• Encerro meu trabalho no 180graus agradecendo profundamente seu diretor presidente Helder Eugênio

     

    Coincidentemente um dia após a eleição presidencial na qual vimos a derrota do petista Fernando Haddad e a vitória de Jair Bolsonaro escrevo minha última postagem no 180graus.

    Havia acertado com o diretor-presidente do 180graus, Helder Eugênio, que encerraria hoje meus trabalhos no portal.

    Sobre as eleições, tratarei noutro momento e noutro canal.

    Agora, quero agradecer a todos os profissionais do 180graus que me acolheram e foram verdadeiros colegas. Em especial meu agradecimento ao Jhone Sousa – editor chefe. Suas orientações foram fundamentais para o meu trabalho. Obrigado, Jhone!

    E o grande agradecimento devo dar a Helder Eugênio! O conheci em 2002, quando o PT ganhou a primeira eleição governamental no Piauí.

    Neste tempo todo mantivemos uma relação profissional de muito respeito um pelo outro. Aprendi muito nestes anos todos de convívio com ele. Helder Eugênio tem meu reconhecimento.

    Não frequento a casa de Helder, nem sua vida pessoal, mas o considero um amigo.

    Foi correto comigo enquanto fui gestor da Secretaria de Comunicação do governo. Depois, ao sair do cargo, mantivemos uma relação de consideração um pelo outro e, nos últimos 19 meses, foi um patrão super-correto comigo.

    Neste tempo todo nunca me procurou para fazer uma ressalva sequer sobre algo que eu havia escrito – tudo aquilo que um comunicador espera do seu empregador.

    Agora, aguardo uma oportunidade apenas para novos bate-papos regrados ao café e às frutas que ele sempre oferece.

    As oportunidades virão!

    Até lá... um abraço e muito obrigado, Helder Eugênio.

     

  • Universidades são das primeiras vítimas da censura que se instala no Brasil por ordem da Justiça

    Do facebook de Maria Caramez Carlotto

    No dia 23 de outubro de 2018, agentes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro entraram na Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, para retirar uma faixa contra o fascismo por ordem judicial "verbal" da Juíza Maria Aparecida da Costa Bastos. Na mesma ocasião, interromperam aulas e vistoriaram salas e espaços estudantis.

    No mesmo dia, o TRE/RS, por ordem do juiz Rômulo Pizzalatti, proibiu a realização de uma aula pública contra o fascismo e em defesa da democracia que ocorreria na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    No dia 24 de outubro, a juíza da 30a. Zona Eleitoral de Belo Horizonte notificou a Universidade Federal de São João Del Rei para que ela retirasse do seu portal uma nota pública "a favor dos princípios democráticos e contra a violência nas eleições presidenciais de 2018".

    No 25 de outubro, hoje, a sede do Sindicato dos Profissionais da Educação (SEPE) foi invadida pelo TRE para a retirada de um material da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) que comparava as propostas de educação dos dois candidatos a presidência da república.

    Mais cedo, uma ordem judicial mandou suspender uma atividade contra o fascismo que ocorria no centro de convivência da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) por iniciativa do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

    Nesse mesmo dia, o TRE da Paraíba invadiu a Universidade Estadual da Paraíba para a retirada de uma faixa com os dizeres "menos armas, mais livros".

    Essa escalada culminou em um mandado de busca e apreensão na Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), expedido pelo juiz eleitoral Horácio de Melo Junior, tendo como objeto um panfleto intitulado "Manifesto em defesa da democracia e da universidade pública".

    Está claro que essas ações relativamente orquestradas têm como objetivo central intimidar as universidades públicas, ambientes marcados pela liberdade de expressão e de pensamento, pelo embate de ideias e pela defesa dos princípios constitucionais do país, hoje ameaçados. Está claro, ainda, que essas ações exigem uma reação imediata e firme de todas as entidades representativas da área da educação, ciência e tecnologia, bem como de associações científicas e profissionais preocupadas com a preservação da autonomia universitária e das liberdades democráticas. Se não reagirmos imediatamente, essas ações serão naturalizadas, assim como naturalizadas estão as inúmeras violações à democracia que estamos vendo no país. A hora é de muita firmeza e responsabilidade.

