Maçonaria -

APMM REVISTA ELETRÔNICA 1

APMM REVISTA ELETRÔNICA

Academia Piauiense de Mestres Maçons - Teresina (PI)

Informativo Maçônico, Filosófico, Histórico e Cultu8ral.  
 

ANO I – Nº 1     -      EDIÇÃO de 10.07.2023

EDITORIAL

A IMPORTÂNCIA DAS ACADEMIAS MAÇÔNICAS NA REVITALIZAÇÃO DA ORDEM.

Segundo historiadores, a primeira Academia brasileira surgiu em 23 de abril de 1724, em Salvador, na Bahia, fundada pelo Vice-Rei Vasco Fernandes César de Menezes.

Autores e pesquisadores maçônicos, como Kurt Prober, alemão naturalizado brasileiro, considera que a instituição baiana constituiu o protótipo da primeira Loja Maçônica do Brasil.

Em verdade as Academias de maçons não constituem Obediências Maçônicas, como passa pelo imaginário de alguns.

Não têm características iniciáticas, com práticas ritualísticas e utilização de S. T. P.

Pode se dizer, em raso conceito, que são braços culturais da Maçonaria institucional.

Por isso não dependem de concessão de Carta Constitutiva e nem de declarações formais de reconhecimento.

Regem-se pelas leis civis do País.

As Academias subordinam-se, todavia, aos Princípios Gerais da Ordem Maçônica Universal e, em regra, reconhecem somente as Potências legitimamente constituídas, com as quais trabalham em perfeita harmonia, sem qualquer conflito de administração e competência.

Não há o que se falar em concorrência com a nobre missão das Lojas.

Neste contexto temos a nossa Academia Piauiense de Mestres Maçons, criada em 2010, dedicada à cultura maçônica, no campo das letras, das artes, da filosofia e da história.

É constituída exclusivamente por obreiros regulares que integrem Lojas da jurisdição da Grande Loja do Piauí, detentores de inúmeras categorias profissionais e aptidões culturais mistas.

Atualmente conta com 100 Cadeiras, todas guarnecidas por Patronos Vitalícios, representantes da história da Instituição no Piauí.

Patrocinada pela elite intelectual de seu tempo, apoiada pela burguesia e pela aristocracia, a Maçonaria teve picos de esplender e entusiasmo em todo o mundo.

Passado o apogeu da fama e das exaltações, surgem os sinais de inanição, causados pela inércia das ideias e pela ineficácia atual do modus operandi.

Publicações documentais, artigos de analistas sociais, pesquisas nacionais e internacionais mostram nitidamente esses sinais de degradação objetiva, causados pelos avanços da tecnologia e pelas transformações nos usos e costumes da sociedade globalizada.

Esse cenário mostra-se bem delineado no livro "Ascensão e Queda da Maçonaria no Mundo”, do Irmão William Almeida de Carvalho, Sociólogo, Historiador, Professor e Escritor.

Conclusão: As Academias Maçônicas, em face de seus perfis pedagógicos, constituem instrumentos de grande valia para auxiliar na construção de uma nova fase da invicta Maçonaria, consentânea com a realidade do presente e as perspectivas do futuro.

Editor: José Narciso do Monte

narcisomonte@uol.com.br - WhatsApp (86) 99944-8707

Diretoria Executiva

Ernâni Napoleão Lima – Secretário Executivo

Luís Carlos Martins Alves – Diretor de Secretaria

Osvaldo Pieroti - Diretor de Relações Públias

Presidente da Assembleia Geral – Helldânio Muniz Barros.

SOCIAIS

Confrades que aniversariam em julho:

13 – Nuan Leal Aragão Macau – Cadeira nº 91

16 – Assuero Stevenson Pereira Oliveira – Cadeira nº 34

17 – Antônio Raimundo Alves Monteiro – Cadeira nº 82

18 – Gilmar Sousa Silva- Cadeira nº 23

20 – Francisco Pedrosa de Loiola – Cadeira nº 66

21 – Luiz Gonzaga Medeiros de Figueiredo – Cadeira nº 95

22 – João Batista Silva Barroso – Cadeira nº 56

26 – Fernando Demerval Rodrigues Miranda – Cadeira nº 10

31 – Wagner Fernandes 96

Obs. Eventuais correções e/ou emissões deverão ser imediatamente comunicadas pelo Grupo Academia M.M.

