Quem será o novo presidente do PT, Pedro Calisto ou Assis Carvalho?
Dia 9 de abril vamos ter eleições no PT. Nos municípios brasileiros serão eleitos diretórios e presidentes municipais. Os estados elegerão delegados que, por conseguinte, definirão quem será o presidente estadual e, em junho, os delegados nacionais do PT vão eleger a direção e o presidente nacional do Partido.
Este blogueiro, filiado que é ao diretório municipal do PT de Teresina já definiu seus votos. Para a direção do Partido na capital vou votar no delegado Jetan. E para a direção estadual meu voto será em Pedro Calisto.
Reconheço no petista Assis Carvalho um nome capaz de dirigir o PT com altivez mas acho o Partido grande demais para concentrarmos poder e ações em poucas pessoas. Assis Carvalho já é deputado federal e, portanto, um porta-voz do PT. Na qualidade de deputado federal e desempenhando com firmeza e honradez seu mandato, Assis Carvalho, já muito contribui para o crescimento do PT.
Por sua vez, Pedro Calisto, atual vice-presidente do PT, conhece o Partido e os petistas como poucos. Tem tempo suficiente para dedicar ao PT e, traz, como uma das propostas principais a (re) aproximação dos petistas da base ao dia-a-dia do Partido que de uns tempos para cá (depois que o Partido se parlamentarizou) ficou tão distante.
O PT é uma proposta de vida comunitária. Neste sentido, as tarefas do Partido precisam ser descentralizadas, quem foi eleito para ser vereador, deve exercer a vereança. Quem foi eleito deputado estadual, deve dedicar-se às demandas da Assembléia Legislativa. Quem foi eleito deputado federal, recebeu uma missão super especial que é representar o Partido junto ao País e deve fazer isso com exclusividade. Quem foi eleito para o executivo deve cuidar das prefeituras e governos respectivos. O PT tem militantes forjados no dia-a-dia das suas lutas em condições de presidir o Partido com toda capacidade.
A seguir, um pouco daquilo que pensam Pedro Calisto, Assis Carvalho e suas respectivas chapas:
Pedro Calisto
O PT é da militância!
"Por isso saudamos os lutadores e lutadoras pela democracia, pelos direitos ameaçados pelo golpe, sindicalistas, a juventude das escolas e Universidades, mulheres e homens que não saíram das ruas e praças em defesa do Estado de direito. Saudamos a todos os petistas do interior de Estado e de Teresina. Com vocês estamos, e com vocês queremos fazer o PT, cada vez mais com a cara da gente.
O PT é o principal instrumento político de luta da classe trabalhadora e do povo brasileiro. E precisa avançar!
O PT da militância precisa se colocar à altura dos desafios postos na luta de classes para este período. A classe trabalhadora e o povo brasileiro, que lutamos para representar, sofreram a mais dura derrota de nossa história recente, com a destituição violenta da Presidenta Dilma e com os ataques promovidos pelos golpistas contra os movimentos sociais e a esquerda em nosso país.
O PT da militância precisa se reorganizar para barrar o golpe, defender Lula e a democracia, impedir a revogação de direitos e a redução das liberdades. O PT da militância precisa efetivar o #ForaTemer, que movimenta a generosidade de milhares de pessoas que ocupam as ruas na resistência democrática; para devolver ao povo brasileiro o direito de escolher livremente seu governo. O povo deve decidir. Queremos Diretas Já!
O PT da militância precisa, junto com o governador Wellington Dias, fazer as alianças adequadas para dar continuidade às mudanças que o Piauí precisa. Elaborar para o próximo período um programa para as transformações sociais necessárias no Piauí. Um programa democrático, popular, libertário, que integre as demandas históricas por integração entre as regiões do Estado, democracia e bem-estar social, com as demandas dos segmentos historicamente oprimidos por sua condição social, origem regional, sexo, identidade de gênero, orientação sexual, etnia ou geração.
O PT da militância precisa se diferenciar radicalmente desse sistema político corrompido e corruptor, para derrotar toda forma de corrupção institucionalizada, de privatização do Estado, de financiamento empresarial de instituições públicas, Poderes do Estado e partidos políticos.
O PT da militância precisa superar o burocratismo e a adaptação à institucionalidade, porque descuidou de ser um espaço de participação para milhões de filiados e simpatizantes, chamados no mais das vezes apenas para fazer campanhas eleitorais ou em momentos de eleição das direções partidárias, através do processo viciado em que se transformou o PED, com núcleos, diretórios e setoriais frágeis e incapazes de ser o lugar de formação política e participação cidadã do petismo na condução dos rumos do Partido.
Em que o PT precisa mudar?
O PT precisa mudar para integrar suas estruturas originais e necessárias – direções, núcleos, setoriais – numa estratégia comum. Os mandatos parlamentares e os governos devem ser colocados sob controle e direção coletiva.
O PT precisa construir direções coletivas, colegialidade e corresponsabilidade nas decisões, eliminando o presidencialismo imperial em que muitos de nossos diretórios acabam sem funcionar regularmente.
O PT precisa mudar sua construção partidária com a juventude. Precisamos ter uma Juventude do PT inserida nas lutas sociais da juventude brasileira, que influencie o partido com uma nova energia combativa, com novas pautas e criatividade para atualizar as formas de organização.