  • Tucanos do Piauí se acovardam, mas o veterano Alberto Goldman dá exemplo do que é a boa política

     

    Dia 10 deste mês fiz artigo indagando qual seria a posição de Firmino Filho neste segundo turno: se declararia voto em Fernando Haddad ou Jair Bolsonaro! Veja aqui.

    Logo em seguida, o mandatário de Teresina vinha a público e afirmava que faria como Pilatos, quando da escolha entre Jesus e Barrabás: lavaria as mãos!   

    É uma tristeza! Já não se faz tucanos como antigamente - casos de Mario Covas, em São Paulo, e Wall Ferraz, em Teresina.

    Aqui, o prefeito de Teresina preferiu ficar onde sempre esteve, em cima do muro, na comodidade, pensando no que era melhor para si e não para o país, enquanto o candidato tucano derrotado ao governo do Piauí, Luciano Nunes, mal fechada a última urna, declarava apoio explícito a Jair Bolsonaro.

    A nível nacional o maior dos tucanos, Fernando Henrique Cardoso, está como muita vontade de declarar apoio a Haddad, mas alguém segura suas asas. Já o ex-governador de São Paulo, tucano de carteirinha, ex-presidente do PSDB e ferrenho opositor ao PT, prefere votar em Haddad que eleger a direita raivosa. 

    Alberto Goldman, declarou hoje voto no PT e em Fernando Haddad. 

    E eu, que no segundo turno de 2012, entre Firmino Filho e Elmano Ferrer, escolhi o tucano, me sinto na condição de fazer um pedido:

    - Firmino Filho, devolva meu voto! 

      

     

  • Disparada na rejeição de Jair Bolsonaro abre espaço para virada de Fernando Haddad

    Do Brasil 247

    Os brasileiros começam a reagir e rejeitar os discursos ditatoriais do candidato Jair Bolsonaro, que ameaçou prender ou expulsar do País os seus opositores, e à ameaça de fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), feita pelo seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL). 

    Segundo a pesquisa Ibope divulgada nesta noite, a rejeição ao candidato da extrema-direita subiu cinco pontos em uma semana, saindo de 35% para 40%. Nos votos válidos, Bolsonaro caiu dois pontos, indo para 57%, e nas menções espontâneas a queda é de cinco pontos percentuais, de 47% para 42%. 

    Já o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad aparece em alta: subiu dois pontos nos votos válidos, de 41% para 43%, e viu sua rejeição cair seis pontos, de 47% para 41%. Crescimento do petista ocorre na intensificação do contato com os eleitores e na adesão de líderes de diversos segmentos da sociedade.

    Nos votos totais, Jair Bolsonaro tem 50% e Fernando Haddad (PT) tem 37%. Votos brancos e nulos somam 10% e indecisos, 3%. 

    O desafio faltando apenas cinco dias para a eleição é tirar 6,5 pontos de Bolsonaro até domingo. Há horizonte para a virada e para vitória da democracia na reta final. 

  • Eles estão no Supremo, disputam a presidência, eles estão de volta: Brasil uma 'democracia' militar

     

    O filho de Bolsonaro disse que um soldado e um cabo fechavam o STF, mas... que fazem lá os generais?

    O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, nomeou para seu assessor o militar da reserva Fernando de Azevedo e Silva – uma indicação do general Villas Boas que é Comandante do Exército Brasileiro.

    A ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Federal Eleitoral (aquela que disse que as instituições estão funcionando normalmente) dá uma coletiva no TSE tutelada pelo general Etchegoyen. Sérgio Westphalen Etchegoyen é um general do Exército Brasileiro e atual Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência do Brasil. É neto do general Alcides Etchegoyen, membro do Clube Militar que atuou no Estado Novo contra Getúlio Vargas.

