• Tarcísio é aprovado por 44% e reprovado por 11% após 3 meses em SP, diz Datafolha

    O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem sua gestão no estado de São Paulo avaliada como ótima ou boa por 44% da população e como regular por 39%, enquanto 11% consideram seu desempenho ruim ou péssimo, de acordo com pesquisa Datafolha feita após três meses de mandato.

    O levantamento traz também resultados menos confortáveis para o carioca que chegou ao Palácio dos Bandeirantes com o apoio do então presidente Jair Bolsonaro (PL), quebrando a hegemonia de quase 30 anos do PSDB no comando estadual, e que é apontado como presidenciável para 2026.

    Foto: DivulgaçãoGovernador de São Paulo
    Governador de São Paulo

    Uma parcela de 45% dos paulistas acha que Tarcísio fez pelo estado menos do que eles esperavam. O grupo é maior do que o de entrevistados que pensam que ele realizou exatamente o que era previsto nesse período (37%). Para 12%, o chefe do Executivo superou expectativas e fez mais do que o esperado.

    O instituto ouviu 1.806 pessoas de 16 anos ou mais, em 65 municípios paulistas. Foram entrevistas presenciais, na semana passada, de segunda (3) a quarta-feira (5). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

    Tarcísio, que venceu as eleições no segundo turno com 55,2% dos votos válidos, ante 44,7% do adversário Fernando Haddad (PT), preservou o capital político no interior, onde superou o aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já na região metropolitana da capital, foi Haddad quem venceu.

    De acordo com o Datafolha, a aprovação no interior chega a 47%, enquanto na área metropolitana fica em 41%. As taxas dos que veem o governo como regular são de 36% e 42%, respectivamente. A reprovação ficou parecida (12% na capital e entorno e 11% no restante do estado).

    O interior representa 54% do total da amostra da pesquisa e a região metropolitana corresponde a 46%.

    Buscando se firmar como um representante da direita moderada, com esforços para se distanciar do extremismo bolsonarista, Tarcísio chega aos cem dias de governo nesta segunda-feira (10).

    Nesse período, tentou se equilibrar com acenos à base conservadora que o elegeu e evitou atritos com a esquerda, conquistando certa trégua ao abrir diálogo com Lula e pregar uma relação republicana.

    O governo do presidente foi avaliado como ótimo/bom por 38% dos brasileiros, regular por 30% e ruim/péssimo por 29% na pesquisa nacional feita pelo Datafolha na semana anterior, após três meses de mandato.

    Mesmo entre eleitores paulistas que declaram ter votado no segundo turno em Haddad, o atual ministro da Fazenda de Lula, 33% reconhecem a gestão de Tarcísio como ótima ou boa (17% a julgam como ruim ou péssima, e 45% a veem como regular).

    Embora metade (53%) dos que votaram no petista achem que o governador fez pelo estado menos do que o esperado, 31% pensam que os gestos dele correspondem à expectativa que tinham. Outros 9% dão o braço a torcer e dizem que o candidato rival no pleito de 2022 fez mais do que esperavam.

    O otimismo, naturalmente, tem taxas superiores entre os que preferiram nas urnas o ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro. No grupo de simpatizantes, o índice dos que reputam o governo como ótimo/bom bate 60%. Outros 31% o consideram regular, e 6% o classificam como ruim/péssimo.

    O Datafolha também comparou o desempenho de Tarcísio com o de outros governadores que foram tema de pesquisa do instituto após duração semelhante de mandato. A mais recente foi em 2011, sobre o trabalho de Geraldo Alckmin, à época no PSDB e ainda longe de migrar para o PSB e virar vice de Lula.

    Com seus 44% de ótimo/bom, o atual titular do Bandeirantes tem patamar inferior ao de Alckmin (48%), mas superior aos 39% obtidos por José Serra (PSDB) em 2007.
    Tarcísio, com 11%, possui nível de ruim/péssimo similar ao da lista de antecessores, que inclui ainda Mario Covas (PSDB). O já falecido tucano, que assumiu o estado em 1995, marcou 16% de reprovação na pesquisa da época. Serra também teve 16%, e Alckmin registrou 14%.

    Os 39% de avaliação regular do atual governador estão acima dos 29% de Alckmin e mais próximos dos números de Serra (37%) e Covas (40%). No geral, portanto, os índices do primeiro eleito desde 1994 que não é filiado ao PSDB demonstram aceitação à linha de mudança sem grandes rupturas.