ARTE E CULTURA

Literatura de Cordel

‘A FELICIDADE ARDENTE

RESIDE DENTRO DA GENTE”

A FELICIDADE

Quando o Conselho Divino

Foi criar o ser humano,

Fez uma reunião

Pra bolar completo plano,

Chamando todos os anjos

Para não haver engano.

Primeiro, surgiu a ideia

De que a nova criatura

Seria uma semelhança

Com fidelidade pura

Mas surgiu novo problema,

Aonde se esconderia

A dita felicidade,

Em que local poderia

Ser posta com Da Divindade Celeste

Sem haver qualquer censura.

Mas logo alguém discordou,

Pois havendo essa igualdade,

O humano poderia

Ter total felicidade

E com poderes de Deus,

Abusar da autoridade.

Um dos anjos mais antigos,

Fez a seguinte proposta:

Que o homem seria igual

Com uma ideia oposta,

Tirando a felicidade

Como condição imposta.

segurança

Que o homem não acharia?

Ideias foram surgindo:

Numa montanha bem alta,

Põe-se a felicidade

Em local que ninguém salta,

Num seguro esconderijo

E assim ninguém a assalta.

Porém, logo alguém falou:

Isso para o ser humano,

Será bastante moleza,

Até mesmo artesiano,

Ele chega nas alturas

Sem que sofra qualquer dano.

Uma segunda proposta,

Foi pôr no fundo do mar,

A bela felicidade

Para ninguém encontrar,

Mas logo foi contestada,

Pois também se iria achar.

É que no fundo do mar

Apesar de bem distante,

Mas o homem inteligente

A encontra num instante,

Basta usar submarino

Para tê-la logo adiante.

A terceira sugestão

Com detalhe discutida,

Foi guardar noutro planeta

Segura e bem escondida,

A bela felicidade

Pra que não fosse colhida.

Esta ideia interessante,

Foi ligeiro descartada,

Visto que o homem cria asas

Com perfeição apurada;

E graças à aviação,

Ela seria encontrada.

Mas um anjinho calado

Que só prestava atenção,

Afirmou com segurança

Que detinha a solução,

Guardá-la no próprio homem

Que ele não poria a mão.

É que o homem normalmente

Procura a felicidade,

Mas sempre longe de si,

E pra dizer a verdade,

Ele nunca a achará

Só juntando ansiedade.

Felicidade não é

Uma certa espécie de erva,

Está bem dentro de nós

Mas pouca gente observa,

Fica procurando fora

Aonde não fez reserva.

A Felicidade é íntima

E não se encontra à distância,

Reside dentro de nós

Com toda sua elegância;

Há felizes na humildade

E tristes na exuberância. 

A maior parte das coisas

Se consegue com dinheiro,

Existem também algumas

Que se tem como herdeiro,

Porém, pra felicidade

Não há caminho certeiro.

Contudo, o melhor remédio,

Pra se ter felicidade

É ser gentil c’as pessoas

Não tendo em conta a idade,

Aparência ou condição,

Desenvolvendo a bondade.

Sempre proporcionar

Alegria ao semelhante

É uma forma altruísta

E bastante edificante,

Pra ter sua felicidade

De forma muito abundante.

Felicidade não é alvo

Que se deseja atingir,

É um sistema de vida

Que devemos construir

Não é ida, nem é volta

É o trajeto a cumprir.

E também não é local

Que se deseja alcançar,

É uma forma de vida

Incluindo o nosso lar,

Não é ida, nem chegada,

É o nosso caminhar.

Carlos Drummond já falou,

Com muita propriedade

Que ser feliz sem motivo

É a pura felicidade,

Pois quando a causa se vai,

Você fica na saudade.

Autor: Confrade Francisco de Almeida

Cadeira nº 86

Poesia do gênero lírico narrativa

MAÇONARIA E VIDA

(um registro...)

Bom dia, prezado irmão!

Que o dia afeito nos seja,

repleto de boa ação,

onde quer que a vida esteja...

Que nosso Deus puro e reto,

justo e Prefeito Arquiteto, 

nos abençoe, nos proteja.

Na vida tudo acontece

se a sua essência o prover.

É assim, sempre será,

o MILAGRE do querer...

É de fato inebriante,

vivenciar um instante

que se fez por merecer.

E esse instante retratado

nos revela uma verdade:

“um diploma, uma menção”

que não exaltam vaidade,

mas, os registros, as cenas,

cândidas provas, apenas,

como expressões da verdade.

Os dias voando passam,

e com eles - não em vão -

cad’um de nós, mais altivo,

como Obreiro em expressão,

com ESMERO, AMOR E ARTE.