    Em 1964 foi também mais ou menos assim. O movimento contra João Goulart foi organizado por civis (pessoas físicas e jurídicas), os militares apenas davam apoio. Senhoras católicas fizeram pregações cristãs, o proeminente político Carlos Lacerda bradava calorosos discursos, os empresários se cotizavam e bancavam o movimento, todos se encontraram na famosa Marcha da Família com Deus pela Liberdade.

    Veio 31 de março, Jango foi declarado ausente do Brasil apesar de estar em terras brasileiras, o STF se calou e quem assumiu a presidência da República foi um General – o cearense Castelo Branco. Daí em diante, todos sabem do ocorrido.

    Agora, para a presidência da República temos dois militares aposentados, o capitão Jair Bolsonaro – candidato a presidente, e o general Hamilton Mourão – candidato a vice.

    Daqui a uma semana a história pode voltar a se repetir com um aspecto diferente, agora homologada pelo voto popular.

    Ameaças, agressões, mortes JÁ estão acontecendo antes mesmo de Bolsonaro ser ungido pelas urnas – imagina quando!

    Seu filho já decretou: basta um soldado e um cabo para fechar o Supremo. Mas um Supremo tutelado por generais precisa ser fechado?

    O capitão - concomitantemente ao filho aventar fechar o Supremo - ameaçou a oposição, ou saem do país ou serão todos presos.

    Domingo o povo brasileiro pode optar por duas alternativas: continuar na construção da sua tenra democracia ou dar legitimidade popular a uma nova ditadura no Brasil.

    Os militares já estão aí!

  • Começou a era Bolsonaro: depois de agressões e mortes, sindicato é invadido e tablóide apreendido

    Neste sábado (20), policiais e fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) invadiram a sede do Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), em Macaé (RJ), e apreenderam exemplares do tablóide especial sobre as eleições do Brasil de Fato, assim como exemplares do Boletim Nascente, o jornal semanal da entidade.

    Segundo relatos, os fiscais do TRE tentaram pular os portões e ameaçaram atirar no porteiro caso ele não os abrisse. Por ser sábado, não havia qualquer atividade no prédio do sindicato. Um diretor da entidade se dirigiu ao local e garantiu amplo e livre acesso às dependências.

    "A categoria petroleira sempre foi favorável à mídia independente e alternativa, não à toa, é item recorrente de debates entre a categoria como deveríamos contrapor a mídia tradicional que bateu na Petrobrás por anos sem se preocupar com a imagem da empresa. Portanto, para esse sindicato, não há nenhuma irregularidade na prática que vem sendo realizada pela entidade, que tem compromisso estatutários com seus representados e com a população das cidades onde atua", afirmou, em nota, o Sindipetro-NF.

    O recolhimento foi feito após mandato judicial emitido pelo juiz eleitoral de Macaé, Sandro de Araújo Lontra, que qualificou o jornal como portador de "matérias pejorativas contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL)".

    Agressão à liberdade de imprensa

    O advogado Patrick Mariano, do corpo jurídico do Brasil de Fato, ressaltou que a edição em questão fazia uma comparação de programas dos candidatos, sendo de "profundo interesse público". "Como cidadão, não conseguimos entender essa perseguição. A não ser pela seletividade. É uma ofensa e uma agressão à liberdade de imprensa, de expressão e de opinião. Essa arbitrariedade será combatida publicamente e juridicamente".

    Ele ressalta também que o jornal tem mais de quinze anos de existência e que se consolidou por sua natureza popular, difundindo conteúdos de análise crítica e tendo respeito no cenário por isso. 

