Biossensor criado por brasileiro identifica rapidamente câncer de ovário e hepatite C

Quase sempre que uma doença se instala em nosso organismo, ocorre alterações, que podem levar a produção de substâncias anômalas que geralmente não produzidas ou são produzidas em quantidades muito pequenas em um indivíduo saudável.

Este é o método utilizado para os exames de diagnóstico. Como por exemplo o exame de sangue que detecta quantidade elevadas de Antígeno Prostático Específico PSA, são utilizadas para diagnóstico de infecções prostática ou até mesmo de câncer na próstata. Algumas enzimas, como a Creatinina fosfoquinase CK e sua fração CK-MB, se elevam quando há injúria do tecido cardíaco, sendo utilizada como diagnóstico de infarto do miocárdio. Alguns teste detectam anticorpos produzido pelo organismo após entrar em contato com determinado vírus, bactéria ou parasita.

Na semana passada foi divulgado que pesquisadores brasileiros desenvolveram um sensor capaz de diagnosticar o câncer de ovário e a hepatite C. Os aparelhos estão em fase de testes, aplicados em imunodiagnósticos que detectaram o antígeno do câncer de ovário e os anticorpos específicos da hepatite C, a um custo bem inferior aos utilizados atualmente.

O pesquisador João Paulo de Campos da Costa, da Unesp de Araraquara (SP), explica que o biossensor é descartável e usa um método de medida eletroquímica que faz o diagnóstico com um custo reduzido quando comparado com os métodos já utilizados.

Semelhante um glicosímetro, o biossensor é um equipamento que pode ser aplicado em laboratórios clínicos, veterinários e fitopatológicos e permite outras aplicações além do diagnóstico de câncer de ovário e hepatite C, com potencial para outras doenças infecciosas, parasitárias, autoimunes, inflamatórias e neurológicas.