    O antecessor João Doria, que em 2022 renunciou e foi substituído pelo então vice Rodrigo Garcia, não teve a gestão escrutinada pelo Datafolha no primeiro trimestre de 2019.

    Distante do estilo pirotécnico de Doria, Tarcísio manteve no cargo postura comedida. O momento de maior visibilidade talvez tenha sido durante o socorro ao litoral norte após as tempestades que deixaram 65 mortos, em dobradinha com Lula na articulação de medidas emergenciais.

    Com colete e pé na lama, despachando de São Sebastião, o governador ganhou exposição que foi diagnosticada por assessores e conselheiros como positiva para sua imagem.
    Ele também ganhou projeção ao dar marteladas no leilão do trecho norte do Rodoanel, licitação tratada pelo governo como um de seus principais feitos até aqui. Na internet, após viralizar, a cena dividiu opiniões, com detratores classificando o vigoroso gesto como sinal de desequilíbrio.

    Afora escorregões verbais, como a afirmação equivocada de que o autismo em crianças pode passar com o tempo -o que motivou uma retratação-, o chefe do Executivo passou ao largo de polêmicas mais danosas.

    Também driblou crises que poderiam desgastá-lo, a exemplo da proposta de retirar câmeras dos uniformes dos policiais, tema que o pressionou na campanha e entrou em banho-maria diante das evidências de que a iniciativa é mais benéfica do que prejudicial.

    Na análise da pesquisa por segmentos, as taxas de aprovação a Tarcísio se destacam em estratos que tendem a apoiar o governador e seu padrinho político. No segundo turno, Bolsonaro obteve no estado de São Paulo os mesmos 55% de votos colhidos por seu ex-auxiliar, o que indica voto casado.

    Com 44% de ótimo/bom na média, o governador tem 46% entre homens, 53% entre pessoas com 45 anos ou mais, 56% entre pessoas com renda familiar acima de dez salários mínimos, 67% entre empresários e 86% entre simpatizantes do PL, partido de Bolsonaro e que compõe sua base no estado.

    Por outro lado, a taxa de reprovação -11% no geral- é mais elevada entre jovens de 16 a 24 anos (16%), funcionários públicos (17%), os que têm preferência pelo PT (18%) e os autodeclarados pretos (14%).

    No recorte religioso, os percentuais de avaliação estão equilibrados entre católicos (que equivalem a 38% da amostra) e evangélicos (29% do universo pesquisado).

    A opinião de que o governo é ótimo ou bom é compartilhada por 50% dos católicos e 45% dos evangélicos. A classificação como regular é feita por 34% e 39%, respectivamente. E a sensação de que é ruim ou péssimo afeta a mesma proporção dentro das duas vertentes: 10%.

    Católico, Tarcísio se aproximou do público evangélico na campanha, fazendo o périplo por templos e cultos comum aos candidatos em busca de votos. Já no cargo, prestigiou o segmento com a nomeação de auxiliares influentes entre os irmãos de fé, como os secretários Sonaira Fernandes (Políticas para a Mulher), Gilberto Nascimento Jr. (Desenvolvimento Social) e Roberto de Lucena (Turismo).

    Além disso, o governador sancionou um projeto de lei que transformou a Marcha para Jesus, maior evento no calendário evangélico do continente, em patrimônio cultural imaterial do estado.

  • 50% dizem não votar em Bolsonaro de jeito nenhum, ante 45% em Lula, aponta Datafolha

    Uma parcela do 50% dos eleitores não votariam de jeito nenhum no presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto 45% respondem que não escolheriam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (27), a três dias do segundo turno.

    Foto: Reprodução / InstagramBolsonaro segurando arma
    Bolsonaro segurando arma

    No levantamento da semana passada, a fatia que se recusava a votar em Bolsonaro era de 50%, e a que rechaçava Lula era de 46%. Os índices próximos entre eles, em uma das eleições mais acirradas da história do país, são captados após o aumento de ataques mútuos nas últimas semanas. Na guerra de rejeições que marca a campanha, o candidato à reeleição figurou desde o início como o mais indesejado.

    O instituto ouviu 4.580 pessoas em 252 municípios entre terça (25) e esta quinta-feira (27). A pesquisa foi encomendada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo e está registrada sob o código BR-04208/2022 no Tribunal Superior Eleitoral. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, considerando um nível de confiança de 95%.

