Matemática não conseguiu resolver o problema de caixa do Estado do PI

A situação de tranquilidade financeira do Governo do Estado é mera aparência. Apesar de manter a folha de pagamento em dias, os fornecedores têm muito do que se queixar, afinal, boa parte está sem receber. Mesmo com um matemático à frente da Secretaria de Fazenda, a conta não bate, e os débitos são muitos.

Por um lado, o bom relacionamento do governador Wellington Dias tem garantido liberações de empréstimos e financiamentos, estes voltados para investimentos em obras e execução de programas federais.

Os repasses têm garantido fôlego nas contas públicas, no que diz respeito a manter em dia a folha dos servidores. Mas ainda assim, reajustes para as categorias estão cada vez mais difíceis. Os professores da rede estadual, por exemplo, tem na mesa proposta de reajuste parcelado. É o que o Estado pode fazer, a duras penas.

Mas na ala dos fornecedores, o “chorinho” impera. E não é porque estamos em época de Carnaval. Trocadilhos à parte, a fila dos cobradores é grande nos gabinetes. Só sai da conta do governo dinheiro para pagar o essencial. O montante de débitos é impreciso, mas é de certo grande.

Ainda no final de 2016 o governo alertava: vamos pagar o 13º, mas os fornecedores, que esperem. Até então as previsões eram de que até ao fim do primeiro trimestre, apareceriam os sinais de recuperação financeira. Estimativa que pode cair por terra.

- Mesmo com os esforços do matemático Rafael Fonteles, as contas do governo ainda não batem, e falta dinheiro para pagar os fornecedores em dia. Foto: Divulgação/CCOM

Falta dinheiro. Os repasses caíram. E na tentativa de acertar as contas, o secretário Rafael Fonteles ainda apelou para programas de recuperação fiscal e de incentivo à arrecadação. Ainda assim, falta muito para essa conta fechar.

A matemática é simples: já que o Governo Federal subtraiu, a divisão do dinheiro ficou cada dia mais difícil. Multiplicação para somar na conta dos fornecedores, só mesmo ocorrendo um milagre.

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