Que se digne, a sua parte,

nessa insigne CONSTRUÇÃO.

Autor: Confrade David Ferreira

Cadeira nº 35

TRADIÇÕES MAÇÔNICAS

FESTAS DE SÃO JOÃO

O Brasil, e especialmente o nordeste, no mês de junho recém findo, foi palco de animados folguedos em homenagens a São João, o Batista, Patrono da Maçonaria Universal, com danças de quadrilhas e muito forró, xote, xaxado e baião, ao inigualável som da sanfona, triângulo e zabumba, uma criação do magistral Grande Mestre Gonzagão.

As Lojas maçônicas cumpriram, com maestria, a tradição de promoverem eventos da espécie, com a degustação de deliciosas iguarias de época e consumo social de finas bebidas, tudo em clima de saudáveis entretenimentos.

Exemplo típico foi a “Arraiá dos Carnaubais”, promovido pela Loja “Costa Araújo nº 3”, da cidade de Campo Maior (PI), sob a direção do Venerável Antônio de Pádua, assessorado pela esposa Adalgisa e equipe.

Em destaques, flashs das animações, damas e cavalheiros:

ORIGEM DAS QUADRILAS JUNINAS

A quadrilha, também chamada de quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha matuta, é um estilo de dança coletiva muito popular no Brasil.

Essa dança de teor folclórica é típica das festas juninas, que geralmente acontecem nos meses de junho e julho em todas as regiões do país.

Por ser uma dança caipira, sua linguagem se aproxima do coloquial e dos meios sertanejos e nordestinos.

A quadrilha teve origem na Inglaterra, no século XIII. Posteriormente, ela foi incorporada e adaptada à cultura francesa, se desenvolvendo nas danças de salão a partir do século XVIII.

Assim, a quadrilha se tornou popular entre os membros da nobreza europeia. Com sua disseminação na Europa, a quadrilha chegou a Portugal.

A partir do século XIX, a dança se popularizou no Brasil mediante influência da corte portuguesa, sendo muito bem recebida pela nobreza no Rio de Janeiro, então sede da Corte.

Embora fosse uma dança dos meios aristocráticos, mais tarde a quadrilha conquistou o povo e adquiriu um significado novo e mais popular.

Dessa maneira, se popularizou nos meios rurais como um festejo para agradecer a colheita e, ainda, homenagear os santos populares, São João, Santo Antônio e São Pedro.

Curiosidades sobre a quadrilha.

O nome quadrilha tem origem na palavra francesa quadrille.

Há quem diga que a encenação do casamento na dança da quadrilha seja uma crítica social às famílias tradicionais: a noiva aparece grávida e seu pai obriga o noivo a se casar. Por esse motivo, a tentativa de fuga do noivo, geralmente embriagado, faz parte da dança.

ARTIGOS

Academias Maçônicas

(Yassin Taha - GOB)

Há alguns séculos, a Maçonaria vem atuando como benfeitora da humanidade. São inúmeros os projetos sociais em que a nossa Ordem é engajada.

A construção de hospitais, escolas, bibliotecas, apoio a entidades, socorro em tragédias e tantas outras benemerências que são de número imensurável.

Permanecemos ativos nessa caminhada. Todavia, há um outro benefício que a Maçonaria traz para a sociedade, o qual muitas vezes é esquecido: as Academias Maçônicas.

As Academias Maçônicas de Letras, Artes e Ciências são instituições sem fins lucrativos que têm o objetivo de congregar maçons dedicados às áreas supracitadas no intuito de promover o conhecimento tanto Maçônico quanto Profano.

Em geral, essas Academias promovem cursos, revistas, palestras, eventos, editam livros e homenageiam personalidades das áreas estudadas.

São formadas por Mestres Maçons que são convidados e eleitos para ocupar cadeiras com nomes de dignitários da sociedade.

O modelo dessas Academias segue o espelho das Academias Profanas. Estas têm origem no modelo da Grécia Antiga dos filósofos Clássicos. Platão (428 a.C. – 347 a.C.) foi o fundador da primeira e deu o nome de Academus. Nela congregavam os pensadores da época e estudavam essencialmente aritmética, geometria, astronomia e filosofia.

Com abrangência nacional a primeira Academia Brasileira Maçônica de Artes, Ciências e Letras foi fundada em 27 de janeiro de 1996 sob a presidência do célebre escritor Ir∴ José Castellani. Hoje, a Maçonaria conta com dezenas de Academias espalhadas por todo o território nacional.