    Os índices de rejeição a Bolsonaro espelham uma sequência de problemas para sua campanha desde a semana passada, como o ataque a tiros e granadas do aliado Roberto Jefferson, ex-deputado federal pelo PTB, a policiais federais que cumpriam uma ordem de prisão contra ele e o desgaste oriundo da revelação pela Folha do plano do ministro Paulo Guedes (Economia) que muda a política de reajustes do salário mínimo e de aposentadorias.

    Os dois episódios foram explorados pelo PT contra o rival e motivaram uma reação dos bolsonaristas. O presidente já havia sido atacado nos dias anteriores pela fala de que "pintou um clima" entre ele e adolescentes venezuelanas, durante um passeio nos arredores de Brasília, e pelo resgate de um vídeo em que se dizia disposto a comer carne de um indígena morto.

    O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proibiu a campanha petista de associar Bolsonaro à pedofilia e ao canibalismo com base nas duas declarações e também mandou remover conteúdos sobre a proposta do governo de reajustar o salário mínimo abaixo da inflação. As cenas de confronto produzidas por Jefferson, que deixaram dois policiais feridos, também foram usadas para ligar o presidente à violência.

    Já contra Lula pesou a ofensiva do lado oposto para reforçar seus vínculos com a corrupção, ressaltando escândalos da era petista como o petrolão e recuperando a relação do ex-presidente com condenados que foram presos por desvios na Petrobras e também na época do mensalão. Além disso, consolidou-se sobretudo entre evangélicos a mensagem enganosa de que o petista, se eleito, fechará igrejas.

    Entre a semana passada e esta, a rejeição a Lula oscilou 1 ponto para baixo, dentro da margem de erro.

  • Em Minas, Lula tem 45%, e Bolsonaro, 40%; indecisos são 8%, e brancos e nulos, 7%, aponta Quaest

    Em Minas Gerais, um dos estados mais disputados pelas campanhas nesta reta final do segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial, com 45% das intenções de voto, contra 40% do presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta a pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (27).

    Indecisos são 8%, e os que declaram que votarão em branco, anularão ou não irão votar são 7%, indica o levantamento, que é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%..

    Considerando apenas os votos válidos -que excluem os brancos e nulos e são usados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições–, o petista tem 53%, e o presidente, 47%.

    Após a primeira votação, a Quaest incluiu em seus levantamentos um novo cálculo, considerando os eleitores com maior probabilidade de ir votar no próximo domingo (30). Por essa conta, Lula registra um pouco menos dos votos válidos (52,2%), e Bolsonaro, um pouco mais (47,8%).

    Na capital, Belo Horizonte, Bolsonaro teria 43% dos votos totais, enquanto Lula teria 40%. Na região metropolitana, ambos empatariam com 42%, enquanto no interior de Minas Gerais a vantagem do petista é mais ampla, com 45% para Lula e 39% para Bolsonaro.

    A empresa de pesquisa e consultoria ouviu 2.200 pessoas com mais de 16 anos em seus domicílios, de segunda (24) até a noite desta quarta (26). O número do registro na Justiça Eleitoral é BR-09544/2022.

    As campanhas de Lula e de Bolsonaro cantam vitória em Minas, um terreno considerado crucial na definição do resultado.

    Enquanto aliados do presidente dizem que o apoio do governador Romeu Zema (Novo) e a pressão sobre prefeitos do interior já surtiram efeito, petistas dizem que todas essas ações não têm potencial para mover votos de forma significativa e que a distância obtida por Lula no primeiro turno, de cinco pontos percentuais, se mantém.

    Desde a redemocratização, todos os eleitos também triunfaram nas urnas mineiras: de Fernando Collor (1989) a Jair Bolsonaro (2018), passando por Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998), Luiz Inácio Lula da Silva (2002 e 2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014).

    O estado tem o segundo maior colégio eleitoral do Brasil (15,8 milhões), só atrás de São Paulo (33,1 milhões).

    As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.

    Até o instante de apertar o botão na urna, muitas variáveis podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam.

  • Lula tem 48%, e Bolsonaro, 42%; brancos, nulos e indecisos somam 10%, mostra Quaest

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial de segundo turno, com 48% das intenções de voto contra 42% do presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (26).

    No último levantamento, realizado há uma semana, o petista tinha 47%, e o atual mandatário, os mesmos 42%. A diferença entre eles, portanto, oscilou de cinco para seis pontos percentuais. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, considerando o índice de confiabilidade de 95%.

