Maçonaria -

Membro da Academia dos Maçons fala sobre declínio na maçonaria americana

Por ocasião da realização de Assembléia Geral da Academia Piauiense de Mestres Maçons, ocorrida no último dia 17 em Teresina, o Confrade José Ribeiro de Carvalho (foto) falou sobre pesquisa, recentemente publicada no Brasil, em torno da trajetória da maçonaria americana.

Eis o inteiro teor do comentário.

“Com o avanço da Tecnologia da Informação o que era mundial passou a ser local. O que acontece em todos os quadrantes da terra passa a ter repercussão imediata nas mais longínquas localidades, em relação ao epicentro do acontecimento.

Os Estados Unidos da América conta com o maior contingente de maçons de todo o mundo.

Todavia, recente estudo publicado no Brasil dá conta de que, nos últimos cinquenta anos, a maçonaria americana sofreu um acentuado encolhimento, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos.

Em 1960 eram 4 milhões de obreiros ativos e regulares. Hoje esse número caiu para cerca de 1 milhão e trezentos mil, enquanto a população daquele país ascendeu de 170 milhões para 300 milhões, no mesmo período.

Dentre as causas do crescente desinteresse dos americanos pela Ordem universal, apontadas pela pesquisa, citamos três:

a. Perda de objetivos da Instituição;
b. Priorização das ações sociais, em detrimento da formação moral e intelectual do maçom;
c. Falta de uniformização no comando estratégico. Lá, como aqui, vige o sistema confederativo. Ou seja, cada Estado detém uma Grande Loja, com autonomia plena.

O alerta reside na hipótese de que igual fenômeno possa estar acontecendo no Brasil, visto que as características circunstanciais elencadas são semelhantes às vivenciadas por nós: os objetivos institucionais não são claros; a ação doutrinária é diminuta e as diretrizes estratégicas são truncadas, por conta da soberania plena de cada Grande Loja estadual.

Portanto, seria o caso de se repensar o modelo vigente, inclusive no que respeita a estadualização das Grandes Lojas, com soberania absoluta, fator que, de certo modo, inibe uma atuação mais eficaz da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), em prol da unidade de pensamento a nível nacional”.

Fonte da pesquisa: Revista Arte Real, Grande Loja do Amazonas.

Fonte: None

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