    "A ação do TRE demonstra arbitrariedade. Ninguém foi citado, apenas aconteceu a busca e apreensão, fora da normalidade. Enquanto outros jornais denunciaram ações de Whatsapp de proporções inimigináveis e você não vê nada sendo feito contra, o TRE persegue a comunicação de caráter popular. A gente espera que esse material seja devolvido", conclui.

    O Brasil de Fato entrou em contato com o TRE-RJ mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. Mais atualizações em instantes.

     

    Leia abaixo a nota oficial do Brasil de Fato sobre o ocorrido:
    "O Brasil de Fato vem a público repudiar com veemência o mandado de busca e apreensão de milhares de jornais tabloide, do Especial Eleições 2018, cumprido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) neste sábado (20), na sede do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), na cidade de Macaé (RJ).

    A ação expedida pelo juiz eleitoral do município, Sandro de Araujo Lontra, sinaliza uma clara tentativa de censurar e coagir a imprensa alternativa. Todo o conteúdo presente no jornal é estritamente jornalístico, sendo que todas as informações contidas no tabloide foram devidamente apuradas e repercutidas, inclusive, em veículos da grande mídia.

    Essa atitude alcança as raias do absurdo e fortalece a campanha de Jair Bolsonaro (PSL), baseada em notícias falsas e no incentivo a violência. Parte da grande mídia o apoia todos os dias sem qualquer constrangimento.

    A medida é mais uma prova da partidarização de setores do Poder Judiciário, que querem assegurar um resultado eleitoral de acordo com os interesses da elite e do capital internacional.

    Ao contrário da mídia tradicional, nunca escondemos nosso posicionamento editorial ao longo dos nossos 15 anos de vida, sempre comprometido com a verdade e o rigor jornalístico. Portanto, a ação se configura em mais um exemplo claro do delicado momento político que o país enfrenta, com um cerceamento cada vez maior da democracia e um aprofundamento de um Estado de Exceção que vem desde o golpe de 2016.

    Importante ressaltar que diante dos milhares de escândalos de fake news pelo WhatsApp que dilaceram o processo eleitoral brasileiro, a justiça não tomou as medidas necessárias para coibir e impedir a disseminação de tais materiais. Essa foi uma ação de censura ao pensamento livre e crítico.

    Reafirmamos que atitudes como essa não servirão para nos intimidar. Ao contrário, apenas fortalecem nosso compromisso com a verdade e com o povo brasileiro, e a necessidade de lutarmos para realizarmos as mudanças necessárias para o nosso país. Tomaremos todas medidas jurídicas cabíveis contra esses abusos.

    O jornal Brasil De Fato reafirma seu compromisso com a democracia, a liberdade de imprensa e com uma visão popular do Brasil e do mundo. Superamos uma ditadura que lançou as artes, o pensamento, o jornalismo e toda sociedade no silêncio e na censura. A tortura é inadmissível e seguiremos denunciando candidatos que a apoiam e a incentivam. Assim como seguiremos nos contrapondo a quem quer a volta da mordaça.

    Brasil de Fato - Uma visão popular do Brasil e do Mundo"

    Imprima e distribua a edição especial sobre eleições do Brasil de Fato em sua cidade

  • Filho de Bolsonaro ameaça fechar o STF e diz: "STF que pague pra ver que vai ser ele contra nós"

    O PT venceu as eleições de 2014 com a candidata Dilma Rousseff. Logo em seguida, de volta ao Senado, o então candidato derrotado Aécio Neves, faz um pronunciamento afirmando que não aceitariam a derrota e pré-anunciando o golpe que viria a se concretizar em 2016.

    Daí em diante não faltaram ações e fatos inconstitucionais, ilegais e imorais contra o PT e integrantes seus.

    O PT suportou todas as inconveniências e manteve-se na linha do respeito à Constituição e à democracia.

    O maior exemplo da afirmação anterior, aconteceu em 7 de abril, quando Lula decidiu se entregar à Polícia Federal. Ele poderia ter resistido e gente para resguarda-lo não faltava. Porém, sempre com a democracia como princípio mor Lula usou uma arbitrariedade contra si para exemplificar à sociedade como se deve agir em sociedade.