    Os que pretendem votar em branco, nulo ou não votar passaram de 6% para 5%, e os indecisos também continuam em 5%, indica o levantamento, que é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.

    Considerando apenas os votos válidos –que excluem os brancos e nulos e são usados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições–, o petista tem 53%, e o presidente, 47%, mesmo placar da última rodada.

    No primeiro turno, no dia 2, Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro.

    A terceira colocada, Simone Tebet (MDB), ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.
    Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulos para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos que compareceram às seções eleitorais.

    Após a primeira votação, a Quaest incluiu em seus levantamentos um novo cálculo, considerando os eleitores com maior probabilidade de ir votar no próximo domingo (30). Por essa conta, Lula registra um pouco menos dos votos válidos (52,1%), e Bolsonaro, um pouco mais (47,9%).

    O modelo de likely voter (eleitor provável) foi construído a partir de dados do comparecimento real no primeiro turno desta eleição e de pesquisas anteriores da Quaest, que demonstram uma diferença significativa entre a abstenção declarada e a abstenção real.

    A porcentagem de eleitores decididos é numericamente maior entre os que dizem escolher o atual mandatário (94%), em comparação ao petista (92%). Estão em disputa, portanto, 7% dos lulistas e 6% dos bolsonaristas, sem contar os que não responderam.

    A empresa de pesquisa e consultoria ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos em seus domicílios, de domingo (23) até a noite desta terça (25). O número do registro na Justiça Eleitoral é BR-00470/2022.

    Uma das novidades é que a rejeição a Bolsonaro oscilou para cima (de 46% para 49%), após um mês de queda constante. Já os que dizem não votar em Lula de jeito nenhum permaneceram em 43%, indicador estável desde o início da campanha do segundo turno.

    Pela primeira vez, a sondagem incluiu perguntas sobre o principal motivo de rejeição aos dois candidatos. Entre eleitores do petista, 22% citam a agressividade e 16%, a má gestão do atual mandatário. Entre os bolsonaristas, 64% apontam corrupção e a prisão de Lula.

    Outro questionamento feito aos entrevistados aponta que 48% dos que têm a intenção de votar em Bolsonaro o fariam para impedir a volta do PT ao governo, índice que não mudou.

    Enquanto isso, 46% votariam no petista para tirar o atual presidente do poder (eram 41%).
    Entre os eleitores que votaram em Simone Tebet (MDB) no primeiro turno, a maioria (28%) pretende votar em branco, nulo ou abster-se e 26% estão indecisos; outros 25% agora declaram voto em Bolsonaro e 21%, em Lula.

    Já entre os apoiadores de Ciro Gomes (PDT), 38% optam pelo petista e 35%, pelo presidente; 18% ainda não sabem e 8% declaram voto em branco, nulo ou abstenção.

    As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.

    Até o instante de apertar o botão na urna, muitas variáveis podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam.

  • Lula tem 53% dos votos válidos; Bolsonaro, 47%, aponta pesquisa Ipespe

    Pesquisa do Ipespe em parceria com a Abrapel (Associação Brasileira de Pesquisas Eleitorais), feita com entrevistas por telefone e divulgada nesta terça-feira (25), mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) empatados no limite da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
    Lula tem 53% das intenções de votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), enquanto Bolsonaro aparece com 47%. Os números são os mesmos da rodada anterior, divulgada na semana passada.

    Em votos totais, o petista tem 50% das intenções de voto, ante 44% do atual chefe do Executivo. Brancos e nulos foram 4%, e os que não sabem ou não responderam, 2%.
    O instituto entrevistou 1.100 eleitores entre os dias 22 e 24 de outubro e a pesquisa custou R$ 46.200. O nível de confiança é de 95,45%, e o número de registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-08044/2022.

    VOTOS VÁLIDOS
    Lula (PT): 53% (tinha 53% na semana passada)
    Jair Bolsonaro (PL): 47% (tinha 47%)

    VOTOS TOTAIS
    Lula (PT): 50% (tinha 49%)
    Jair Bolsonaro (PL): 43% (tinha 44%)
    Nenhum/branco/nulo: 4% (eram 6%)
    Não sabe/não respondeu: 2% (eram 2%)
    PESQUISA ESPONTÂNEA
    Lula (PT): 47% (tinha 46%)
    Jair Bolsonaro (PL): 43% (tinha 42%)
    Nenhum/branco/nulo: 5% (eram 7%)
    Não sabe/não respondeu: 5% (eram 5%)

    SOBRE O INSTITUTO
    O Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) é uma empresa de pesquisas fundada em 1986 e com sede no Recife. O instituto geralmente faz pesquisas eleitorais por telefone. Operadores ligam para eleitores selecionados conforme a distribuição de todo eleitorado brasileiro e os questionam sobre suas preferências eleitorais.

