AsCom

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