As Academias Maçônicas no Brasil seguem com toda força e vigor. De tempos em tempos surgem novas. Umas representam regiões, outras Estados, outras potências, outras o próprio Brasil e algumas delas são ligadas a segmentos específicos como as Academias de Direito.

É fundamental que as Potências Maçônicas apoiem essas iniciativas, bem como os Irmãos interessados congreguem-se com essas entidades.

Fomentar a ciência, a cultura, o conhecimento e a atividade artística é imperioso para o crescimento da sociedade, especialmente em tempos como os de hoje em que essas atividades estão jogadas a segundo plano.

FILOSOFIA

HUMANISMO E MAÇONARIA

Definição de Humanismo

‘É a corrente filosófica que tem como doutrina a razão humana, a justiça social e a ética. O humanismo é uma postura ética, cultural, filosófica e artística surgida no século XV, na Europa, que enfatiza a importância dos próprios seres humanos como fonte de formação de valores.”

Palavras Chaves - Teocentrismo e Antropocentrismo

Teocentrismo:

Corrente que acreditava e apregoava serem a origem, a ação e o destino de tudo e de todos, aquilo que fosse fundamentado apenas em dogmas religiosos.

Antropocentrismo:

Teoria que defende a supremacia do homem, dotado de inteligência e discernimento como ferramentas adequadas para gerar o bem, manter o que é bom e garantir um futuro de felicidade.

O nosso foco não é tratarmos de teísmo, deísmo, agnóstico ou ateísmo e muito menos ter um pensamento anticlerical. A nossa herança Iluminista coloca-nos como agentes de transformação social “… tornar feliz a humanidade …” e sob o ponto de vista material, devemos estar no “centro do universo”.

Ao Maçom cabem posturas éticas e razoáveis, que lhe darão respeitabilidade e credibilidade para cumprir o seu papel de construtor social.

São sete os principais pontos de intersecção entre a Maçonaria e o Humanismo:

1. O homem é o responsável direto pelos seus atos e consequências. Não credita ao sobrenatural as consequências dos vícios ou a falta de virtude. (malho e cinzel)

2. O homem é dotado de meios para chegar à solução de um problema por evidências claras, aceitáveis e precisas; e usa, permanentemente, a razão. (régua e prumo)

3. A moralidade e a ética dos atos não devem ser fundamentadas em preceitos religiosos, mas na honestidade, no amor e no respeito. (esquadro e nível)

4. Como unidade base da sociedade, o homem procura a sua realização pessoal e nela insere o compartilhamento e a ação da sua evolução. (alavanca e trolha)

5. Não há crenças com verdades absolutas. Os dogmas restringem as transformações naturais do homem e da sociedade. (compasso e transferidor)

6. Na observação de pontos de vista divergentes, o homem equaliza as circunstâncias que o envolvem para a transformação necessária a evolução. (lápis e cordel)

7. O desenvolvimento da sensibilidade, seja no campo das artes ou das questões sociais, amplia a percepção da sua torpeza e traz-lhe inspiração para aparar arestas e reconhecer o sublime em ângulos harmónicos (pedra bruta e pedra cúbica)

“O conhecimento humanista produz ideias. As ideias produzem sonhos. Os sonhos transformam a sociedade” (Augusto Cury)

Fonte: Freemason.

HISTÓRIA

Maçonaria Regular e Maçonaria Liberal, um paradoxo brasileiro

Ensaio em 3 Capítulos, por Paulo M.

1º Capítulo

Não pode deixar-se passar a data de 5 de outubro - aniversário da implantação da República em Portugal - sem se falar na Maçonaria. É público e conhecido o papel que a maçonaria teve neste evento. De facto, a revolução não só terá sido promovida, arquitetada e executada - pelo menos em parte - por maçons, como a maçonaria terá na mesma participado ativamente de forma institucional.

O que poucos saberão é que tal modo de atuação é daqueles que distingue a Maçonaria Regular (inglesa) da Maçonaria Liberal (francesa). Não se questiona o mérito da causa, mas a forma e os meios utilizados.

De facto, as razões invocadas para a revolução - o despotismo político-religioso, a ausência de liberdade de culto e da liberdade de consciência que se viviam no regime de então - são válidas e meritórias, e pode mesmo dizer-se que pertencem ao ideário maçónico. Todavia, algumas questões de fundo separam inexoravelmente as duas correntes da Maçonaria - Regular e Liberal - e podem ser apreciadas neste contexto.