  • Lula tem 50%, e Bolsonaro, 43%; indecisos são 2%, e brancos e nulos, 5%, aponta pesquisa Ipec

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial de segundo turno, com 50% das intenções de voto contra 43% do presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (24).

    O resultado é o mesmo do levantamento anterior, realizado há uma semana, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. Os que pretendem votar em branco ou anular no próximo dia 30 se mantêm em 5%, e os indecisos, em 2%.

    Foto: Rovena Rosa/EBC e DivulgacaoLula e Bolsonaro
    Lula e Bolsonaro

    No cálculo dos votos válidos -que exclui os brancos e nulos e é usado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições, o resultado também segue inalterado: o ex-presidente tem 54%, e seu adversário, 46%.

    Já na pesquisa espontânea (na qual os nomes dos dois não são lidos ao entrevistado) também há estabilidade. O petista aparece com os mesmos 48% e Bolsonaro, com os mesmos 42%. Brancos e nulos somam 5%, e outros 4% não sabem.

    O Ipec ouviu 3.008 brasileiros de sábado (22) até esta segunda-feira, em 183 municípios do país. A sondagem foi contratada pela TV Globo e o registro na Justiça Eleitoral é BR- 06043/2022.

    As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.

    Até o instante de apertar o botão na urna, diversos fatores podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam, e não um único indicador.

    No primeiro turno, no dia 2 de outubro, Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada, Simone Tebet (MDB), ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.

    Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulos para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos que compareceram às seções.

  • Tarcísio tem 49%, e Haddad, 40%; indecisos são 3%, e brancos e nulos, 8%, mostra Datafolha

    CAROLINA LINHARES

    Tarcísio de Freitas (Republicanos) mantém a vantagem na eleição para o Governo de São Paulo, com 49% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (19). Fernando Haddad (PT) marca 40%.

    Brancos e nulos somam 8%. Há ainda 3% que declararam não saber em quem votar. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando o índice de confiança de 95%.

    O cenário é de estabilidade. Na rodada anterior da pesquisa, divulgada no último dia 7, Tarcísio, que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), tinha 50% das intenções de voto. Haddad, que tem o ex-presidente Lula (PT) como cabo eleitoral, marcava 40%.

    O novo levantamento, contratado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, ouviu 1.806 pessoas, de segunda-feira (17) a esta quarta, em 74 municípios. A pesquisa foi registrada no TSE com o número SP-01542/2022.

    Considerando os votos válidos, Tarcísio tem 55%, e Haddad, 45% -mesmos valores do último levantamento. A totalização de votos válidos, que exclui da conta brancos, nulos e indecisos, é o critério usado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para contabilizar o resultado do pleito.

    Entre eleitores de Lula, 9% votam em Tarcísio e 84% em Haddad. Já entre quem declara voto em Bolsonaro, 90% escolhem Tarcísio e 4%, Haddad.

    Tarcísio marca 40% na região metropolitana e 56% no interior, enquanto Haddad tem 48% na região metropolitana e 33% no interior.

    A intenção de votos de Tarcísio é de 51% entre homens e 47% entre mulheres, enquanto a de Haddad é 40% nos dois grupos.

    No eleitorado católico, 47% votam em Tarcísio ante 43% em Haddad. Os evangélicos se dividem entre 61% para o candidato do Republicanos e 27% para o candidato do PT.

    Entre quem cursou o ensino fundamental, Tarcísio tem 42% e Haddad chega a 48%. Para os eleitores com ensino superior, o bolsonarista marca 52% e o petista tem 39%.
    Haddad tem vantagem entre os pretos (47% a 42%). Tarcísio tem 52% de votos entre brancos, ante 37% do rival.

    Tarcísio marca 45% entre quem tem mais de 60 anos e quem tem de 16 a 24 anos. Sua maior vantagem é na faixa dos 35 a 44 anos, com 54%. Para quem recebe até 2 salários-mínimos, ele tem 40%. E marca 50% entre quem recebe mais de 10 salários-mínimos.