O PT precisa retomar a capacidade de organização e mobilização para disputar uma política anti-capitalista, anti-racista e anti-patriarcal. Assim será o Partido capaz de lutar por uma sociedade com igualdade entre mulheres e homens, que retome o esforço de construção de uma política feminista unitária capaz de enfrentar os bloqueios que as mulheres feministas enfrentam quando se propõem a construir, como aqui nos propomos, um partido e um projeto político de esquerda.
O PT precisa mudar construindo novas formas de participação da militância nas decisões do Partido. Queremos superar o PED, não apenas pelas mazelas que o acompanharam nos últimos anos, mas principalmente porque precisamos de uma democracia interna que vá muito além do voto individual. É preciso multiplicar núcleos, setoriais, plataformas e oportunidades de participação por meios digitais, conferências livres, atividades culturais e mecanismos de diálogo permanente com filiados e militantes.
Precisamos de uma estrutura de comunicação, construindo uma rede de meios de comunicação – jornais, revistas, rádios, TVs e redes sociais -, articulados através das mídias digitais, vitaminando nossa relação com uma sociedade que a mídia oligopolizada ao mesmo tempo controla e fragmenta.
O PT deve instituir mecanismos de controle social interno sobre as finanças do partido em todos os níveis de direção, que dê transparência e democratize decisões sobre a aplicação dos recursos arrecadados. O partido deve reafirmar sua posição contra o financiamento empresarial aos partidos e campanhas eleitorais. Precisa construir formas militantes de auto-sustentação e ampliar as formas públicas de financiamento da democracia e dos Partidos.
O PT vai mudar ao criar condições para organizar o petismo disseminado na sociedade para fazer frente ao crescimento do fascismo e do obscurantismo nesta conjuntura tão aguda. Reafirmamos que essa plataforma de esquerda deve incorporar a defesa intransigente de um feminismo socialista, da igualdade entre mulheres e homens, de combate à opressão étnico-racial, as discriminações da sexualidade e da desigualdade social."
Assis Carvalho
Unid@s Pelo Piauí
O partido deve se colocar o desafio de rever sua estrutura, dinamizar suas instâncias, suapolítica de formação e comunicação para que, como um partido de massas, ao lado dosmovimentos sociais, esteja à altura de defender as conquistas e os direitos da maioria denosso povo e retomar um programa voltado à realização da justiça social e do fortalecimentoda democracia.
Defende o fortalecimento, a partir da unidade partidária, da unidade da esquerda e das forçaspopulares, visando ampliar a oposição ao programa neoliberal e em defesa dos direitos dostrabalhadores.
Expressa compromisso com os homens e as mulheres, trabalhadores e trabalhadoras – detodas as gerações e de todas as regiões do país que lutaram contra o golpe, em defesa dademocracia e do cumprimento do mandato da presidenta Dilma, que lutam pela garantia dedireitos sociais e políticos contra todas as formas de violência e repressão.
Compromete-se com o fortalecimento dos setoriais e secretarias de Juventude, Mulheres,Negr@s, LGTB, Pessoas com Deficiência, Cultura, Sindical e outros movimentos sociais epopulações, compreendendo suas demandas, encampando suas bandeiras e empoderando-o(a)s.
É compromisso meu e da chapa fazer a defesa do PT e dos movimentos, que têm sido criminalizados, destacando o legado das conquistas sociais que o partido ajudou a construir como agremiação e como governo no Piauí e no Brasil;
Dinamizar o processo de formação permanente para qualificar mais os quadros, usandoferramentas modernas de educação à distância e encontros presenciais.
Fortalecer as regionais existentes, garantindo que tenham estrutura de funcionamento. Parademocratizar mais a gestão, propõe a criação de um conselho estadual a partir doscoordenadores regionais, para ouvi-los de forma permanente e assegurar que participem dasdecisões do partido.
Enquanto organização partidária, fortalecer uma linha de comunicação junto aos movimentossociais e à sociedade, a fim de restabelecer a história de construção positiva do PT.
Ter o PT fundado e forte nos 224 municípios do Piauí.
Reafirma a necessidade da presença do partido em todos os municípios, nos atos de governo,com ações e projetos em que os militantes participem.
Defende a construção de uma Executiva forte, que tenha inserção e representatividade junto àsociedade, com capacidade de articulação e firmeza nos diálogos com outras agremiaçõespartidárias, mantendo uma relação respeitosa com outros partidos ao tempo em que garantaos espaços conquistados pelo PT nas urnas.
Pretende fortalecer a relação do partido com os governos e os parlamentares em todas asesferas, os demais partidos, os movimentos, a sociedade – evitando o isolamento.
Propõe manter uma relação direta com a sociedade, trabalhadores, o eleitor e a eleitora semfiliação partidária - sem desmerecer os partidos -, priorizando a aliança com o povo.
Reafirma a candidatura à reeleição do governador Wellington Dias, a manutenção da vaga aoSenado conquistada por nosso partido e a ampliação da presença no Parlamento Federal eEstadual, compreendendo a necessidade de alianças proporcionais, mas analisando as forçaspartidárias para fazer ou não coligação. A meta é ter, pós-eleições 2018, uma base sólida paranão precisar recorrer, para garantir governabilidade, a adversários do nosso projeto.
Reafirma a luta:
Fora Temer!
Contra o desmonte da Previdência!
Contra a reforma trabalhista!
Nenhum direito a menos!
Não às privatizações!
Pela antecipação de Eleições Diretas!"
Fonte: None