Defende campanhas mais baratas -

Miguel Rossetto diz que eleitor deve financiar a democracia

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, está em Porto Alegre para participar de um painel promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul sobre reforma política. Antes do evento, em entrevista ao Bom Dia Rio Grande na manhã desta segunda-feira (30/03), ele afirmou que o financiamento das campanhas eleitorais com o dinheiro de empresas é o grande instrumento estimulador da corrupção e disse que quem tem que financiar a democracia é o eleitor.

"É fundamental que o Brasil aproveite a sua experiência e ocupe bem essa oportunidade de interromper o financiamento empresarial para partir de campanhas eleitorais. Esse tem sido um grande instrumento estimulador da corrupção. O Brasil tem construído uma série de legislações no sentido de aperfeiçoar a sua capacidade de combater a corrupção, que é intolerável", avaliou.

Rossetto ainda defendeu campanhas mais baratas e pautadas nas opiniões, nos programas, nas ideias dos partidos e dos candidatos. Segundo o ministro, a ideia da reforma política tem questões importantes para aperfeiçoar, como o controle do eleitor sobre sua representação política. Ele também defende que a participação do cidadão seja valorizada, a fim de que o país tenha uma nova realidade democrática.
"[É preciso] mudar essa página da história do nosso país. Vivermos uma outra democracia financiada pelo cidadão, financiada pelo eleitor, e interrompendo essa triste experiência, onde nós chegamos a um ponto inaceitável. Esse é um tema que eu vou essencialmente apresentar no debate na Assembleia Legislativa", disse.

O debate sobre reforma política na Assembleia Legislativa, que teve início às 9h, também conta com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o vice-presidente da República, Michel Temer, e o governador José Ivo Sartori. Segundo a assessoria do governo do Estado, Cunha e Temer também participarão de um almoço com Sartori e outros convidados no Palácio Piratini. O encontro será fechado para a imprensa.

Com o tema "Reforma Política: Visões para Construir a Mudança", o debate faz parte das comemorações dos 180 anos do Parlamento gaúcho. Eduardo Cunha participa da abertura oficial, que teve início às 9h, junto com Sartori, o prefeito José Fortunati, deputados estaduais e federais e senadores. Já Michel Temer fará o encerramento, às 17h.

Ao longo do dia, em painéis pela manhã e à tarde, estão em debate temas como sistemas eleitorais, financiamento eleitoral e partidário, coligações, voto facultativo, cláusula de desempenho, fidelidade partidária, reeleição e mandato.

Fonte: Com informações do G1

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