    Haddad soma 45% entre quem tem mais de 60 anos e 42% entre jovens de 16 a 24 anos. O petista alcança 45% entre quem recebe até 2 salários-mínimos e 48% entre quem recebe mais de 10 salários-mínimos.

    O candidato com maior rejeição é Haddad. Não votariam no petista 49% dos entrevistados.

    O índice é de 42% para o bolsonarista. No levantamento anterior, Haddad tinha 51% de rejeição, e Tarcísio, 39%.

    A pesquisa mostra que, enquanto 49% afirmam não votar de jeito nenhum em Haddad, outros 39% indicam que vão votar com certeza nele, 11% talvez e 1% não sabe. Para Tarcísio, são 42% que não votam de jeito nenhum e 42% que votarão com certeza. Outros 14% talvez votem, e 2% não sabem.

    O Datafolha perguntou aos eleitores se eles estão convictos do seu voto ou se ainda podem mudar. A grande maioria (88%) está decidida, e uma minoria de 13% admite trocar de candidato.

    No grupo que vota em Tarcísio, 88% estão decididos e 11% podem mudar. Para Haddad, são 87% os convictos e 12% os que admitem migrar.

    Haddad fica numericamente à frente do rival como segunda opção de voto, com 13% ante 11% de Tarcísio -o que, na prática, significa empate dentro da margem de erro. Na pesquisa anterior, era o bolsonarista quem liderava como segunda opção de voto, com 19% ante 13%.

    Brancos e nulos, no entanto, são indicados por 70% como segunda opção de voto.
    No primeiro turno, Tarcísio terminou à frente com 42,32% dos votos válidos, enquanto Haddad marcou 35,7%. O governador Rodrigo Garcia (PSDB), que terminou em terceiro numa derrota histórica para os tucanos, declarou apoio a Tarcísio e Bolsonaro.

    Tarcísio tem acumulado apoio de prefeitos e de partidos no segundo turno, o que consolida seu favoritismo. Ele e Haddad apostam na nacionalização da campanha paulista, em busca de alavancarem seus padrinhos e serem alavancados ao mesmo tempo.

  • Ipec: Lula tem 50%, e Bolsonaro, 43%; brancos e nulos são 5%, e indecisos, 2%

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial de segundo turno, com 50% das intenções de voto contra 43% do presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (17).

    No levantamento anterior, realizado há uma semana, o petista tinha 51%, e o atual mandatário, 42% -a diferença entre eles, portanto, oscilou de nove para sete pontos percentuais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.

    Os que pretendem votar em branco ou anular no próximo dia 30 se mantêm em 5%, e os que ainda não decidiram seu voto, em 2%.

    No cálculo dos votos válidos -que exclui os brancos e nulos e é usado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições-, o ex-presidente tem 54%, e seu adversário, 46%. Na última rodada, eles tinham 55% e 45%, respectivamente.

    Já na pesquisa espontânea (na qual os nomes dos dois não são lidos ao entrevistado) também há estabilidade. Lula aparece com 48% das menções (eram 49%), e Bolsonaro tem os mesmos 42%. Brancos e nulos somam 6%, e outros 4% não sabem.

    A sondagem ouviu 3.008 brasileiros pessoalmente em 184 municípios do país, de sábado (15) até esta segunda. Foi finalizada, portanto, após o primeiro debate do segundo turno, realizado neste domingo (16) por Folha de S.Paulo, UOL, Grupo Bandeirantes e TV Cultura.

    O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR-02707/2022.

    Os entrevistados que dizem estar certos de sua escolha agora são 93% (eram 94% na semana passada), enquanto os que ainda podem trocar de candidato somam 7% (eram 6%), tanto para os eleitores de Lula quanto para os de Bolsonaro.

    O presidente continua com a maior taxa de rejeição, apesar de ela ter oscilado negativamente: 46% dizem que não votariam nele de jeito nenhum, contra 48% na semana passada. Já a recusa a Lula variou de 42% para 41% agora.

    A pesquisa indica ainda um aumento dos que avaliam o atual governo como regular, de 19% para 23%. Os que o consideram bom ou ótimo passaram de 38% para 37%, enquanto os que o veem como ruim ou péssimo oscilaram de 41% para 39%.

    As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.

    Até o instante de apertar o botão na urna, diversos fatores podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam, e não um único indicador.