    Preso, recursos de Lula foram sistematicamente negados e ordem judicial para soltá-lo foi arbitrariamente negada.

    Mesmo assim, continua-se os exemplos: o Brasil tem uma ordem constitucional elaborada e a ela devemos respeito.

    Chegamos à eleição de 2018. A seguir vou reproduzir um vídeo (originário do Diário do Centro do Mundo) de uma palestra de um dos filhos de Jair Bolsonaro. O vídeo é auto-esclarecedor de como o candidato da extrema direita do Brasil encara a constituição e a democracia. Vejam:

     

  • "O Brasil não vai se tornar uma Venezuela", o que está por traz do mantra dos bolsonaristas ?

     

    Estamos vivendo a eleição para presidente do Brasil. Daqui a pouco mais de uma semana os brasileiros vão conhecer entre Bolsonaro e Haddad, seu próximo mandatário.

    Mas é a Venezuela, um dos temas mais presentes nesta eleição. A propaganda de televisão de Bolsonaro e as mensagens de whats app do candidato insistentemente trazem o tema à discussão. Sua militância sai a repetir o mantra de que 'o Brasil não se tornará uma Venezuela'.

    O jornalista Luiz Carlos Azenha, em seu blog Viomundo, chama a atenção para este aspecto da campanha. Veja o que ele diz:

    "A fixação de Bolsonaro com a Venezuela obedece a vários objetivos: oferecer o Brasil como plataforma de lançamento terrestre para os Estados Unidos rumo ao óleo da bacia do Orinoco; fixar a ofensiva diplomática no eixo Bogotá-Brasília; da ao fascista um inimigo externo.

    O inimigo externo é essencial para todo regime fascista.

    Assim, Bolsonaro pode atacar os inimigos internos como traidores da Pátria, associados a interesses estrangeiros.

    Fica mais fácil entregar o pré-sal a “aliados” se a Pátria “corre risco” de ser contaminada pela Venezuela.

    Portanto, quem pensa que essa ofensiva contra a Venezuela na campanha é coisa de estúpido, para tirar proveito de eleitores mal informados, é muito mais que isso.

    No Brasil joga-se o xadrez geopolítico, com óbvios interesses de longo prazo de Washington.

    Considerando que o principal objetivo da derrubada de Dilma Roussef, depois de ser espionada pela NSA, foi se apossar do pré-sal, a instalação de Bolsonaro como peão contra a Venezuela, em busca da maior reserva do planeta, na bacia do Orinoco, é a continuação natural do jogo.

    Dizem que o petróleo da bacia do Orinoco, por ser pesado, não presta. Também diziam que o pré-sal não prestava, lembram-se? Agora, que está na mão das multinacionais, vale ouro!

    Lembrando que é política de Estado dos norte-americanos, que independe do governo de turno, reduzir a dependência do país do petróleo do Oriente Médio, alcançando reservas mais próximas e mais fáceis de proteger militarmente — é só olhar o mapa para entender."

     

    Relatório divulgado pela United States Geological Survey (USGS) - o departamento de geologia do governo americano - sinalizou com a possibilidade de a Venezuela tornar-se a detentora da maior reserva de petróleo do mundo. Relatório divulgado pelo instituto em sua página na Internet, comenta a área da Bacia do Orinoco, apontando a perspectiva de existirem no local 513 bilhões de barris de petróleo pesado tecnicamente recuperáveis."
     

  • Helbert Maciel: "Lutei contra a ditadura e em favor da democracia, jamais fui "terrorista".

     
    Peço permissão a um depoimento pessoal, seguido por um convite à reflexão. 

    O que me preocupa no Brasil desses dias, o que agride à minha inteligência, é o discurso do ódio. É a incitação ao ódio e à violência. Ódio e violência contra "minorias" (negros, índios, mulheres, comunidade LGBT, esquerdistas, pobres). Basta pensar diferente, ser diferente do estereótipo homem branco "bem nascido".