Por um lado, tomemos a questão da discussão de política e religião em loja. Pelo que se sabe, esta revolução - como outras - foi preparada durante sessões de loja. Forçosamente se discutiu o mérito desta política sobre aquela e - sabendo-se que havia maçons quer na fação republicana quer na monárquica - certamente houve vozes minoritárias que viram os seus Irmãos, a sua Loja, e mesmo a sua Obediência, agirem como um corpo na prossecução de objetivos e de ideias contrários aos seus.

Por fazer prevalecer, na escala dos valores, a harmonia fraterna, é que a maçonaria regular proíbe essas discussões, para que não se estabeleçam partidos opostos dentro das lojas, para que estas não escolham lados, e para que as grandes lojas não manifestem preferências que poriam, em qualquer dos casos, uns "de dentro" e outros "de fora".

Por outro lado, atente-se a que a maçonaria regular exige dos seus membros que sejam cidadãos cumpridores das leis do país.

Ora, esta questão tem duas consequências. Por um lado, de forma mais imediata, implica que caso um maçom seja condenado pelo sistema judicial civil por um crime que tenha cometido, sofrerá quase que por certo uma sanção disciplinar no seio da sua Obediência, sanção essa que poderá mesmo constituir a sua expulsão (mas, evidentemente, ninguém é expulso por algo como uma multa de estacionamento).

Por outro lado, esta exigência reflete-se nas Obediências, não sendo reconhecidas a nível internacional aquelas que, para existirem, impliquem que os seus membros cometam alguma ilegalidade; por exemplo, se as leis do país passarem a proibir a Maçonaria, e mesmo assim uma Grande Loja continue a existir - cometendo uma ilegalidade - ser-lhe-á retirado o reconhecimento internacional por parte das outras Grandes Lojas regulares.

Tais condicionantes - a proibição de discussão política e religiosa, e a obrigação de cumprimento da lei do Estado - não se verificam na Maçonaria Liberal. Cada maçom que pertença a uma Obediência da Maçonaria Regular é livre de agir como a sua consciência lhe dite e continuar a ser maçom - desde que não cometa nenhum crime.

Participar de - e, especialmente, promover - uma revolução, atentando contra os órgãos do Estado, é um crime contra o mesmo Estado, e não é considerado pela Maçonaria Regular uma forma aceitável de se agir.

Entendimento diametralmente oposto tem a Maçonaria Liberal, que argumenta que uma lei injusta não tem legitimidade, que crime seria observá-la, e que promove o seu derrube.

- Dois pontos de vista.

- Duas formas de agir.

- Duas Maçonarias.

2º Capítulo, no próximo número.

Fonte: Blog a Partir Pedra, Portugal.

FATO EM DESTAQUE

“DE VOLTA PARA O FUTURO”

Inspirados, talvez, no título do grande sucesso do filme de Robert Zemeckis (1985), os Grão-Mestres das Grandes Lojas Maçônicas sediadas no Nordeste do Brasil (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), reunidos em evento no dia 29 de abril de 2023, em Fortaleza, resolveram recriar mais um Fórum Maçônico denominado MESA REDONDA DE GRANDES LOJAS MAÇÔNICAS DO BRASIL, aberta à integração por outras Grandes Lojas regulares nacionais.

Foi assim que nasceu a exitosa Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil – CMSB, em 1965, com a transformação das então Mesas Redondas periódicas existentes, criadas em 1952.

A nova entidade reger-se-á por regras que prestigiam a SOBERANIA e o PROTAGONISMO das suas associadas, postulados análogos aos da CMSB, com reuniões a cada 6 meses.

A próxima deverá acontecer no Piauí.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Grande Loja do Ceará.

TÓPICOS MEMORIAIS

DESTAQUE DA II ASSEMBLEIA GERAL DA APMM - 01.04.2012

Agenda Cultural

Conferência proferida pelo Historiador e Professor da Universidade Federal do Piauí, Fonseca Nato, titular da Cadeira nº 1 da Academia Piauiense de Letras – APL, que teve como tema central a história do Piauí, abrangendo aspectos sociológicos e políticos do Estado. Perguntado sobre as causas do crônico subdesenvolvimento da região, em comparação com avanço das demais unidades da Federação, atribuiu o fato à sua origem agrária, dominada pelo feudos familiares oligarcas  que ainda hoje exercem influências conservadoras, na política e na sociedade, em desfavor do progresso.

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