Maçonaria -

A Maçonaria e uma crônica natalina

A Loja havia realizado a Iniciação de 3 novos obreiros. O Natal se aproximava.

O Venerável resolveu dar a primeira missão para Aprendizes recém iniciados.

Pediu que fossem à floresta que ficava nas proximidades da cidade e cortassem um pinheiro para ornamentar a festa comemorativa do Natal que, como de costume, aconteceria nos jardins da Loja.

E designou um Mestre Conselheiro para acompanhá-los na missão.

Chegando ao local, os Aprendizes manifestaram-se maravilhados com a beleza e a tranqüilidade da floresta, harmonicamente composta de grandes pinheiros, médios e pequenos.

Então, um dos Aprendizes perguntou.

Mestre!

- Qual desses pinheiros devemos cortar: grande, médio ou pequeno?

Ao que o Mestre respondeu:

- se tendes a intenção de aproveitar a madeira na construção de um possante barco, após a sua utilização na noite do Natal, cortar o grande seria o ideal, pois daria um mastro super resistente, capaz de resistir às grandes tormentas dos mares bravios.

Agora, tem um detalhe. Ao invés do mavioso canto dos pássaros que hoje gorjeiam em sua frondosa copa, passarás a ouvir unicamente o monótono sibilo dos ventos.

Se o propósito for o de utilizar a madeira, a posteriori, no fabrico de um majestoso piano, dada à sua excelente sonoridade, deveis cortar um dos pinheiros médios.

Lembre-se, porém, que assim procedendo, a mata se ressentirá e tenderá e perder a sua essência e o seu frescor. E nos próximos anos podereis não mais encontrar exemplares tão frondosos e exuberantes como os atuais.

Mas se for apenas para compor a árvore de Natal, cortas mesmo um pequeno, sabendo que em poucos dias, após a cerimônia natalina, a sua beleza se converterá em um amontoado de gravetos desfolhados, cujo destino será, inevitavelmente, a queima em uma fogueira qualquer.

E continuaram os conselhos do Mestre:

O melhor que fazeis é sugerir ao Venerável Mestre que na noite de Natal, sem cortar nenhuma dessas preciosas árvores, acampemos aqui, nesta relva primorosa, sob o livre farfalhar destas lindas folhagens, para comemorarmos a maior festa da cristandade, em perfeita sintonia com a mãe natureza, a verdadeira precursora deste paraíso terrestre.

A Maçonaria é como uma floresta de pinheiros. As mudas que brotam da terra nunca devem ser cortadas ou podadas, pois representam os Aprendizes, os futuros responsáveis pela perpetuação da Ordem.

Os pinheiros adultos, robustos e frondosos, devem ser preservados, pois representam os maçons em toda a sua força e vigor nos trabalhos de construção social.

Quanto aos exemplares maduros e curtidos pelos anos, considerados os guardiões das araucárias, merecem todo o nosso respeito, visto que estes simbolizam a experiência e a sabedorias dos verdadeiros Mestres.

Autoria de Ivair Ximenes Lopes

Adaptação de Narciso Monte.

Fonte: None

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