Novos usos de antigas drogas -

Medicamento em uso há mais de 60 anos, está sendo testado para retardar o envelhecimento

Sempre que tiramos uma cópia de um documento original, esta sempre terá alguma perda de qualidade. Se insistirmos repetir o processo, tirando cópias de cópias anteriores, chegará um tempo que praticamente teremos um documento ilegível. Assim também são as células do nosso organismo, a medida que repomos as nossas células que envelhecem e morrem, as novas células, cópias das anteriores, não terão a mesma qualidade e erros começarão a acontecer, podendo ocasionar a uma série de doenças, como cânceres e demência.

Observações acerca de pacientes que tomam um medicamento barato e que está no mercado a 60 anos, apontam que o mesmo pode diminuir estes erros e melhorar a expectativa de vida em até 150%.

O grupo de pacientes observado, foram diabéticos tipo 2, que fazem uso de metformina. Nestes pacientes ocorrem, em média, 30% menos cânceres, de quase todos os tipos, exceto o de próstata. Os estudos também mostraram que os diabéticos que tomam metformina vivem mais tempo do que as pessoas que não têm diabetes, apesar da condição, normalmente, reduzir oito anos da expectativa de vida das pessoas. Considerando ainda, que, quando um paciente incia o uso de metformina, são mais obesos e mais doentes do que as pessoas sem diabetes, mas, mesmo assim, sobrevivem em média, 8 anos a mais que elas.

Teste já realizados em vermes, por pesquisadores na Bélgica, constataram que os vermes não só envelheceram de forma mais lenta, como também permaneceram saudáveis por mais tempo. Camundongos tratados com a droga, tiveram seu tempo de vida aumentado em quase 40%, com sinais de que eles ficaram mais jovens por mais tempo. Calculando a proporção em seres humanos, poderíamos aumentar a expectativa de vida em uma taxa que pode variar entre 80 a 120 anos!

Com base nestas observações, a Food and Drug Administration (FDA), a agência de vigilância sanitária dos EUA, autorizou no ano passado, testes do medicamento por suas propriedades antienvelhecimento, testes estes, que iniciaram já este ano. Caso isso seja comprovado, será a primeira vez que o FDA reconhece o envelhecimento, ao invés de uma doença específica, como um alvo de pesquisa de drogas.

A pesquisa iniciada este ano, tem previsão de encerrar em 2022, e está sendo realizada em aproximadamente 3.000 idosos americanos entre 65 e 79 anos, ainda não diabéticos, mas com risco de poder vir a ter câncer, problemas cardíacos e ou doenças mentais, que melhor se encaixam no perfil do estudo.

Mas atenção! Ainda não se tem certeza dos efeitos da metformina, e seu consumo antecipado ao estudo para tratar o envelhecimento não é recomendado, podendo causar riscos desconhecidos à saúde. Somente tome medicamento prescrito pelo seu médico.

Fonte: None

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