Intolerância ao glúten -

Pesquisa aponta que até 20% da população pode ter intolerância ao glúten

Estima-se que, no Brasil, uma em cada 650 pessoas tenham doença celíaca, um distúrbio congênito, que pode ter consequências graves no indivíduo e que é causado pela intolerância a uma das proteínas vegetais derivadas do glúten, a gliadina, e, mais raramente, a outras proteínas também.

A doença, em sua forma clássica, caracteriza-se pela diarréia crônica, desnutrição com déficit do crescimento, anemia ferropriva não curável, emagrecimento e falta de apetite, distensão abdominal (barriga inchada), vômitos, dor abdominal, osteoporose, esterilidade, abortos de repetição, glúteos atrofiados, pernas e braços finos, apatia, desnutrição aguda que podem levar o paciente à morte na falta de diagnóstico e tratamento.

Recentemente, estudo promovido pela Sociedade Italiana de Hospitais Gastroenterológicos e publicado no periódico científico Nutrients, apontou que alguns destes sintomas, também estão presentes em diversas pessoas que tem sensibilidade ao glúten, embora não tenha a doença celíaca.

Embora os sintomas sejam parecidos, as causas e os danos provocados no organismo, são diferentes. Na doença celíaca o que ocorre é uma reação alérgica grave, enquanto nos pacientes com sensibilidade ao glúten, a exposição ao mesmo induz à disfunção intestinal, alterações na função neuromotora e na microbiota intestinal desenvolvendo uma reação adversa, mas que normalmente, não leva a danos no intestino delgado.

Na pesquisa, realizada com a colaboração de 15 centros multidisciplinares, foram examinado 140 pacientes com idades entre 18 e 75 anos, durante período de seis meses. Os resultados apontaram que, três em cada cinco pacientes que interromperam a ingestão de glúten deixaram de sofrer com sintomas e distúrbios atribuídos à síndrome do intestino irritável ou a outras alterações do funcionamento do aparelho digestivo e que, um em cada cinco, voltaram a ter os sintomas quando o glúten foi reintroduzido.

O glúten está presente em alimentos como trigo, aveia, centeio, cevada e malte, alimentos que fazem parte da dieta humana há milhares de anos. É a composição básica de diversos alimentos do nosso dia a dia, tais como pães, pizzas, macarrões etc, utilizado como espessante em um infinidade de produtos que não são originários do trigo, até mesmo como excipiente na elaboração de alguns medicamentos.

Tanto pra os paciente celíacos como para os que apresentam sensibilidade ao glúten, a única resolução dos sintomas é a remoção desses alimentos da dieta.

Fonte: Com informações do IG e da ACELBRA

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