    O presidente Jair Bolsonaro, aliados e apoiadores têm criticado os institutos de pesquisa pelas diferenças entre os dados dos levantamentos feitos em dias anteriores à votação do primeiro turno e o resultado da eleição divulgado pelo TSE.

    No primeiro turno, no dia 2 de outubro, Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada, Simone Tebet (MDB), ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.

    Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulos para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos que compareceram às seções.

    Lula foi o mais votado em todo o Nordeste, em Minas Gerais e em quatro estados do Norte. Já Bolsonaro ficou à frente no Sul e no Centro-Oeste, em três estados do Sudeste e em outros três do Norte.

  • Lula tem 49%, e Bolsonaro, 44%; brancos e nulos somam 5%, e indecisos, 1%, aponta Datafolha

    Apesar da escalada de ataques de lado a lado, a disputa pela Presidência no segundo turno segue estável. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente com 49% dos votos totais, ante 44% do atual ocupante do Planalto, Jair Bolsonaro (PL).

    É o que mostra a mais recente pesquisa do Datafolha, que fotografa esta etapa da corrida e não necessariamente prediz a votação dos rivais. O instituto ouviu 2.898 pessoas em 180 cidades, na quinta (13) a sexta-feira (14), em levantamento encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo registrado no TSE com o número BR-01682/2022. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

    Há 1% de indecisos e 5%, de brancos e nulos. Há uma semana, o petista tinha 49%, o presidente, 44%, não sabiam em quem votar 2% e não iriam escolher ninguém 6%. Os arredondamentos explicam por que há variações em torno de 100%.

    Foto: ReproduçãoLula e Bolsonaro
    Lula e Bolsonaro

    A Justiça Eleitoral exclui da conta para fins de resultado os nulos e brancos -já estão fora, obviamente, aqueles que não foram votar, cerca de um quinto do eleitorado no primeiro turno.

    São os chamados votos válidos: nesta pesquisa, assim como na anterior, Lula obteve 53% e Bolsonaro, 47%. Na disputa do dia 2 passado, haviam colhido 48,4% e 43,2%, respectivamente.
    Com a margem de erro, Lula pode ter de 47% a 51% dos votos totais, que incluem os nulos, brancos e indecisos. Bolsonaro, de 42% a 46%. No primeiro turno da eleição, o petista teve 44,3% dos totais e Bolsonaro, 39,5%.

    Na pesquisa espontânea, quando as opções não são apresentadas ao eleitor, Lula lidera com 46% e vê o "candidato do PT" citado com 2%. Já Bolsonaro tem 41% e a citação a seu número, 22, tem 1%. Brancos e nulos são 6% e indecisos, 3%.

    O bom desempenho de Bolsonaro na reta final da campanha do primeiro turno, quando colheu o voto útil dos apoiadores de Ciro Gomes (PDT) e de parte dos indecisos, por ora não se converteu em um avanço maior na disputa final. Seguem convictos de sua opção 93% dos eleitores, índice que baixa a 77% entre aqueles que hoje pretendem anular ou deixar o voto em branco.

    Ciro ficou em quarto lugar no primeiro turno com 3% dos votos válidos e seu partido apoia agora Lula. Entre seus eleitores de primeiro turno, 40% vão de Lula, 31% de Bolsonaro e 24%, nenhum deles. A terceira colocada (4,2% dos válidos), Simone Tebet (MDB), aderiu ao petista e já gravou participação em seu programa. Os índices de adesão no segundo turno de seus apoiadores se assemelham aos de Ciro: 41% com o petista, 29% com o presidente, 22% com ninguém.

    A estabilidade do quadro não reflete o aumento da tensão na campanha. Nesta semana, ambos os candidatos levaram ataques pessoais pesados que estavam em redes sociais para o horário obrigatório de rádio e TV.

    A propaganda do presidente tem associado Lula, que ficou 580 dias preso por uma condenação depois anulada da Operação Lava Jato, à criminalidade. Já a petista usou o apoio de acusados de crimes a Bolsonaro e até uma fala em que ele falava em consumir carne de indígena morto.

    Afora o esgoto a céu aberto, de resto uma constante na política brasileira há anos, Bolsonaro ainda patrocinou uma nova investida contra os institutos de pesquisa, a quem acusa de parcialidade. Pedidos de investigação da Polícia Federal e do Cade, contudo, foram barrados pelo TSE.

    O presidente da corte, Alexandre de Moraes, inverteu o processo e pediu a apuração da instrumentalização de órgãos de Estado pelo presidente, no que voltou a ser criticado por Bolsonaro.