    Odiar, em síntese, é violentar primados cristãos básicos. Explico: odiar não é apenas a antítese de amar. É violentar a compaixão, a paz, a caridade, a misericórdia. É violentar o amor ao próximo, a segunda principal lei cristã. 

    Me agride o discurso do ódio contra aqueles que, como eu, ousam pensar diferente.

    Lutei contra a ditadura militar, em favor da democracia. Fui detido por duas vezes. A primeira, secundarista em Brasília, 1977: uns safanões, tapas na cara, cotoveladas, cusparadas, um ou dois "telefones". A segunda, já formado em direito, Teresina, março de 1983, jogado em uma cela comum do DOPS, lotada de criminosos também comuns, só de cueca. Queriam os policiais me humilhar.

    Lutei contra a ditadura e em favor da democracia. Jamais fui "terrorista". Sou advogado defensor da democracia. Que se posta resolutamente contra o fascismo, o discurso do ódio ao próximo, da incitação à violência banal (isso sim terrorismo!).

    Da mesma forma, na qualidade de cidadão, de eleitor, de cristão, de pai de família, não posso admitir o discurso que afronta, menospreza, agride, humilha a negros e negras, a índios e indias, à comunidade LGBT, a mulheres "que não merecem ser estupradas". Uma sociedade democrática se constrói sobre o respeito às diversidades culturais, de matizes de pele, de gênero, de opiniões. 

    Num País de longa tradição escravocrata e patrimonialista, o preconceito ao pobre alimenta o ódio da pequena parcela (menos de 2%) dos brasileiros muito ricos, num discurso que atrai as classes medianas contra o miserável  "preguiçoso ", que hoje tem moradia, luz, moto e um filho formado em universidade pública. Preconceito que alimenta o ódio, que incita a violência contra as "minorias" (em verdade todos aqueles despossuídos a mais de 500 anos de história).

    Me dirijo a vocês,  amigos e amigas, para pedir, com toda a humildade de minha alma: salvemos o Brasil!

    Se o discurso e a incitação ao ódio vencer nesse segundo turno, caminharemos a passos largos para a implantação de um regime de tipo fascista no Brasil.

    O que está em jogo não é mera e corriqueira alternância no "jogo" eleitoral e democrático. O que está em jogo é o ódio e a incitação à violência contra o próximo e, no outro campo, nossa tão jovem e delicada democracia. 

    Conclamo a você,  amigo, amiga, contra o ódio e o fascismo, vote na democracia. 

    Vote Haddad e Manuela. Vote 13.

    Helbert Maciel, advogado.

  • Picos será local de caminhada e fala do candidato do PT Fernando Haddad no próximo sábado

    Está confirmada agenda do candidato do PT a presidente, Fernando Hadad em Picos - PI no próximo sábado, 20/10/18, com previsão de chegada às 15 hs. A proposta é de uma caminhada saindo do ponto de concentração Igrejinha até a Praça do Banco do Brasil, com uma fala do candidato. Na oportunidade ele vai priorizar o tema EMPREGO e RENDA, como aquecer a economia, priorizar programas como Minha Casa, Minha Vida, retomada de mais de 20.000 projetos e obras que não iniciaram ou foram paralisadas por falta de medidas para recursos prioritários para estas obras sociais (creches, escolas, sistemas de água como adutora do Sudeste em Padre Marcos, Francisco Macedo e Marcolândia) e obras para fortalecer a economia reduzindo o custo Brasil, como a Ferrovia Transnordestina, e programas como PRONAF - Programa da agricultura familiar, Programa compra direta da Agricultura Familiar, Crédito Fundiário e outros... todos gerando emprego e ampliando a renda em áreas como apicultura, cajucultura, fruticultura irrigada, piscicultura, caprino e ovino etc.

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