    De resto, a campanha foi marcada pelo episódio em que bolsonaristas tumultuaram a celebração do dia de Nossa Senhora Aparecida, na quarta (12), gerando confusão dentro e fora do Santuário Nacional no interior paulista. O presidente foi à igreja com aliados, e ouviu críticas indiretas do arcebispo local.

    A gosto da guerra cultural pretendida pelo bolsonarismo, a religião tomou um inusitado papel central nesta etapa da campanha.

    O católico Bolsonaro segue majoritário entre os evangélicos, 27% da amostra populacional do Datafolha, com 65% de intenção de voto, ante 31% de Lula. Aumentou sua vantagem, que era de 62% a 31% há uma semana. Já entre os católicos (52% do eleitorado), o episódio de Aparecida não ampliou a vantagem que o petista, aderente da denominação, já tinha: 57% a 37%, ante 55% a 38% há uma semana.

    O investimento feito pelos dois candidatos no Sudeste, região que abriga 43% de eleitores, viu um quadro estável. Bolsonaro oscilou um ponto para cima, de 47% para 48%, liderando sobre o petista, que permaneceu em 44%.

    Lula tem afinado sua estratégia com a de seu candidato em São Paulo, Fernando Haddad (PT), estado mais populoso onde perdeu para Bolsonaro no primeiro turno. Também buscou apoio no Rio, onde ficou atrás, e pediu votos no Complexo do Alemão nesta semana. Já o presidente coloca seu empenho para reverter a vantagem do petista em Minas Gerais, onde tem o apoio do governador reeleito Romeu Zema (Novo).

    Lula, por sua vez, segue muito à frente na segunda praça mais populosa, o Nordeste (27% da amostra): tem 68% a 27%.

    No mais, o quadro segue com desenho semelhante ao registrado ao longo de toda a corrida. O ex-presidente tem sua força entre os mais pobres, que ganham menos de 2 salários mínimos: tem 58%, ante 36% do incumbente na disputa.

    Para manter sua boa posição na faixa seguinte, a classe média baixa com renda mensal familiar de 2 a 5 mínimos (35% desta amostra), Bolsonaro segue pingando benesses econômicas: houve mais um anúncio de redução do preço do gás esta semana. No segmento, o presidente lidera com 53%, ante 41% de Lula.

    O petista, por sua vez, mantém sua posição mais favorável entre as mulheres, com 51%, enquanto Bolsonaro marca 42%. Elas compõem 52% do eleitorado.

  • Segundo Datafolha, 22% dos que não votaram no 1º turno citam motivo de saúde

    Considerada uma variável chave para o resultado da eleição neste ano, a abstenção chegou a 20,9% dos eleitores no primeiro turno, ou 32,7 milhões de pessoas que deixaram de votar. Segundo pesquisa Datafolha, a principal razão citada para justificar a ausência é a saúde.

    Entre os entrevistados que disseram não ter votado no último domingo (2), 22% responderam que o motivo está ligado a problemas de saúde.

    Uma fatia um pouco menor, de 15%, mencionou como justificativa algum tipo de desinteresse, seja pela eleição como um todo, seja pelos candidatos. Também são 15% os que afirmaram não ter votado porque estavam fora da cidade.

    Para um contingente um pouco menor, de 12% dos que não votaram, a razão para a ausência foi o trabalho. Os que disseram estar sem documentos foram 11%, enquanto 8% afirmaram que o local de votação é muito longe.

    A pesquisa foi realizada de quarta-feira (5) a sexta (7) e tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O instituto ouviu 2.884 eleitores em 179 municípios, num levantamento contratado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo e registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-02012/2022.

    A pergunta sobre os motivos para a ausência era de resposta espontânea -ou seja, não foi apresentada uma lista predefinida de justificativas- e permitia que o entrevistado citasse mais de uma razão.

    O percentual de abstenção deste ano não destoa muito do que se verificou em todas as eleições presidenciais desde 2002, embora seja a maior fatia do eleitorado já registrada.

    De acordo com analistas políticos, taxas de abstenção elevadas tendem a prejudicar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem boa votação entre as parcelas mais pobres do eleitorado.

    Uma dificuldade para analisar as abstenções, porém, é a desatualização do cadastro eleitoral. Das 156 milhões de pessoas aptas a votar, 24% ainda não fizeram o recadastramento biométrico, em que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) coleta assinaturas, fotos e digitais de todos.

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